Por Isabel Pacheco (a segunda à partir da direita)
A primeira parte da viagem foi com as amigas, e foi ótimo. Mas fiquei, pela primeira vez sozinha, 8 dias em Paris. Gostei bem mais que desgostei. Não escapei do “o que estou fazendo aqui, cadê minha turma?”, mas como hibernei nos museus, e isso era o que havia planejado, não liguei chorando pra ninguém. Aos 38 anos ninguém teria pena, convenhamos.
A segurança? Com o tempo melhora bem o “sempre alerta”. Não houve problema algum. Em setembro, anoitecia só às 20h30, o que ajuda na sensação de segurança. Quase me pegaram com aquela história do anel de ouro, sabe? Que ódio de mim. Que ódio da mulher. Me dei conta no meio do papo e acelerei quase correndo. Por isso, achei que não é tão legal andar nos jardins da Tuilerie, indo pra l’Orangerie, estava mesmo muito vazio. Fora isso, Paris estava um Japão em setembro e acho que a multidão serviu pra não ter o sentimento de “sozinha, em rua vazia, socorro”. Ao contrário, um dia quis sossego e fui para a Place de Voges. Sozinha não fiquei, nem numa segunda, às 11 da manhã, mas sem a multidão.
Lina, fui na Feira Gers, Lot-et-Garonne et Tarn-et-Garonne. De manhã, me deram vinhos, patês e muito bem. Experimentei um vinho, que não me saiu da memória. Passei o dia inteiro passeando. Voltei de tarde, estava a maior animação. Uma banda divertida, todo o mundo dançando, e comprei o inesquecível vinho rosé, aromatizado com violeta, o L’amour de Violette. E não, não parece flor. Parece uma coisa que nem sei dizer e nem precisamos definir. Maravilhoso.
Me permite falar de uma chave mágica para quem não conhece a França? Compreendi de uma vez por todas o que é o uso da polidez. É claro que você, que não fala francês, também se sai bem. Mas fui disciplinadíssima no uso das 4 expressões mágicas.
Fale na língua que puder. Mas comece com bonjour, s’il vou plaît e termine com merci e au revoir. Sempre, em qualquer situação. Até no metrô, que a gente acha que deve agir rápido. Seja calma, siga esse roteiro e tudo fluirá.
O garoto do crepe ficou bravo porque dei dinheiro a menos. Quando me liguei – é aquela situação rápida, né? –, pedi mille pardons (inventei essa na hora), “foi minha culpa”, olhar pedindo clemência. Acabamos rindo.
É certo que fiz perguntas fáceis, como “onde é o Museu tal?” (sempre usando a polidez), e ele estava logo atrás. Mas caso precise, a explicação mais longa virá.
Tive surpresas, alguns franceses puxaram papo. Uma senhora me perguntou se eu achava boa a data de validade dos ovos, veja só, na feira livre – ótimo passeio. Mas deixe isso partir deles. Você sente mais como é o jeitão da turma e evita de ficar chateada.
O receio, talvez, da moça sozinha, a paquera. Dê graças (ou não) pela grande discrição do francês. Ao ouvir um “ça va?” mais chegado ou “não sei se você é madame ou mademoiselle”, não tema, segue adiante e não olhes para trás.
E no final, pra se divertir, se quiser deixar o parisiense desnorteado, imite o paulistano, descendente de italianos: fale com as mãos. E você verá o interlocutor fazendo um grande esforço pra não rir, concentrado no seu gesto, como se fosse desmaiar de estranheza, olho arregalado, surdo e mudo, e não sabendo discernir a esquerda da direita.
Observação: leia aqui artigo sobre a feira citada acima por Isabel
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125 Comentários
Letícia M.
Muito bom, parabéns Isabel!!!
Madá
Que alto astral! Muito bom! Também já tive minhas experiências só em Paris, em diferentes idades, mas concordo com vc!
Lou Oliveira
Nossa… amei esse post… Quase todos os momentos era eu escrevendo (rssss) há pelo menos 03 anos viajo sozinha pela europa, após um término de namoro decidi curar minha tristeza em grandissimo estilo e, fui para a europa (chique né…rsss). Não foi proposital, queria ir com amigos, irmã, enfim… fazendo o que tradicionalmente se faz… ir com alguém… Mas, cansei de esperar pelas definições (não gosto de gente enrolada.. ainda que as vezes e para alguns assuntos eu seja tbem…) e fui sozinha… Me preparei direitinho, li muito, inclusive aqui… comprei dicionários, fiz seguro, escolhi o roteiro, hoteis legais… enfim… euros na mão, cartão de crédito… lá fui eu… E adoreiiiiii… Não passei nenhum aperto, na maioria das vezes falei inglês (até porque o francês ao perceber que vc não é nativo não espera você concluir uma frase) e vivi situações bem legais como estar sentada nos banquinhos da Champs e um moço passar de carro me chamar e acenar (me senti a própria Carrie Bradshaw na sua ida a Paris rsss) e outro simplesmente dizer com um sorriso que eu era “jolie” rsss…
Muito bom… treinei o francês com o gerente do hotel…Enfim… fui confundida com uma francesa na Sephora… Em resumo EU AMEI… e continuo fazendo isso todo ano, vou conhecer a Europa… comecei sozinha, quem sabe ao longo do tempo alguém me acompanha rssss
Bisou,
Lou Oliveira
do blog http://www.louloumodapraia.blogspot.com
Simone
Paris !!!! Neste ano fiz um mochilão pela Europa sozinha. Foi uma experiência e tanto. Eu curti tuuuudo, conheci muitas pessoas legais, nos trens, nas ruas etc… È muito legal ser cidadão do mundo. A Europa é fantástica, e Paris ahhh paris ameeei d+.
Marilda Teixeira
Viajar para um outro país sozinha é uma experiência incrível, principalmente para quem, como eu, inaugurou a aventura numa idade, digamos, não tão jovem. rsrsrsrs. Minha primeira vez foi em Viena (seguindo depois para Salzburg). Não vou negar que, no avião, me veio aquela famosa pergunta: “o que eu estou fazendo aqui?!!”). Mas ao chegar em Viena foi tudo maravilhoso apesar de eu mal falar inglês e nada de alemão, além do “iá”, “nien” e olhe lá! Passa-se certos apertos (como demorar a encontrar o vagão certo do seu trem estando quase na hora dele partir) e paga-se alguns micos, mas tudo é um excelente aprendizado! A única coisa que acho meio chato em viajar sozinha é não ter com quem dividir a emoção de estar num lugar com o qual Vc sempre sonhou conhecer e as exclamações de satisfação ao visitar uma cidade, um museu, uma montanha e ter que se conter para não parecer maluca entre os passantes na rua ou num vagão de trem. Fora isso, viajar sozinha nos dá uma sensação de liberdade, de ser “dona do mundo”, que não tem preço! É claro que nem todo lugar dá para ir sozinha (pelo menos eu não me arriscaria), mas na Europa, por exemplo, creio que não há problemas, desde que se fique atenta pois golpes existem em qq lugar. E andar pelas ruas de Paris é um presente!! Lá, eu me sinto em casa!! rsrsrsrs. Falando as “frases mágicas”, já dá para ter uma convivência pacífica com os nativos. Ah! Outra coisa que é importante ao viajar sozinha: falar fluentemente, pelo menos, o inglês (coisa que eu não domino), pois facilita muuuito a comunicação, e decorar umas palavras-chave do idioma local. Com isso e um pouco de coragem, dá para ir a muitos lugares! Um abraço.
Thais
Muito legal esse post com a experiência de alguém que foi sozinho pra lá! Voltei essa semana de Paris, onde participei de um Campeonato Mundial de Escalada no Palais Omnisports de Bercy. Fiquei sozinha em um hotel perto da estação Gare de Lyon, e só encontrei outros atletas brasileiros 4 dias depois que eu tinha chegado (fui antes para acostumar com o fuso e também passear). Nesses primeiros dias sozinhas eu acordava e decidia o que eu ia fazer conforme minha disposição e vontade! Vi muitas coisas e utilizei muitas dicas do Conexão Paris durante as andanças! Já tinha ido uma vez a Paris ano passado acompanhada, felizmente a companhia era muito boa, mas o tempo foi curto, então dessa vez aproveitei para visitar museus e lugares que não tinha visto da outra vez. Tenho certeza que mesmo se eu for pela vigésima vez, ainda poderei ver coisas novas e aprender mais da história da cidade.
Caso alguém queira saber mais sobre o que eu fiz por lá, eu também tenho um blog, é sobre o meu esporte, Escalada, mas meus últimos posts sao todos sobre minha estada em Paris! http://www.webventure.com.br/blogdathais
Muito obrigada ao conexão Paris por todas as dicas que me foram extremamente úteis! Como o post sobre o Museu de História natural no Jardin de Plantes, o da feira de rua perto da Rue Traversière, e um sobre piquenique no Jardim de Luxemburgo! Segui e aprovei todos esses passeios! E fiz tudo sozinha e sem preocupações!
Au revoir!!
Flávia
Também fui a Paris sozinha e não me arrependo em nenhum momento, pelo contrario, faria tudo outra vez. Quanto à polidez, não somente lá, mas em qualquer lugar do mundo, somos o reflexo do que transmitimos, independente de idiomas e culturas. Andei muito a pé (muito mesmo!), e apesar do frio rigoroso da época com bem menos turistas que o normal, não me senti acuada em nenhum momento. Acho que viajar sozinha é a oportunidade de estar consigo, conhecer gente nova, não ter que ficar presa a um roteiro…e se perder de vez em quando é tão bom! Ainda mais em Paris, que o ‘se perder’ é sempre sinonimo de encontrar algo maravilhoso logo ali.. recomendo!
MaCris
Então sonho com Paris há 15 anos, sonhei fazer 40 anos lá, sonhei comemorar 25 anos de casada lá..não deu!
agora aos 55 anos estou as voltas com esse sonho não realizado…maio 2013 é uma data, espero juntar forças e euros para tanto.
Primavera certo? Rodin Camille, andar, andar
aguardo sugestões!
a braços
Maria Angélica Gonçalez
Isabel,fico muito feliz em descobrir pessoas que andam pelos mesmos caminhos que eu.Voltarei a Paris no ano que vem,provavelmente no mes de junho,e dessa vez sozinha.
Imagina como seus comentários me encheram de vontade e certezas.Não falo frances,mas isso nunca me impediu de aproveitar muito.As palavrinhas mágicas fazem um efeito fantástico.Uma vez,consegui conversar e saber as diferenças entre os diversos brioches expostos em uma boulangerie,eu em ingles e a atendente em frances.Tudo entremeado de muito merci,sorrisos e olhares brilhantes de alegria e terminando com um au revoir.Educação cabe em qualquer necessaire e nem pesa na bagagem.
Flavia
Eu fui sozinha para Paris e não fiquei só, fiz muitas amizades!