Fernanda Hinke, criadora dos passeios de bike do Meia Noite em Paris, fez uma visita guiada ao Museu Orsay com a guia conferencista Zildinha. Voltou encantada e abaixo nos relata sua visita.
Por Fernanda Hinke
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O Museu Orsay em Paris
O Museu Orsay é sem duvida meu museu favorito em Paris.
Relativamente pequeno se comparado ao Louvre, o museu abriga 4.000 obras de arte criadas entre 1848 a 1914 e possui o mais rico acervo impressionista do mundo, com obras de grandes mestres como Monet, Renoir, Pissarro, Degas, Manet e outros. E ainda Van Gogh e seu grande amigo Paul Gauguin.
Sem contar a beleza do prédio em si, antiga estação ferroviária transformada em museu, inaugurado em 1986.
O que é fantástico no Orsay é a didática de como as obras estão expostas de maneira a entendermos a passagem da arte acadêmica para a arte moderna até chegarmos ao movimento Impressionista. Porém, sem um guia conferencista, essa compreensão teria me passado absolutamente despercebida.
No salão principal, do lado direito do museu, encontram-se as obras acadêmicas, de grande porte, com temas da mitologia Grega, o nu idealizado, olhares contemplativos, a pele lisa e perfeita. O belíssimo quadro de Ingres La Source representa essa erudição ligada à antiguidade.
Já do lado esquerdo do museu, encontram-se as obras que começavam a fugir do rigor acadêmico e não agradavam ao grande público: nas telas, eram retratados assuntos comuns, como a realidade do campo, que é bem representada pela escola de Barbizon.
Ou ainda a fascinante obra “Olympia” de Manet, que trazia pela primeira vez a representação da realidade de uma sociedade que se dizia pudica. A obra retrata uma prostituta da “Maison Closes”, antigo cabaré de Paris. Na época, um verdadeiro choque para a sociedade.
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Aos poucos, vamos observando a evolução das obras rumo ao modernismo para finalmente chegamos ao quinto andar, totalmente dedicado aos impressionistas: as bailarinas, de Degas, as Catedrais de Rouen, de Monet, o belíssimo “Bal du Moulin de La Galette” de Renoir, a ousada “Dejeuner sur l’herbe” de Manet e muito mais.
Zildinha nos relata a história do movimento impressionista que ocorreu quando os artistas, fascinados pela luz do dia, deixaram seus estúdios e levaram pela primeira vez seus cavaletes para o exterior, pintando o movimento do sol, da sombra, fazendo o que chama-se de “estudo da luz”, um movimento rápido e efêmero, onde eles puderam representar a sensação da “impressão”.
La cathedral de Rouen, de Claude Monet, com tempo nublado. A mesma tela foi pintada pelo artista inúmeras vezes, retratando a catedral em diferentes dias e tempos.
A guia nos faz observar a redução dos tamanho das telas. As obras acadêmicas, observadas no início da visita, eram feitas em telas gigantescas e os artistas demoravam anos para finalizá-las. No impressionismo, os pintores adotaram telas menores que podiam ser levadas ao exterior. Além de reduzidas, os artistas, que pintavam o efêmero, imprimiram outra ritmo à pintura.
Na sequência visitamos obras pós-impressionistas de Van Gogh e Paul Gauguin.
É claro que Zildinha também nos levou ao famoso café dos Irmãos Campana, de onde se tem uma das vistas mais espetaculares de Paris.
E para fechar com chave de ouro, uma passadinha no grandioso restaurante principal e no salão de festas do antigo hotel que era ligado à estação de trem.
Visita guiada ao Museu Orsay: informações práticas
Duração: 2h30
Dias de visita: preferencialmente às terças-feiras.
Valor: 115€ por pessoa. Esse valor inclui o ingresso para o museu.
Para fazer sua reserva: envie email para [email protected]
Agendar uma visita guiada com crianças é uma ótima forma de ensinar os pequenos a gostar dos museus. Leia esse artigo escrito por um dos clientes mirins da Zildinha.
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Leia também:
- O Museu Orsay: o infográfico
- O Museu Orsay pelo olhar de uma criança
- O melhor dia para visitar o Museu Orsay
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18 Comentários
Giovana Rabello
Quanto tempo demora para visitar o museu d’Orsay?
Rodrigo Lavalle
Giovana, a nossa visita guiada ao Museu Orsay leva de 2h30 a 3h. Veja mais detalhes na nossa agência online Minha Viagem Paris: http://www.minhaviagemparis.com.br/passeios-turismo-paris/visitas-guiadas-museus-paris/visita-guiada-ao-museu-d-orsay.html.
Aloysio
Os IRMÃOS CAMPANA, que deram o nome ao Café do Relógio, não são os seus donos. Eles são dois designers BRASILEIROS que projetaram o Café e foram homenageados pela administração do Museu, pela qualidade do resultado.
Cleuza
Já visitei por várias vezes, e nunca fico totalmente satisfeita! Sempre quero mais! Aproveitem e visitem alí pertinho, a capela de N.Sra.da Medalha Milagrosa!
Helena Freitas
Já visitei-o e amei! Tbm é o meu museu predileto em Paris! Fiz uma lanche no final da tarde no restaurante principal, um delícia, além de ser muito bonito e ter uma bela vista para o Sena. Irei novamente ao museu e experimentarei o café dos Irmãos Campana, o qual me disseram que é muito bom. Como sempre, vcs estão de parabéns pelas matérias do blog!!!