Este roteiro foi escrito por um amigo, Saulo Cerqueira, grande especialista de Paris. Seu circuito disseca uma parte de Paris que é muito interessante.
Foto: Google Maps.
A rue Mouffetard é uma das mais antigas da cidade, sua origem data da Idade Média e ela é um dos últimos resquícios dessa época. Lá vocês encontrarão vários restaurantes, a maioria turística e sem maior qualidade. Ao final de sua descida existe um mercado diário interessante, com frutas (na primavera, comprem deliciosas cerejas maduras), queijos e petiscos. Na direção contrária, subindo a rua, vocês encontrarão a Place Contrescarpe, local de concentração de cafés e brasseries, ambiente jovem e, na primavera e verão, com shows ao ar livre. Vale uma conferida e uma pausa para uma cerveja na pressão. Ainda na subida, você encontrarão algumas creperies com venda ao ar livre (petisto típico francês e contrapõe ao MacDonald).
Da Place Contrescarpe tomem a rue de l’Estrapade até uma pracinha muito charmosa, do mesmo nome, onde está o Café Nouvelle Marie. Sugiro com ênfase um fim de tarde neste café, acompanhado por vinho na taça e sanduíche de pão Poilâne. Por falar nisso, em frente está a padaria Moderne, provavelmente o melhor pão da região. A ruela à direita os levará até a Place do Panthéon, onde do outro lado se encontra uma loja da cadeia Picard (congelados os mais diversos possíveis, excelentes).
Na rue Soufflot, bem em frente do Panthéon, temos o seguinte:
Logo à esquerda de quem desce, na rue Saint Jacques, o Bistrô Perraudin, que tem preço e qualidade interessantes. Cozinha típica de bistrô, com certeza vai agradá-los.
Na mesma rue Saint Jacques, um pouco mais a frente, à direita, está o Comptoir do Panthéon, uma delicatessen de produtos e pratos prontos que vale a pena. São duas senhoras que cozinham à l’anciènne e tem pratos deliciosos para levarem para casa.
Voltando à rue Soufflot, descendo, à esquerda temos a Milk, rede parisiense de Internet 24 horas, sempre frequentada pelos estudantes das redondezas, o que diferencia das demais.
Logo depois está a Brasserie La Gueuze, que tem uma enorme variedade de cervejas na pressão, e nas happy hours algumas caem pela metade do preço. Vale conferir. A sugestão de prato aqui é moules et frites (mexilhão e fritas) deliciosos. Experimentem uma caçarola de moules frites com creme de leite e outra, sem.
Descendo o boulevard Saint Michel, de um lado e do outro uma série de livrarias, sempre com ofertas de livros à preços baixos. Sempre se acha um interessante. Basta paciência e perseverança.
Na esquina da rue des Écoles, o Museu Cluny, muito interessante, temático sobre Paris na Idade Média. Imperdível.
Seguindo a mesma rue des Écoles, o Hotel Minerve (vejam no Booking as tarifas), no número 13. Sempre ficávamos neste hotel nos nossos primeiros anos de Paris. A localização é excepcional e o preço e qualidade continuam bons.
Bem ao seu lado, o Famille Hotel, que já constou do Guide de Charme de Paris e tem as mesmas características do vizinho – quartos limpos, banheiro mínimo e preços na faixa de 110 a 140 euros casal.
Seguindo na mesma direção aparece o Royal Cardinal. Na verdade trata-se de um café-restaurante situado na esquina da rue des Écoles e rue Cardinal Lemoine. A cozinha é específica da região da Auvergne, carne grelhada e aligote, purê de batatas com quejos e o bom vinho Marcillan, da mesma região. Tudo isto em torno de 50 euros o casal. Julgo a relação preço/qualidade muito boa. Vale conferir. Frequência local.
Continuando na direção do metrô Jussieu, na rue Jussieu, no número 25, temos o bistrô Le Buisson Ardent, um dos nossos favoritos, com uma verdadeira cozinha francesa e menus a 30 e 33 euros. O vinho da casa, o Côte de Rhône no pichet de 500ml é muito bom e custa 18 euros. A coupe de champagne Roederer, delicioso, por 10 euros é mandatório. Sempre é bom ligar para reservar (01 43 54 93 02). Aberto de segunda às sextas no almoço e jantar. Sábado, somente no jantar. Metrô Jussieu.
Ainda na direção à estação Jussieu, bem em frente, à direita, a ruela Les Boulangères, onde tem um pub irlandês de verdade – Finnegans Wake, com ambiente e tudo, inclusive Guinness e Murphi’s na pressão.
Retornando na rue Monge, à direita, tem uma igreja católica tradicional, onde nos domingos as missas duram 2 horas. Cerimônia bonita porque com música sacra no órgão. Pouco mais à frente, a ótima padaria Kaiser, sempre com filas para comprar suas inúmeras variedades de pães e sanduíches. Sempre em frente, e já na esquina do boulevard Saint Germain, uma eterna feira ao ar livre, com uma fromagerie especial que oferece queijos excelentes e iogurtes não industriais. Ao lado, um açougue com carnes especiais. Neste, o gigot d’agneau tem uma receita do proprietário que é deliciosa
A Notre Dame está bem próxima. Todos os domingos às 17.45h, concerto de órgão com artistas internacionais. Se quiserem ficar assentados, melhor chegar cedo.
Este circuito possui 3.7 km.
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88 Comentários
Maria das Graças
LuciaC, a comida da Grand Mosquée é muito gostosa. É feita e servida como manda a tradição. Nós pedimos tagine de agneau, pruneaux, amandes, oignons e tagine agneau, poivrons, tomates, oignons, semoule à la cannelle. A carne vem tenra e quando a tagine é destampara o aroma de temperos e especiarias nos transporta para longe. Tagine é o recipiente de terracota onde é cozido e servido o alimento. Veja a foto http://www.squidoo.com/tagines. Para acompanhar suco de laranja e água e para encerrar o delicioso chá de menta, quente e cheiroso.
O cardápio é bem variado. Tem kafta, couscous, etc. O ambiente é bem frequentado pelos moradores do bairro. Muitas crianças e jovnens. Tem turistas também. O movimento é grande, principalmente no salão de chá/lanchonete. Ao entrarmos tem o balcão de doces. Já pensou? Para chegar ao restaurante temos que passar pelo salão de chá. E o restaurante tem umas duas ou tres salas. http://www.la-mosquee.com/html/resto.htm. Estávamos cansados depois de andarmos pelo 5eme e fazia calor. Assustados com o movimento, pedimos ao garçon um lugar tranquilo e ele nos levou à última sala. Uma tranquilidade.
HUGO DE CARVALHO
MADA
Parece interessante, porém acho que isso é muito complicado para mim.
Há muito tem, eu tive um BD, ainda na época do DOS, que gerenciava arquivos de Word. Não me recordo o nome do Sotware.
eymard
Madá: a Lina te desculpar??? Como assim?? Nós é que te agradecemos. A voce, pelas preciosas informaçoes, e a Lina por manter esse espaço. Onde iríamos compartilhar essas informaçoes senao aqui, na nossa praça virtual??
Madá
Lucia C,
adorei suas recordações! Eu engrosso o coro da Ma. Graças qto ao chá na mesquita, mas nunca comi por lá. Ali perto, para comida marroquina eu recomendo o ATLAS fica na esquina da Cardinal Lemoine com o Blvd St Germain.
Aumentando as sugestões, vale a pena ir a Place de St Medard, que é onde começa a Moufftard e onde tem o cafe da cena da Bruni/Woody Allen, comentada aqui no CP pela Lina. Na rue Monge, esquina com Gobelins tem uma padaria que faz concorrência com o Eric Kaiser. Ela é maravilhosa e fácil de achar pois tem sempre fila na porta. A feira dos domingos da Pl Monge também é imperdível para quem gosta de cozinhar.
Na própria Moufftard, vou discordar da Maria das Graças, pois, além das sugestões do Saulo, tem pelo menos 4 motivos a visitá-la. Concordo que nos outros bairros tem vários locais equivalentes, mas se vc já está por lá vale a visita:
1- uma loja de queijos frescos, embalam a vácuo (sur vide)
2- uma loja especializada em produtos do sudoeste (em frente a queijaria)
3- uma loja que vende vinhos: La fontaine aux Vins, onde tem sempre degustação e vendedores especializados, com tratamento mais pessoal que um Nicolas da vida
4- uma peixaria
Sugiro fazer o roteiro do Saulo urgente, antes do lançamento do filme do Woody Allen, que provavelmente tornará essa região ainda mais badalada.
Lina, desculpe o abuso, mas eu gosto muito desse 5eme que vai do Jardin des Plantes até o limite das estações Censier-Daubenton, Monge, Cardinal Lemoine e Jussieu.
conexaoparis
Madá
Agradeço muito todas as suas dicas. Sempre perfeitas. Você iria gostar do Saulo.
Madá
Hugo,
Interessante vc tocar nesse assunto. Eu acho excelente sua ideia de usar um sistema de banco de dados para gerenciar seus dados gastronômicos. Vc está no caminho certo. Porém, dá um certo trabalho. Vc precisa “modelar” as informações que vc quer guardar para mais tarde poder consultar de forma simples.
Existe um grande professor francês da área de Bancos de Dados (BD) que se chama Georges Gardarin. Ele formou a elite de hoje dos pesquisadores franceses que circulam internacionalmente na área de BD. Bem, o Prof. Gardarin tem um livro clássico para o ensino de Sistemas de Gerência de Bancos de Dados em francês, onde o exemplo didático que ele usa é justamente sobre vinhos. Não consigo imaginar isso nos EUA, onde os exemplos são sempre sobre a Universidade. Seguem as tabelas que ele utiliza. Pode ser um começo, mas só para vinhos.
BUVEURS (NB, NOM, PRENOM, TYPE)
VINS (NV, CRU, MILLESIME, REGION, COULEUR, DEGRE)
ABUS(NB, NV, DATE, QUANTITE)
Na tabela BUVEURS ele lista os enólogos ou quem provou os vinhos, na tabela VINS ele lista os vinhos da adega e na tabela ABUS ele lista os vinhos que já foram bebidos, relacionando quem bebeu (NB) com o vinho (NV) e a quantidade. Uma vez preenchidas as tabelas vc pode consultar por tipo, teor alcoolico etc.
Beth
LuciaC
Olha o que saiu no Le Figaro de hoje.
Quando eu li lembrei imediatamente de vc, risos. Tem tudo a ver com a “nossa” Paris….
Bjs.
http://www.lefigaro.fr/mon-figaro/2010/09/03/10001-20100903ARTFIG00633-castel-veut-redevenir-le-phare-des-nuits-parisiennes.php
HUGO DE CARVALHO
LUCIAC
Eu tenho backup de todos os arquivos e PPS em HD externo.
Todos estão à disposição dos amigos. A maior parte das dicas de Paris foi copiada aqui do Conexão Paris – tanto dos artigos da Lina, como de pitaqueiros, como foi o caso dessa dica da MADA..
Se quiser algum, peça o meu endereço de e.mail à Lina.
LuciaC
Coucou, Beth!
Seu comentario me trouxe a memoria diversos nomes e lugares de um Paris que nao existe mais. Pensando bem, agora esta’ muito melhor. O trou des Halles, o parvis da Notre Dame cheio de hippies.
Neste temo eramos Rive Droite. Tinha umas fotos recuperadas,escaneadas que se foram para sempre com o vacilo da perda do meu HD do Gateway.
Foi-se sem volta. Nao da para chorar sobre champagne derramado.*
Como somos praticamente “gemeas”.cronologicas, ve se ring a bell…
Castel, Chez Regine, New Jimmys, twist … cha cha cha…do the hustle!
Nunca fomos destes programas em Paris…mas uma vez fui a um restaurante isso anos 70 podia ser 1975 ?, arredores do Palais Royal que dancava-se na cave, no sub solo. Foi com recomendacoa, diziam ser a melhor musica de Paris. E era.
O lugar era esquisito mas branche’. Nao lembro nem nome nem o lugar certo.
A maioria dos modismos dancantes solidificava-se em Paris.
Ia esquecendo de mais tarde no tempo o Palace!
Fui so’ uma vez para ilustrar a biografia, acho que era no Faubourg Montmartre. Nunca fui ao Bains Duches.
No Rio marido era da turma do Casteja, eu peguei o finzinho das balades. Fui a razao dele abandonar as chuteiras, se assim pode se dizer. Eu, semprei muito comportada, era a mais novinha do grupo.
Era careta como dziam. E pele…
Chez Lina viaja-se de muitas formas!
*Atencao:
Hugo,
antes de assistente de gerenciador de dados:…
se nao faz, passe a fazer sempre backup de todos estes seus tesouros.
Douglas
Boa noite. Estaremos minha esposa e eu no fibal de abril/24 e gostaria de saber se voce me indica visitar o quartier em im domingo. Temos a intencao de ficar o dia todo, tanto de dia como a noite. Quase tudo funciona e abre? Obrigado
LuciaC
Maria das Gracas,
sabe,, nunca fui nunca fui a Grand Mosquee.
Voce com sua sabedoria culianria bem requintada pode me dizer se e’ gosotoso almocar la’?
Fiquei encantada com a table d’ hote sugerida por Mada.
Sao tantas diferentes e otimas opcoes que encontramos aqui Chez Lina que acho que engordo so’ de ler.
XXX
HUGO DE CARVALHO
EYMARD,
Você tem razão, parece que advinhou.
Só agora estou vendo o seu comentário. Mais cedo, etretanto, já havia recortado a dica da MADA sobre a Cave 5ème CRU. Depois verifiquei a estação do Metro (Cardinal Lemoine ou então Pont Marie); verifiquei a localização no mapa, próximo a Pont de Sully. Juntei esses dados e transformei em arquivo de consultas na pasta RESTAURANTES – PARIS.
Enviei cópia desse arquivo para alguns amigos que gostam de Paris e de vinhos – inclusive nossa amiga SUELI OVB, como sugestão de um bom lugar para tomarmos um vinho no final desse mês.
Afinal, dica da MADA é dica da MADA e também do Álvaro, seu marido, que no jantar dos pitaqueiros no Rio revelou-se um bom conhecedor de vinhos.
A propósito, peço uma ajuda:
Venho colecionando essas dicas de turismo e gastronomia, que já formam um grande número de pastas e arquivos no meu computador. Todos os arquivos eu transformo para o formato WORD, salvo os PPS e outros arquivos de imagens, os quais mantenho nos originais. O máximo que consigo é organizá-los em ordem alfabética.
Para melhor acesso e utilização dessa coleção de dicas, gostaria de colocá-las em um sistema tipo “Gerenciador de Banco de Dados”, de modo que os arquivos pudessem ser localizados por palavras chaves, como no Google. Será quje existe algum sistema simples e fácil de operar nomercado ?
Talvez a própria MADA, doutoura em informática, possa me ajudar.