Por Tatyana Mabel
Godard que estava certo! Ao invés de procurar adjetivos e arriscar-se em definir o que era uma mulher, “adjetivou” por ela mesmo: Une femme est une femme. Uma mulher é uma mulher. Pronto!
Diante de um sujeito complexo, a melhor alternativa é tornar logo evidente o labirinto (ou impasse?).
Paris também é difícil de definir. Objeto de desejo de muitos, cidade celebrada pela poesia, pelas artes, pelas universidades, pelas músicas e até pelo simples pãozinho. Mal afamada pelas baforadas de cigarro dos seus citadinos, pela falta de educação e pouca higiene, pelo desdém ao que não é idiomaticamente correto.
Melhor imitar Godard. Paris é Paris!
Mas se há uma particularidade nesta cidade, talvez seja a promoção cultural. Desconheço outra grande cidade que, além dos museus e do patrimônio artístico-cultural construídos em séculos, realize tantas exposições temporárias agrupando acervos particulares e de museus do mundo inteiro.
Paris tem o Louvre, Madrid o Museu do Prado, Berlim o Museu Pergamon, Londres o Britishmuseum, Roma os museus Captolinos… Isto todo mundo sabe. Estão empatadas.
Mas se você conhece outra cidade que realize exposições temporárias do quilate de “Picasso e os mestres” (2008-2009) com centenas de obras do pintor feitas ao longo da sua vida ladeadas pelos grandes clássicos que o inspiraram; ou como “Edward Hopper” (2012-2013), das suas primeiras obras até os clássicos que o afamaram; ou ainda, “Dalí” com dezenas de salões do Centro Pompidou repletos de surrealismo, por favor, me avise. Irei juntar dinheiro e fazer as malas com novo destino. [Para saber quais as boas exposições temporárias para o começo de 2017 clique aqui e aqui]
Você acha que tudo isso é para atrair turistas? Não! Mesmo sem dados, arrisco sem medo que o público dessas exposições é majoritariamente formado por franceses. É esse o idioma que mais se fala nas filas e que se sussura diante das telas. É para eles que há toda essa promoção cultural, especialmente realizada na estação de inverno, quando a vida fica mais reclusa e a cidade mais vazia dos turistas.
Sim… uma cidade é uma cidade, uma mulher é uma mulher. E Paris… além de ser uma cidade, além de ser fêmea e amante do Sena que a abraça sinuosamente, é também fértil de espaços culturais diferentes, que a povoam a cada inverno apenas para aquecer a alma dos seus habitantes educados, mal educados, fumantes, limpos ou apenas perfumados. Paris é Paris.
(Imagem da internet: J.L.Godard, Une femme est une femme).
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31 Comentários
fabio
Olá
Estivemos em Paris em 2012 e o Museu Picasso estava em reformas. Qual a situação atual? Já reabriu?
Aguardamos resposta. Os planos para voltar para a cidade em 2013 já estão em andamento.
Obrigado
Lina
Fabio
A previsão é para o verão de 2013. Quer dizer, julho ou agosto.
Regina Vasconcelos
Descoheço outra cidade com o número de exposições temporárias que tenho visto em Paris nos últimos anos, além do resto todo que a cidade oferece, sem desmerecer Londres ou NY, ADORO PARIS TOUT SIMPLEMENT!
Sueli
Me encantei com o texto, apesar de ter visitado Paris somente uma vez, amo esta cidade, não perco a oportunidade de ler tudo sobre ela e acessar o Conexão Paris frequentemente.
Mauricio Christovão
Belo texto,Tatyana. Paris é…Paris!!! Somente.
claudia
Taty adorei seu siongelo texto.
É estou contigo e não abro.
PARIS É PARIS
SOnho o tempo todo em voltar.. qualquer férias.
adoro andar “perida” por ela. já perdi a conta.
AMOOOOOOOOOOO
Rosália Velloso
Falou tudo, Mada. Em que outra cidade?
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Madá,
… o fio condutor das exposições… vc disse tudo!
Maria das Graças, todo o contexto da cidade,… um belo conjunto que deixa td especial. Acho que é isso e, tb para mim, uma cidade em que se come bem onde se chega… é um encanto!
Madá
Tatyana, lindo o seu texto. A exposição de Dalí que eu fui em 1980 ocupou o Centro Pompidou inteiro, desde o saguão, incluindo todos os andares. Não vou entrar na polêmica de quem tem mais. A obra que mais gosto de Van Gogh não está em Paris nem em Amsterdã. Porém, considero os curadores das exposições de Paris verdadeiros artistas. O fio condutor, que eles escolhem para a gente percorrer as obras, é fantástico. A quantidade de informação disponível na expo, sem ter que pagar a mais, também contribui para esse olhar. Não conheço as outras cidades como Paris, porém em que lugar vc sai da exposição e dá de cara com alguma patisserie tipo Pierre Herme, Jean Paul Hévin, Ladurre, Jacques Genin, Dalloyau, …
Maria das Graças
Tatyana, excelente texto onde você demonstra com clareza o seu sentimento em relação à Paris.
Moro no Rio e não poderia viver em outra cidade, embora não seja carioca. Fui criada em Fortaleza. Mas elegi Paris como a minha cidade do mundo para temporadas. O que me fez fazer essa escolha? O estilo de vida. A facilidade de ir e vir pelo fácil acesso por transporte público. As praças e parques cuidadosamente mantidos para deleite da população. A gastronomia e o valor que se dá ao alimento aproveitando tudo do animal que se abate. Os jardins bem cuidados e as sacadas lindamente ornadas com plantas na primavera/verão. As livrarias, ah as livrarias que ainda não dei conta de tão grandes e diversificadas que são. E o prazer de flanar e observar o dia-a-dia dos moradores, as crianças brincando nas belas e bem cuidadas praças. Sinto-me reconfortada depois de uma temporada por lá e já fico programando a próxima.
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Olá,
Escrevi tanto ao longo dessa viagem, que não conseguia dormir se não retomasse minhas anotações na moleskine e elaborasse uma resenha. São, apenas, notas de viagem, realizadas com toda a carga de sentimentos que viajar nos permite no calor da hora. Obrigada a todos pelos comentários e a Lina pela edição e publicação.
Marcos, as exposições temporárias citadas são apenas algumas, retiradas do universo que é bem maior. Dessa vez mesmo, havia outra de Dalí no Espaço Dalí; as 100 grandes obras-primas da fotografia na BnF; uma de Chaïm Soutine no M. orangerie; uma de Van Gogh e o Japão e outra de Hiroshige, ambas na Pinacoteca; uma dos judeus da Argélia, outra dos Rothschild; uma dos “Les enfants du paradis” na cinemateca; Os Impressionistas e a Moda no D’Orsay (que aliás, ampliou enormemente seu acervo desde a última vez em que estive lá,…). A de Edvard Munch não era uma que estava ano passado no C. Pompidou?…. bom… Realmente, vc tem razão: não dá para “pesar”, pq precisaríamos comparar o total de exposições, a relevância dos artistas, total de obras, importância do acervo, composição da exposição, temáticas, etc, etc… A comparação talvez seja coisa de viajante, que dá um zoom no que vê e que está a procura de parâmetros para entender um pouco do universo em que pisa. Abração.