Por Tatyana Mabel
Desde segunda-feira Marcos tem apresentado sinais de gripe e dor de garganta. Resultado, possivelmente, da oscilação da temperatura na nossa estada em Paris (-4° a 12°C) e dos aquecedores. Os primeiros sintomas vieram após 3 dias seguidos em que estivemos no cinema. Como as salas de cinema são totalmente forradas com carpetes e com aquecedores o ambiente fica muito quente e seco. Ele começou a sentir dor de garganta, o que logo evoluiu para febre.
Na quarta, já não deu para sair de casa, pois a febre deixou de ser só noturna. Na madrugada da quinta para a sexta, a febre já não baixava muito. Aí fomos ao hospital.
Saímos do Brasil com seguro saúde. Mas tínhamos a informação de que em Paris o atendimento público era superior. Como nosso apartamento fica a quatro minutos a pé do Hospital Hotel Dieu (hospital público com setor de urgência e internamento), fomos para lá.
Preciso dizer que, quanto ao atendimento e condições infra-estruturais, o Hospital se equivale aos melhores hospitais privados de Natal. Toda a parte da urgência é nova. Não há filas e o atendimento é correto e tranquilo.
Ontem ele foi atendido por cerca de 10 profissionais. O médico responsável me informou que qualquer diagnóstico será resultado de uma decisão colegiada com os demais médicos. Tivemos acesso ao que de melhor poderíamos ter em termos de saúde. Esqueçam, portanto, a visão caótica de saúde pública do Brasil. Aqui, é outro padrão!
Procedimentos realizados na urgência ontem a noite: eletrocardiograma; exames de sangue (tiraram 7 ampolas); raio x do tórax; exame de urina. O médico da urgência, após ver os exames, levantou outras hipóteses para a razão da febre além da gripe e da dor de garganta. Lembrem-se que somos estrangeiros vindos de um país tropical. Ele precisou levantar uma série de elementos para ter segurança no diagnóstico. Eles foram tão atenciosos que chamaram uma médica do SAMU portuguesa para ajudar na nossa comunicação.
Quando Marcos saiu do hospital, ao contrário do Brasil, pagamos 873 euros que serão rembolsados pelo nosso seguro viagem.
O Hotel Dieu é o hospital mais antigo de Paris e é ligado a faculdade de medicina. Teria sido inicialmente construído no séc. VII e finalizado no séc. XIX. É imenso e lindo! Sua entrada fica exatamente ao lado esquerdo da Notre-Dame. Do quarto de Marcos temos vista para o lindo edifício da prefeitura de Paris. Marcos está em apartamento individual e com banheiro, mas o banheiro não tem chuveiro. O banho é à moda francesa: com toalhinhas úmidas. Imaginem como ele está adorando a experiência!
Ainda bem que tínhamos o artigo do Conexão Paris sobre urgência médica em Paris. Clique aqui para acessá-lo.
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57 Comentários
Suely
Após ler os relatos da Tatyana e da Erica, as dúvidas e os receios continuam. Será porque a Tatyana pagou a conta no hospital para receber do seguro depois, ela foi melhor atendida?
Erica Ferrara
Preciso relatar o que aconteceu comigo no Hospital Dieu em dezembro de 2012, que infelizmente foi o contrário do tratamento da colega acima. Tive pedra no rim e graças ao seguro viagem que o VISA PLATINUM dá de graça (só imprimir no site), um médico foi me atender no hotel, sem nenhum custo. Ocorre que precisei fazer exame de urina e após a autorização da assistance (que foi a empresa que enviou o médico, me deu as orientações e indicou o hospital), fui ao hospital Dieu (o mais perto do hotel e o único aberto após as 22h naquele dia). Antes disso, essa Assistance informou que já havia enviado o pedido médico por fax ao Hospital Dieu e que era só chegar, se apresentar e fazer o exame sem problemas, e que após o resultado, o médico iria retirar o exame lá e me informar qual a situação. Ao chegar no Hospital, expliquei em inglês e um pouco em françês (1 ano de curso), o que se passava comigo. Apresentei o pedido médico para o exame de urina, passaporte, o seguro saúde e que a assistance havia passado o fax autorizando o exame etc. Havia uma pessoa pra atender, 5 pessoas na recepção passando mal e 2 pessoas que ficavam numa salinha medindo a pressão e outras coisas. Enfim, em razão da pedra no rim, eu fui umas 50 vezes no banheiro do hotel e bebi muita água (sede mesmo) e após ficar 1h esperando na recepção, pedi um copo d´água e eles tiveram a coragem de me dar um copo plástico e indicar o banheiro,ou seja, se quisesse água tinha que beber da pia. Fiquei com sede. O banheiro estava um nojo, sem papel etc. Fiquei 2h30min na recepção, sem água e sem informações da hora que eu iria fazer o exame (era só fazer o xixi, entregar e ir embora). Enfim, após eu chorar dizendo que eu só precisava fazer o exame e ir embora, pois, o médico iria pegar o resultado do exame (quase 3h de espera, dor no rim, sede, quase 2h da manhã), eles me deram o potinho e eu tive que passar por um médico. Foi aí, após 20min, veio uma residente me atender, que não entendia nada nada de inglês e meu françês de 1 ano não me permitia explicar minhas dores e a necessidade de fazer só o exame de urina e ir embora. Outra coisa, não deixaram meu marido entrar comigo na sala, sendo que outros pacientes entraram com seus respectivos. Foi quando eu fiquei 10 min sozinha na sala, enquanto ela atendia outro paciente, que percebi que na minha sala de atendimento, havia muita sujeira na parede, ou era sangue ou outra coisa que vcs devem imaginar. O chão era escuro (nunca vi isso num hospital), ou seja, era pra esconder a sujeira e mesmo assim, deu pra ver que estava imundo. Pra concluir, a França estava começando a ter surto de gripe, então, imagina toda essa situação precária do hospital (sem água para os pacientes, sala de atendimento totalmente suja e nojenta, surto de gripe e minhas dores), eu sai do hospital correndo, peguei meu marido e corri. Não sei o que aconteceu com o exame, mas digo, se realmente precisar da emergência do Hospital Dieu, não vá. Pode ser que a ala de internação seja ótima, mas o que eu vi em dezembro foi totalmente o contrário. Resumo em algumas palavras: Descaso; desinteresse com o próximo; sujeira; precário; sem o mínimo vital, água potável!!!!!!
Regina
Tatyana, obrigada pelo ótimo post!
Você poderia informar qual o seu seguro de viagem? Em que momento você se comunicou com eles informando a situação? Pergunto porque os contratos são bem específicos sobre essa comunicação ser feita o quanto antes…
Parabéns pelo blog, Lina!!
camilla
Uma das indicações do Lonely Planet de seguro barato e bom é o World Nomads, mas não o utilizei ainda (felizmente).
Marzelena Zamboni
Super interessante esse relato…que é sabido que a França tem um dos melhores serviços de saúde pública no mundo e isso verdade, porém mais interessante é o que aconteceu com o namorado irlandês da minha filha, em uma das vezes que ele a veio visitar, chegou aqui em Porto Alegre e dois dias depois apareceu com o mesmo sintoma de caso acima, febre , tosse e dor de garganta, logo pensamos que pudesse ser gripe A, visto que ele havia passado por vários aeroportos até chegar aqui, era bem tarde na Irlanda e não conseguiram contato com a seguradora irlandesa para perguntar o que fazer, então muito assustada minha filha levou o rapaz na emergência do hospital público mais próximo, eis a surpresa, primeiro :só com o passaporte ele obteve atendimento, que foi exatamente o mesmo aplicado do caso acima , vários exames de sangue e raio-x e o melhor, não teve nenhuma conta no final de todo o atendimento. O SUS brasileiro tem um longo trajeto até chegar no nível da França, Canada, Reino Unido, etc…mas apesar de tudo, estamos no caminho, e mesmo com as inúmeras deficiências que tem, é realmente um atendimento que atende a todos independente de quem seja, de forma gratuita.
Tatyana Mabel
Tatyana ,muito importante seu depoimento, melhoras prá seu marido.Ainda bem ,que tudo foi solucionado,ter a mão estas informações contidas no CP ajudam na hora da emergência.Saúde é uma dica valiosa em viagens, e com doença não se brinca!
Maria Souza
Cara Tatyana,
Muito interessante seu relato. Antes de sair do Brasil, consultei uma série de seguradoras. Para minha surpresa, a maioria só cobria acidentes. Assim, eu pagaria a média equivalente a R$200,oo por mês para usar, apenas, se uma bigorna caísse na minha cabeça. A solução que encontrei foi pagar um seguro francês, privado, ao custo de 300 euros por ano (fico em Paris por 1 ano). O seguro foi pago com cartão de crédito, pela internet, e a apólice imediatamente enviada por email. No caso do meu, poderia ser feito com o viajante ainda no Brasil. Estão cobertas visitas médicas, remédios, internações, repatriamento em caso de doença grave, acidentes e cirurgia.
Maria Souza
Olá Vanessa,
Eu e meu namorado estamos morando em Paris e temos interesse nas fotos. Seria uma ótima lembrança. Como fazemos para nos comunicar? Um abraço, Maria
Vanessa Barros
Oi Lina, tudo bom?
Estarei em paris do dia 03/05 á 09/05, sou fotografa e estou procurando um casal jovem para realizar uma sessão de fotos nessa cidade linda. Não precisa ser parisiense não, pode ser turista. Como pagamento darei as fotos do ensaio, todas devidamente editadas e em alta resolução. Se você souber de alguém interessado por favor me avise.
Abraços!