As vitrines da loja da Hermés, situada no 24 do Faubourg Saint Honoré, provocam sempre comentários em informais conversas parisienses. Basta dizer que elas estão à altura dos preços dos objetos expostos. São monumentais, faraônicas, barrocas e fazem sempre um imenso sucesso.
A realização destas vitrines é obra de uma artista chamada Lëila Menchari que inspirada pelas suas lembranças de infância na Tunísia cria verdadeiros pequenos teatros.
O Institut du Monde Arabe está homenageando esta artista. Até o dia 6 de junho as vitrines de Lëila poderão ser vistas neste museu do Quartier Latin.
O poster da exposição utiliza as cores da famosa marca e uma faz uma brincadeira entre Orient-Hermès e o famoso trem Orient Express que outrora ligava Paris e Istambul.
Intitut du Monde Arabe – 1 rue du Fossé Saint Bernard 75005 Paris – metrô Maubert Mutualité.
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19 Comentários
Beth
Allan
Não sei se vc é da Hermés ou não, mas meu sobrinho transformou-se num fiel cliente Hermés. Assim como a tia, risos.
Sueli OVB
ALLAN
Você me parece alguém ligado à Hermès. E vou dizer-lhe que presenciei fato tão grave quanto esse da Oprah, na loja da Recoleta, em Buenos Aires. E não foi por racismo. Deprimente a forma como tratam os clientes. Se você quiser maiores detalhes do fato, peça meu e-mail à Lina. Terei o maior prazer em relar-lhe o que vi.
Allan Filgueira
A Hermés tem mais de 200 lojas espalhadas pelo mundo, se não me falha a memória. Incidentes graves como esse da Oprah podem muito bem acontecer numa dessas lojas, envolvendo algum vendedor racista. Só quem tem uma empresa sabe que o quão difícil é encontrar bons funcionários. Vez ou outra aparece uma laranja podre no meio das boas.
O diretor pediu desculpas publicamente, e fez certo. Mas o responsável direto pelo ato deve ter pago caro também. No mínimo com o próprio emprego.
Beth
Claudia
Não lembro desse incidente da Oprah, mas o meu sobrinho não estava mal vestido, ele estava um verdadeiro horror, risos. Tanto que eu disse que entraria com ele na loja, mas que ficaria a uns 3 metros de distãncia… Quanto a racismo, eu acho que não é desculpa para impedir alguèm de entrar numa loja em Paris, mesmo o Hermés. Já por total falta de educação é possível…
Acho que o incidente da Oprah deve ter sido alguma forma de marketing às avessas.
Cláudia Oiticica
Vitrines que são verdadeiras produções, retrospectiva à altura.
Beth, esse comentário do seu sobrinho na Hermès me lembrou o caso polêmico envolvendo a marca e a Oprah Winfrey, alguns anos atrás. Me lembro que assisti o programa onde o diretor da empresa foi pedir desculpas publicamente à Oprah por ela ter sido impedida de entrar na loja. Segundo ela, por racismo e por estar vestida despojadamente.
Beth
Allan
Gostei da sua pequena crônica sobre o Hermés!
Mas nunca esqueça, a casa tem outra característica bem interessante, atende QUALQUER cliente com a mesma deferência…
Uma vez meu sobrinho muito jovem resolveu entrar lá para comprar um chicote para seu irmão apaixonado por equitação. O rapaz era bem descontraído e desengonçado como qualquer adolescente normal e mesmo assim foi elegantemente atendido como um freguês da maior importância por 3 funcionários!
Eu fiquei convenientemente afastada para observar e me divertir com a deliciosa cena…
Sueli OVB
ALLAN FILGUEIRA
Que bela e merecida apologia à Hermés! Um universo de luxo, para um público restrito, de privilegiados abonados.
Allan Filgueira
A Hermés está quase acima do bem e do mal. Nadando contra todas as marés, investiu pesado em qualidade, em manter em seu quadro de profissionais sempre os melhores, mantendo-se uma empresa familiar na era dos grandes conglomerados da moda.
Representa o luxo na sua mais pura essência. Não o luxo do consumismo desenfreado, da ostentação fria e da arrogância sem conteúdo, mas o luxo verdadeiro, dos artigos que ultrapassam gerações, como nos tempos da falcoaria, muitas vezes retratada em seus carré de “Chasse a Vol” de Henri de Linares.
Como nos tempos em que a empresa era apenas uma selaria que fabricava os melhores artigos de couro, onde sentavam distintas damas e cavalheiros.
Entrar na Hermés é visitar passado, presente e futuro ao mesmo tempo. É sentir que naqueles artigos há mais que couro e costuras.
Ali há paixão verdadeira pelo que se faz.
Homenagem mais que merecida.
katya Leitzke
Eu estava em Paris quando a vitrine da segunda foto estava montada.
Era uma referencia as florestas tropicais e na rua se ouvia uma música com flautas bolivianas.
Cada vitrine é um espetáculo a parte, e as bolsas e acessórios, lindíssimos, sempre super integrados a ambientação da vitrine.
Só mesmo em Paris…
eidia
França, Paris. Cultura, arte, preocupação em premiar, mostrar, exibir, valorizar artistas o ano todo.Ninguem pode negar….cidade que se você quiser tem arte pra ver dia e noite.Me impressiona mais ainda o tanto que o povo prestigia. Faça chuva ou faça sol as filas pra qualquer evento estão lá, e muitas vezes kilométricas.
eidia
.oquevivipelomundo.blogspot.com