Eu li o artigo no blog do jornal Le Monde, que por sua vez obteve a informação no The Atlantic. Todos os dois sites tratam da doença que acomete principalmente os japoneses de férias em Paris. Trata-se de uma série de sintomas físicos e psíquicos que os hospitais parisienses chamam de síndrome japonesa.
Os parisienses conheciam a síndrome indiana, doença analisada pelo psiquiatra Régis Airault da embaixada da França em Bombay no livro Délires d’Occidentaux et sentiment océanique.
A síndrome indiana acomete alguns viajantes ocidentais desde que chegam às planícies do Gange e é descrita como perda de identidade, alucinações, delírios psicóticos. Pessoas, que até aquele momento nunca tiveram problemas psiquiátricos, perdem de repente o contato com a realidade.
Agora os parisienses estão tomando conhecimento da síndrome japonesa ou síndrome de Paris. Os hospitais de Paris já estão preparados para o atendimento dos infelizes turistas que são acometidos de sintomas estranhos e similares à síndrome indiana, provocados pela diferença entre a Paris imaginada e a Paris real.
Paris (foto:
no Shutterstock)Os turistas japoneses conhecem a Paris das fotos de Doisneau, do perfume Chanel n° 5, do logotipo da Vuitton. A Paris dos cartões postais, dos prédios haussmannianos, a Paris do Louvre e da torre Eiffel. Eles imaginam uma cidade povoada por estetas, rapazes delicados e moças elegantes.
Eles esperam muito de Paris e não conseguem lidar com o choque provocado pelo contraste entre o imaginado e o real. Entre o alinhamento perfeito dos prédios do Barão Haussmann e os passeios sujos e corredores de metrô mal cheirosos. Entre os franceses sonhados através da mídia e fotos e os verdadeiros parisienses individualistas, impacientes e mal humorados.
E nós, brasileiros, estamos também sujeitos a este choque?
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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173 Comentários
Maria Lúcia
infelizmente também tivemos um péssima experiência com os asiáticos/orientais.
Uma moça deu um tremendo empurrão no meu marido, em frente ao quadro da Monalisa no Louvre, que ele quase se estabacou no chão, não fosse um dos seguranças a segurá-lo.
De mais…… Paris é Paris. Abiantô
Ana Paula CHIARADIA
Tive este problema quando morava na Alemanha e fui passear rm Paris pela primeira vez. Odiei! Achei suja e fedida. Tinha nojo de tudo porque, na Alemanha, tudo era limpo, organizado e bem cuidado. Sempre falava q nunca mais queria voltar a Paris. Voltei para Paris morando aqui no Brasil e amei. Amo! Volto sempre q possível.
Ana Cristina
Dificil brasileiros sofrerem com essa síndrome! A nossa realidade é tao pior que Paris com todasas mudanças continua me encantando com sua beleza! E uma cidade em q tudo funciona! Existem furtos como em qq grande cidade mas sem tiro na testa ou faca no pescoço! Minha filha mora lá ha seis anos e nao vai voltar….qto ao japoneses pelo o que vejo continuam consumindo as grifes como nunca alias A maioria dos turistas sao chineses,japoneses,indianos! Vou a Paris todo ano e me sinto mto segura e estava la no episodio Charlie Hebbo!
Walquiria
Bella Lanzillo, também acho que estão confundindo. Já postei um comentário sobre isso, mas… aparentemente, todo oriental é “japonês”. Snifff…
Ana
Acredito que não existem lugares perfeitos,mas só um louco pode não se encantar com a cidade Luz.Não costumo repetir itinerário s na minha viagem, mas Paris é a exceção absoluta.Amo!Em se tratando de Paris, a única síndrome a que estou sujeita é a de abstinência!
maria estela daibert de andrade
Um mes em Paris em apartamento alugado,levando e buscando netas na escola sem nenhum contratempo sem medo da violencia e o mais importante só falo o portugues…todos solicitos qdo pedia informação.
Gledis Garabini
Amo Paris!!! Acho tudo lindo!!!
Fernanda Queiroz
Não tem mais francês em Paris!
Bella Lanzillo
Gente! Sempre sou tão bem tratada em Paris 🙂 e tô chocada ao falarem isso dos japoneses! Será q não estão confundindo com chineses? Japoneses JAMAIS jogariam papel no chão como li em um comentário! Q estanho!
Rosana Diniz
Concordo com a Marcela quanto aos turistas asiáticos, tb os achei bastante mal educados e fui empurrada várias vezes pelo bando. Quanto a Paris ela sempre me surpreende positivamente ela se mostrou além das minhas expectativas.