Por Helio Bonomo
Caríssima Lina,
Mais uma vez venho lhe agradecer pela inspiração que seus artigos trazem às nossas viagens.
Desta vez fizemos o inverso do esperado. Ficamos duas semanas em Londres, fomos a Paris para um final de semana e retornamos à terra da rainha.
Em Paris, um roteiro curto, porém escolhido a dedo: Hotel Le Meurice, um jantar no Chez Nous Chez Vous e compras na praça Madeleine.
Chegamos pela Gare du Nord próximo ao meio-dia, tempo nublado, solzinho tímido tentando aparecer. Decidimos ir ao Le Meurice caminhando. Descemos pela Rue de Maubeuge até a Rue La Fayette, atravessando o 10º ème e o 2º ème, passando por detrás da Opera Garnier (gostei do restaurante novo!), até chegarmos ao 1º arrondissement, na Place Madeleine.
Talvez a cidade esteja começando a sofrer um pouco com a crise que paira implacável sobre a Europa. Entretanto, alguns pedintes nas ruas e alguma deficiência na manutenção de patrimônio tão valioso não chegaram a arranhar a magia de uma cidade que é única. A uniformidade das construções e a elegância das parisienses estavam lá. E além disso, há no mundo poucas cidades tão fotogênicas!
Compramos algumas coisinhas na Fauchon (atenção ao chá de outono que é maravilhoso!), mais chás na Hediard, que está com uma seleção de se tirar o chapéu e uma chaleira chinesa vermelha de ferro que procurava a tempos. Sei que não há muito sentido quilos de chás no amistoso calor carioca, mas deixei para pensar nisso depois!
Chegamos ao Le Meurice cansados já sob chuva fina, quase uma garoa. Rompemos a barreira das cartolas quase intimidadoras da entrada, atravessamos a porta giratória, deixamos a pequena valise que levamos e as compras com a concierge e fomos ao bar Le 228, enquanto nosso quarto não era liberado. Clássico, em estilo inglês. A música era Garota de Ipanema, veja você! Pedimos, claro, champagne! Fois gras e um club sandwich.
Lembrei de você ao perceber que estávamos sentados de frente para a cadeira dourada de Dali. Bebemos sem pressa… Como é bom estar em Paris sem compromisso!
Fomos então apresentados ao quarto. Todo em estilo Versailles, em tons de bege, com banheiro todo de mármore, amenities Penhaligons e um frigobar repleto de mais champagne! Hotel lindo, com alguns fantasmas, é verdade, mas com serviço cuidadoso que incluía a arrumação das nossas roupas nos armários. Restaurantes estrelados, salões elegantes escondidos e um super spa! Check in as 15h e check out às 12h, mas com possibilidade de late check out às 14h, sem acréscimos. Superb!
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52 Comentários
Mary Silva
Muito interessante o relato!
Eu tb sou pitaqueira nova aqui no conexão.
Mas, o que mais me surpreende em inúmeros relatos de pessoas que vão em Paris, e que lá, todos andamos de tem, metro, e, caminhamos e muito. Agora aqui no Brasil, não!!!
Seria inimaginável uma pessoa que se hospeda em um hotel de tal gabarito, descer numa estação de trem e ir caminhando… E, olha que 10 ar. Até o 1 e bem longe, acredito eu.
Entao fica aqui a minha pergunta? Por que. não se faz isto aqui no Brasil?!? Medo da violência? Falta de transporte coletivo de qualidade? Ou vergonha…
E… Paris realmente faz milagres!!!
Sr. Hélio Jr. Parabéns pelo belo fim de semana, mas eu preferia ter ido de taxi pro hotel!!!
Helio Jr
Lina,
Você está certa! Como esquecer, por exemplo, daquelas fotos da fachada do hotel com as bandeiras nazistas?
Cristiane Pereira
Delícia de relato. Obrigada por compartilhar sua experiência conosco, Hélio!
Eu também quero vencer a “barreira dos cartolas” (adorei!), nem que seja somente para um drink! 🙂
Helio Jr
Maria Thereza,
Foi uma alusão às centenas de pessoas que passaram pelo Le Meurice ao longo de tantas decadas de existencia. Algumas ilustres como a rainha Vitória e TChaikovsky, mas a grande maioria gente comum, como nós. Não há como não pensar neles quando nos perdemos por seus corredores e cantinhos quase secretos. E também quando após um jantar regado a muito vinho, sonhos com crianças correndo pelo quarto e criadas oferecendo elixires invadem nossa noite. Abs.
maria Thereza
Final de semana simplesmente invejável! Mas fiquei intrigada com os “fantasmas” do Le Meurice. O que isso significa exatamente?
Maria Thereza
Lina
Maria Thereza
Os fantasmas do Meurice, para mim, são as lembranças da segunda guerra mundial. Ele foi requisitado pela Alemanha.
eymard
Tudo vale a pena, já dizia o poeta, mas a alma, ah, a alma…, essa não pode ser pequena! O que seria de nós se o cinema fosse exclusivamente “cine realidade”? Se a arte resolvesse se render ao gosto do censor? O relato do Helio Jr., para quem o conhece de longa data neste mesmo CP, não tem nada de “exibicionismo”. Decidiu se presentear com o que a vida pode lhe dar de melhor. Simples assim. Ainda que eu nunca tenha me hospedado no Le Maurice, não possa, ou nao pretenda, gosto de ler sobre quem o fez com prazer e alegria. Aprendo também. Especialmente a ver que a vida comporta vários e diferentes estilos e escolhas. Será que sou 1% dos leitores deste blog? Se for, ok, aprendi mais uma e sigo a vida aprendendo. (ah, apenas mais uma coisa: será que só eu compreendi a “sutileza” da cadeira dourada de Dali? Poxa, dessa os 99% de leitores também poderia tira algum proveito!)
Lina
Eymard
Gostei muito do seu comentário.
Sueli OVB
Uau!
Que maravilha!
E viva a vida, a saúde, a disposição, a juventude, o amor, as comemorações, as viagens, as descobertas, as extravagâncias e tudo o que nos dê felicidade!
Parabéns, Hélio Jr!
Aline
Helio ,
Que marravilha ! Pena que eu e meu marido so podemos ficar em hoteis baratinhos e sem nenhum glamour no Quartier Latin. Mas Paris e fabulosa de qualquer jeito ! Adorei seu relato . Valeu !
Margareth Bastos
Relato que poderia ser roteiro do “meu” filme “Um dia em Paris” (risos) . Adorável!
Antonio H.
Gente, cada um é livre para fazer seus relatos da maneira que quiser; Deus nos livre de qualquer tipo de censura: tolerância e diversidade são mais que meros termos up to date….