por Rodrigo Lavalle
O blog de moda The Cut recentemente publicou um artigo no qual comparava o comportamento de duas atrizes norte-americanas que se mudaram para Paris – total ou parcialmente – por causa de seus maridos franceses.
De um lado temos Scarlett Johansson. A loira andou reclamando na mídia americana que os parisienses são mal educados, grosseiros e que eles a empurram na rua. Alguns franceses concordaram, outros discordaram e alguns ainda disseram que em Nova York (onde ela vivia anteriormente) é igual ou pior e a mandaram voltar para casa. O ocorrido ganhou até mesmo uma matéria no jornal Le Figaro. Para piorar a sua situação, dizem que Scarlett não se interessa em aprender o francês.
No vídeo abaixo (em inglês), Scarlett reclama sobre a “falta de educação” parisiense.
http://youtu.be/p-s8KY7fDX4
Do outro lado temos Natalie Portman. A morena é só elogios aos franceses em suas entrevistas e se arrisca a falar o idioma mesmo com o sotaque carregado. Além disso, seu estilo é bem ao gosto dos parisienses: chique, elegante, discreta e misteriosa. Virou a queridinha da imprensa.
Matéria interessante pois, transpondo-a para o nosso métier, podemos também observar esses dois comportamento nos turistas.
Há aquele tipo que possui uma preocupação, um cuidado e um interesse em entender a cultura e os costumes locais; que está aberto às novas experiências e não se deixa abater pelos contratempos. Esse vai conseguir absorver mais de tudo e também vai ser mais facilmente absorvido pelos locais.
Contrapondo-se, há o que encara aquilo que é diferente do que se tem “em casa” como algo difícil, incômodo ou mesmo errado; que não faz o esforço para se enquadrar às “leis” locais e espera que o contrário aconteça. Nesse caso a tensão e a aspereza da situação tendem só a aumentar.
Nessas horas lembre-se: você não vai vencê-los, portanto junte-se a eles.
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69 Comentários
Aurea Borne
Penso que, quem viaja sem um mínimo de conhecimento da cultura do destino e sem a necessária vontade de interagir com os locais (lembrando que somos visitas na casa deles), deveria ficar em casa.
Os parisienses são diferentes de nós, sim! Mas isso é um problema, definitivamente não!!!
Como foi dito da matéria e em alguns comentários, vamos receber o que damos…
Amo Paris, amo a França, sempre fui bem tratada aí (salvo pequenos incidentes que podem ocorrer em qualquer lugar) e voltarei mil vezes.
Ponto para a Natalie e que feio, hein em Scarlett!
Almir
Paris é Paris, França é França, sim faça a divisão e tudo muda! Querer atenções de cidade pequena numa cidade grande e cheia de turistas e imigrantes é loucura! Achar um parisiense em Paris é coisa difícil! O que se vê é turistas e migrantes de dentro da própria França e imigrantes de todos os países da União Europeia!!
Ficou com alguma má impressão 9como se aqui no Brasil houvesse assim tanta boa educação e gentileza…) vá para uma cidade qualquer do interior… Vai ver que a história é outra…
Andreza
Infelizmente gente mal educada existe em todo lugar, qdo estive em Paris passei pelos dois extremos. Logo na chegada me deparei com um motorista de ônibus que claramente não queria estar ali e infelizmente despejou suas frustrações em alguns passageiros (incluindo dentre eles meu marido hehehe), mas em sua maioria as pessoas foram muito agradáveis, e como nós nos esforçávamos arranhando o pouco francês que sabíamos, muitos se ofereciam para ajudar em inglês e alguns até em português. Estou com viagem marcada para o fim do ano, pretendo passar um mês imersa na cultura e dia-a-dia parisienses, sei que vou passar perrengues, mas sei também com a mesma convicção que serei muito bem tratada por muitos, assim como acontece aqui e em todo o mundo!
Nilde Melo
Amo a França, adoro Paris. ja estive por la, 5 vezes e 10 de junho, irei pela 6° vez. Sera que fui maltratada?
Patricia
Estou mais para Natalie, creio que bom senso e disposição ajudam muito no trato com os franceses. Eu levei bronca por tocar em estátuas, sentar no meio da escada em um museu, usar a maquina que não estava funcionando (e nao tinha sinalização!) De refrigerantes, andar de bicicleta em ruas onde era proibido e tantas outras mas sempre sorri em resposta. Um sorriso e um merci e eu saia a francesa. E eu fui muito bem tratada, falo frances entao eles ficavam encantados, essa é a melhor palavra para descrever, quando descobriam que eu era brasileira e me pediram diversas vezes para falar portugues, dar aulas de portugues… Por algumas vezes perguntei se a pessoa falava ingles e ela mal falava, mas tentava me ajudar. Foi incrivel, amei os franceses.
Gabriela Albuquerque
Bom, como já foi dito a Natalie é israelense, o qeu faz muita diferença, pois é um povo muito mais adaptável que o norte-americano! Amo Paris e já passei um mês na cidade tentando viver como eles…de fato, simpatia não é o forte! Esse ano uma grande decepção, estive lá no carnaval e tudo estava imundo, principalmente nos metros! Muitos mendigos, muita gente rude, às vezes me sentia no centro de SP, inclusive pelo cheiro…entrei em um restaurante de “não turistas” com uma camera pendurada no pescoço e me senti totalmente constrangida! A garçonete nos tratou com profundo desprezo e má vontade e os clientes, todos franceses, nos olhavam como se fossemos ET’s, mesmo vendo que estávamos nos esforçando para pedir tudo em francês….sei lá, me desencantei! Mas com certeza irei voltar pra mudar essa impressão….
Alessandra
Estou há três meses em Paris e vim disposta a viver e absorver a cultura local, pelo encantamento que sempre tive pela cidade, pela literatura, pelo cinema, pela arte francesa. Mas não passa um dia em que eu não me depare com a grosseria parisiense. Concordo com Scarleth, os parisienses são muito rudes e adoram dar pito, qualquer coisinha é pretexto para eles darem uma bronca e desfiarem um rosário de reclamações. Não são gentis, passam apressadamente por uma senhora subindo escadas com um carrinho sem se prontificar a ajudar. Eu vivo presenciando essas cenas, vivo engolindo sapos. Eu penso que os parisienses de hoje não honram o legado cultural que receberam e os grandes ideais humanistas que nasceram aqui.
Mauro Henrique de Lima
Entendo o ponto de vista das duas, já estive em Paris diversas vezes e posso dizer que, como qualquer outra cidade, ela e seus habitantes podem ser ótimos ou insuportáveis. A França vive um momento tenso, perderam faz muito tempo o posto de capital do mundo e hoje dependem muito do turismo. Sempre fui muito bem tratado e não falo francês, pelo contrário, se estou pagando eles q têm que fazer questão de me entender, e olha, atualmente como fazem…
Fabricio
Paris é uma cidade com muita gente. Invitavelmente você acaba esbarrando em alguém. É só dizer “Pardon” e pronto. Uma coisa engraçada é que quando estive lá a primeira vez, sempre começava com “Do you speak english?”. Isso não me levou muito longe. Na outra vez, começava com “Parlez-vous anglais?” e o comportamento era completamente diferente! Basta se esforçar um pouco, ser humilde e dar sempre um sorriso! Ah, e não esqueça sempre do “Bonjour” e do “Au revoir”.
Sandra Holanda
Tenho dois filhos que moram na França e Só uma vez fui chamada a atenção na NOTRE DAME porque tirei um retrato com o flash o frances falou umas coisas com o dedo na minha cara eu levantei a cabeça enpinei o nariz tirei o retrato e guardei a maquina e ele ficou falando eu nem olhei na cara .dele . Fiz como eles fazem se falar alto fala também , tem uns muito chatos se acham , agora quando chegam no Brasil eles veem como os brasileiros vivem muito bem , e o pais é lindo .