Eu li o artigo no blog do jornal Le Monde, que por sua vez obteve a informação no The Atlantic. Todos os dois sites tratam da doença que acomete principalmente os japoneses de férias em Paris. Trata-se de uma série de sintomas físicos e psíquicos que os hospitais parisienses chamam de síndrome japonesa.
Os parisienses conheciam a síndrome indiana, doença analisada pelo psiquiatra Régis Airault da embaixada da França em Bombay no livro Délires d’Occidentaux et sentiment océanique.
A síndrome indiana acomete alguns viajantes ocidentais desde que chegam às planícies do Gange e é descrita como perda de identidade, alucinações, delírios psicóticos. Pessoas, que até aquele momento nunca tiveram problemas psiquiátricos, perdem de repente o contato com a realidade.
Agora os parisienses estão tomando conhecimento da síndrome japonesa ou síndrome de Paris. Os hospitais de Paris já estão preparados para o atendimento dos infelizes turistas que são acometidos de sintomas estranhos e similares à síndrome indiana, provocados pela diferença entre a Paris imaginada e a Paris real.
Os turistas japoneses conhecem a Paris das fotos de Doisneau, do perfume Chanel n° 5, do logotipo da Vuitton. A Paris dos cartões postais, dos prédios haussmannianos, a Paris do Louvre e da torre Eiffel. Eles imaginam uma cidade povoada por estetas, rapazes delicados e moças elegantes.
Eles esperam muito de Paris e não conseguem lidar com o choque provocado pelo contraste entre o imaginado e o real. Entre o alinhamento perfeito dos prédios do Barão Haussmann e os passeios sujos e corredores de metrô mal cheirosos. Entre os franceses sonhados através da mídia e fotos e os verdadeiros parisienses individualistas, impacientes e mal humorados.
E nós, brasileiros, estamos também sujeitos a este choque?
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173 Comentários
Marize Nastromagario
Estive um Paris em julho de 2015 e não me decepcionei com nada. A cidade é linda de dia e à noite. Como qualquer cidade grande ela tem problemas de segurança e por isso devemos ficar bem atentos. Quanto aos turistas chineses e os produtos made in China eu também os encontrei em Roma, Madri e Lisboa. Em relação a Síndrome, posso dizer que da minha parte é : Paris, já estou com saudade.
Lorena
A minha única síndrome quando fui a bela cidade de Paris foi voltar a minha realidade… Por que né? Viver no caos que é nosso país… Paris é um sonho, um céu!!! Fui super bem tratada, e msm que não fosse, não odiaria aquele lugar por nada na vida… Pelo contrário, sonho com o dia de voltar lá e de preferência para ficar! Superou minhas expectativas… Os 12 dias que passei lá, pareciam um sonho… Morro de amores por essa cidade!!! E depois os problemas de Paris são incomparavelmente menores dos encontrados na minha “querida” cidadezinha de Fortaleza, só a segunda mais violenta do Brasil e a sétima do MUNDO…
Sonia
Amo Paris e a França, mas entendo perfeitamente o misto de sentimentos que são provocados entre o “sonho” e a “realidade” parisiense! Mas deixando tudo isso de lado, a cidade luz é linda demais!!! A arquitetura, os museus, o Rio Sena, a Ile de France… e tudo mais, a gente esquece rapidinho da realidade tão chata.
Adriana
Estive em Paris em julho agora, e a invasão de chineses me assustou; andavam em grupos grandes, furavam filas, no elevador da galeries lafayettes eles foram entrando o elevador apitou devido ao excesso, mas eles foram empurrando…Como disse a Fernanda Queiroz, quase não tinha parisiense em Paris! rsrsrsrsrs
Maikel
Estive em Paris em Outubro/2014, a cidade é linda sim, e tem problemas iguais aos de qq cidade grande no mundo… Ah tambem tive problemas com chineses mal educados (dentro da Eiffel) um chinês veio furar fila e chamou todo seu bando pra furar tb…Não deixei…lógico ! rs
Fátima Paz Almeida
Paris é tudo de bom apesar do metrô e de estações não tão bonitas quanto outras…E os franceses, bem eles são os anfitriões, e eu tenho o hábito de não dizer nada se não for elogio sobre meus anfitriões.
DENE
Fui a Paris de lua de mel em maio…..eu e meu marido amamos! Me perdi nas ruas de lá sozinha e as pessoas foram todas sempre cordiais conosco!
Alguns amigos não gostaram e vieram com um papo que a cidade é cinza, acho que esperavam mais….
Eu acho Paris fenomenal, uma cidade que cresceu sem perder totalmente a sua essência!
Paula Machado
Estive em Paris pela primeira vez, com meu marido, em abril de 2011. Simplesmente detestamos tudo. A cidade estava muito suja e a chuva e o frio não ajudaram. A falta de cordialidade de alguns franceses, mesmo no hotel, também contribuíram para a péssima impressão, assim como a falta de folhas verdes nas árvores e nos jardins, obviamente por causa do clima. Foi uma conjunção de fatores que, aliados à expectativa alta (baseada no amor fervoroso dos brasileiros em relação à Paris) nos fez cair de cara no chão (sujo e molhado). Foi a única cidade (das 12 que visitamos) que não gostamos. Mas até evitamos falar porque sempre causa tragédia! Hahahahaha! Então voltamos em junho de 2015 com meus pais nos acompanhado e, com certeza, tudo foi diferente: dias de sol e céu azul, um calor gostoso, árvores frondosas, jardins floridos e gramados bem cuidados… Outra cidade! Aí sim conseguimos ver a beleza de Paris e apreciar tudo com brilho nos olhos! Foi amor à segunda visita! Mas é um amor cauteloso e, como forma de prevenção, só volto durante o verão… A propósito, meus pais amaram logo de primeira!
Cecília Maia
Brasileiro não se traumatiza com nada lá fora, muito menos em Paris, vivendo nesse caos que não devíamos, mas estamos acostumados. rs
Ilda
Acho que em alguns casos estão confundindo japoneses com chineses, que já vi alguns com comportamento a desejar.