A Alsácia é uma região francesa situada no nordeste do país, na fronteira com a Alemanha. Os vinhos da Alsácia revelam muito mais a identidade do terroir de onde vêm do que as características da uva com a qual foram elaborados. Esse mês, as caves Legrand trazem uma seleção de seus melhores vinhos da Alsácia.
Por Ana Carolina Dani, sommelière das Caves Legrand
Alsácia: um mosaico de terroirs excepcionais
A Alsácia está situada na região nordeste da França, entra as margens do Rio Reno – na fronteira com a Alemanha – e a cordilheira de Vosges. Ela é uma das regiões mais peculiares da França, tendo sido considerada, ao longo de sua história, por vezes como terriótrio alemão, por vezes como território francês. Como se não bastassem os deliciosos vinhos ali produzidos, os vilarejos alsacianos são de tirar o fôlego, aliando charme e uma forte identidade cultural.
A Alsácia é certamente uma das regiões com a maior diversidade geológica da França. Trata-se de um verdadeiro e impressionante mosaico de terroirs, que vai do granito ao calcário, passando pela argila, xisto, areia e greda. Essa grande variedade de solos e sub-solos, que ocupa uma superfície de 15.500 hectares, é propícia ao desenvolvimento de um grande número de castas e confere aos vinhos da região uma personalidade única, ao mesmo tempo singular e complexa.
Os vinhedos alsacianos se estendem por uma estreita faixa de cerca de 170 km de comprimento, que vai desde a cidade de Marlenheim, perto de Strasbourg, até a cidade de Than, mais ao sul, próxima à fronteira com a Suíça.
Região de brancos por excelência, alguns dos vinhos feitos na Alsácia estão entre os maiores do mundo. Porém, são muitas vezes mal compreendidos e estigmatizados como vinhos de qualidade inferior, ora extremamente ácidos, ora demasiado adocicados. Porém, nas ultimas décadas, os vinhos alsacianos deram um enorme salto de qualidade e nada deixam a desejar às outras tradicionais regiões francesas.
Clique aqui e conheça uma rota de vinhos da Alsácia.
Estilo dos vinhos
Os vinhos da Alsácia são, quase sempre, monocastas. As principais uvas autorizadas para os brancos são Riesling, Gerwurztraminer, Pinot Gris e Muscat. Chamadas de “castas nobres”, são praticamente as únicas autorizadas para a elaboração dos “Grands Crus”, com exceção do Altenberg de Bergheim e Kaefferkopf, em que se pratica a coplantação de diferentes castas. Também, exceção à regra, a uva Sylvaner é autorizada para o Grand Cru Zotzenberg.
Para as denominações genéricas, AOC Alsace ou AOC Vin d’Alsace, também valem as castas Chasselas, Savagnin Rose, Pinot Blanc e Sylvaner. Para os tintos, a única uva autorizada é o Pinot Noir.
Duas grandes escolas se opõem na região. De um lado, os defensores dos brancos secos e minerais, como os Rieslings de grande guarda elaborados pelo Domaine Trimbach. Do outro, os que preferem empurrar a data da colheita, para obter uvas com forte maturidade que, depois de fermantadas, resultarão em vinhos com um certo grau de sucrosidade. Nessa linha, se situam os excelentes Zind Humbrecht e Marcel Deiss, por exemplo.
A questão do açúcar residual nos vinhos alsacianos é bastante complexa e é, em parte, responsável pela imagem, por vezes negativa, que parte do público tem dos vinhos da região. Se, de fato, nos vinhos técnicos, produzidos em escala industrial, o açúcar é usado para mascarar os defeitos de um mosto desequilibrado, nos vinhos de terroir, feitos por produtores rigorosos, a sucrosidade se revela como uma tipicidade das mais interessantes. Um vinho desequilibrado com pouco açúcar residual nos dará a sensação de ser muito mais “doce” do que um vinho equilibrado, com níveis mais altos de açúcar.
Os brancos alsacianos variam, então, muito em função do estilo de cada produtor, da geologia do terroir e das castas utilizadas. Um branco à base de Riesling apresenta, geralmente, mais corpo e profundidade, maior tensão e acidez do que um Muscat, por exemplo, de perfil mais simples e frutado. Os Gerzwustraminer são bastante redondos, aromáticos, com notas florais e de frutas maduras. Um Pinot Gris sera mais generoso, revelando nuances defumadas e tostadas.
Porém, na Alsacia, talvez mais do que em qualquer outra região francesa, os vinhos revelam muito mais a identidade do terroir de onde vêm do que simplesmente as características de uma determinada variedade de uva.
Algumas parcelas transcedem a tal ponto a identidade varietal das uvas que se autoriza a cohabitação de diferentes castas ao mesmo tempo. Nos grands crus Altenberg de Bergheim e Kaefferkopf as uvas são plantadas, colhidas e vinificadas juntas. É a chamada “coplantação” tão defendida por produtores como Marcel Deiss.
Seleção dos maiores e mais deliciosos crus da Alsácia à venda nas Caves Legrand
Leves e frutados:
- Domaine Trapet, A Minima, 2012 = 14€
- Domaine Trapet, Riesling Riquewihr, 2012 = 16€
- Domaine Trapet, Gewuztraminer Riquewhir, 2012 = 16€
- Domaine Zind Humbrecht, Gewurstraminer Gueberschwhr, 2011 = 23€
- Domaine Zind Humbrecht, Muscat Herrenweg de Turckheim, 2010 = 33€
- Domaine Ostertag, Pinot Noir Fronholz, 2013 = 40€
Gastronômicos e profundos:
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Calcaire, 2013 = 32€
- Domaine Zind Humbrecht, Riesling Herrenweg, 2011 = 36€
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Rotenberg, 2011 = 39€
- Domaine Zind Humbrecht, Riesling Clos Hauserer 2013 = 50€
Grandes crus de guarda:
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Sonnenglanz, 2010 = 34,50€
- Domaine Ostertag, Riesling Muenchberg, 2013 = 43€
- Domaine Ostertag, Pinot Gris Muenchberg, 2013 = 60€
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris, Rangen de Thann, Clos Saint Urbain, 2011 = 73€
- Domaine Zind Humbrecht, Gewurztraminer, Rangen de Thann, Clos Saint Urbain, 2011 = 73€
- Domaine Zind Humbrecht, Riesling Brand, 2013 = 80€
- Domaine Trimbach, Alsace Riesling, Clos St Hune, 2009 = 190€
Licorosos:
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Clos Windsbuhl, 2009 = 49€
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Clos Jebsal, 2012 = 66€
- Domaine Zind Humbrecht, Pinot Gris Rangen de Than, Clos Saint Urban (SGN), 1998 = 141€
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5 Comentários
Ana Carolina Dani
Prezado Mauricio, com um pouco de atraso, admito, gostaria de agradecer o seu comentario. Alias, gostaria de agradecer todos os comentarios feitos aqui. A Alsacia é realmente uma região muito linda e, para mim, berço de alguns dos melhores brancos do mundo. Porém, menos célebres que seus primos da Bourgogne. E o final do ano é uma época encantadora para se passear por la.
Iria
Estivemos em Colmar em Maio desse ano, fiquei encantada, a cidade é uma delicia, andamos o dia todo pela cidade, que pode, ser feito a pé, alugamos um carro, e visitamos no dia seguinte Eguisheim, Riquewhir, Kayserberg é Ribeauvillé, que por serem muito próximas, fizemos num dia só, pois nosso tempo era curto. Mas com certeza valeu a pena. Ficou a saudade e a vontade de voltar. Super recomendo!!!
Ricardo
Em Strasbourg até a estação de trem é bonita. E o passeio de bike entre Colmar e Riquewihr pelo meio dos vinhedos é imperdível.
Rodrigo Lavalle
Ricardo, obrigado pela dica!
Mauricio Christovão
Mais um excelente post da Ana Carolina Dani. Simples e didático, dá vontade de ir voando para lá…