Fernanda durante a visita de um squat
A brasileira Fernanda Hinke me contatou para propor um passeio por Paris Underground, a Paris da Street Art.
Aceitei a proposta, convidei um amigo e passamos 2.30h surpreendentes.
Vamos direto à minha impressão final. O circuito que Fernanda propõe possui um centro de interesse preciso, a Street Art. Mas ele oferece informações bem mais ricas e amplas que o foco inicial!
A cada 30 dias outro artista ocupa este painel urbano
Enquanto percorríamos as ruas de Belleville e enquanto Fernanda falava sobre as múltiplas conotações da Street Art, na realidade estávamos descobrindo uma outra Paris, outras formas de interação social, outras formas de ocupação do espaço público.
Arte urbana oficial
Ao tomar conhecimento da história da Street Art, passei a enxergá-la de outra forma. Da mesma maneira que passei a enxergar Paris com outros olhos após ter percorrido, com Fernanda, o caminho entre République e o Parque de Belleville.
De todos, este é o meu preferido
Com Fernanda descobrimos a diferença entre Street Art, Arte Urbana, Arte Urbana Institucionalizada, Tags… Conhecemos os painéis murais administrados pela prefeitura e cedidos aos artistas urbanos, as galerias de arte, mantidas pela Prefeitura, dedicadas aos artistas de rua e grafiteiros, entramos em squats onde vivem artistas do mundo inteiro.
O centro da Street Art de Paris
Édith Piaf morava neste bairro e cantava neste café
E finalizamos o passeio nesta rua extraordinária, ponto de encontro dos moradores do bairro, onde a arte se expõe em todos os muros.
Antes de terminar, gostaria de acrescentar que percorrer os caminhos da Street Art parisiense é também percorrer as ruas de um bairro famoso por ter sido o centro de momentos importantes da história de Paris, famoso pelos personagens ilustres que aí nasceram e que aí viveram, entre eles Édith Piaf.
Um momento do nosso percurso
Vista de Paris do Parque de Belleville
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Veja a repercussão do ‘Tour de Street Art’ na mídia.
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56 Comentários
Jacqueline Paes
Oi Lina, mandei um email para a Fernanda Hilke há um mes atras e agendamos o passeio noturno de bike. Ela prontamente me respondeu. Agora ja faz 5 dias que tento agendar o passeio de street art e ela nao faz nenhum contato de volta. Alem disso, quero confirmar o passeio noturno, ja que embarco pra Paris, dia 05/09, proxima semana. Pode me ajudar nisso? Obrigada
Lina
Jaqueline
Enviei email para a Fernanda. Se ela não te responder, me contate de novo.
Regina Giavarina
Gostaria de saber Lina se no seu blog ou em outra fonte existem informações de onde moraram, onde bebiam e frequentavam grandes escritores e pintores quando “Paris era uma festa” como Hamingway, Loutrec, Picasso, Piaf, F. Scott Fitzgerald e demais? Adoro essas histórias.
Obrigada!
Lina
Regina
Um dia escreveremos este artigo.
Regina Giavarina
Qual o valor deste passeio com a Fernanda Hinke? Qual a duração? É feito todo a pé? Existe dia e hora específicos? No aguardo.
Obrigada,
Regina!
Lina
Regina
No artigo acima você tem o email de contato da Fernanda. Entre em contato direto com ela para estas informações.
marinita goes de sousa
GOSTEI DA DICA E UMA BOA , ESTAREI EM PARIS, NOVEMBRO DE 2013
Adilson Faria
Oi Lina.
Irei à Paris em Setembro de 2014. Ficarei também em Beaune e Strasbourgo por um periodo total de 10 a 12 dias. Gostaria de saber sobre o clima de Setembro, chove muito? Obrigado.
Lina
Adilson
Setembro, normalmente, é um mês muito agradável. Nem quente, nem frio. Perfeito. E pouca chuva.
Fernanda
Valeu Fernanda pela resposta! Com certeza a minha sensação tem a ver com o desconhecimento do local. Mais adiante te escreverei para saber sobre o tour. Abraço!
Fernanda Hinke
Lucas,
A street-art hoje e considerada a nova arte contemporanea, uma maneira de tirar o aspecto elitista da arte, “arte para todos”. Porem ja e de muito interesse das galerias de arte, dos grandes museus e casas de leiloes no mundo todo.
Fernanda Hinke
Ola Fernanda,
Embora o bairro possa parecer “perigoso”, oferecemos o tour de street-art ha mais de uma ano e nunca tivemos nenhum problema. Na verdade o que acontece e que Belleville e um bairro composto por muitos imigrantes. Porem muitos artistas locais habitam esta área, que hoje e considerada o que Montmartre foi no inicio do século passado. O parque costuma ficar mais cheio aos finais de semana, como qualquer outro parque em Paris, com pessoas tranquilas fazendo pic nic e crianças brincando. Honestamente, hoje em dia em Paris você corre muito mais risco de ser assaltado em locais turísticos do que em lugares como este, pois e muito mais fácil para os batedores de carteira, infelizmente em todo grande centro temos que tomar alguns cuidados. Se você tiver interesse de fazer um tour guiado, por favor me escreva, tenho certeza que você se encantara com a historia da street-art parisiense.
Fernanda
Olá,
Queria saber se tem algum dia que vocês indicam como sendo melhor para fazer esse passeio. Hoje, segunda, resolvi fazê-lo com meu marido. Resolvemos ir caminhando, então saimos do Marais no início da tarde e chegamos ao Boulevard Belleville em uns 30 minutos. Passeio ótimo. Cruzamos o Boulevard, seguimos pela rue de Belleville e logo nos deparamos com a Dénoyez. Entramos na rua, começamos a contemplar, conhecemos o atelier de um artista local, fizemos fotos dos grafites com celular, tudo tranquilamente. Já no final da rua, passa por nós um cara local e nos avisa para termos cuidado. Bom, como não somos de ficar dando mole por aí, mesmo estando em Paris, entendi que rolava alguma hostilidade que deveria ser vista com reserva. Resolvemos sair, como já estávamos fazendo mesmo e seguir nosso caminho até o Parc Belleville. Pegamos o Boulevard Belleville e viramos em uma rua qualquer à esquerda para chegarmos até o parque. Nisso já estávamos mais atentos, mapeando o espaço, o movimento, as pessoas etc. Nessa zona, como em várias outras mais afastadas do centro de Paris, rola um movimento de grupos de jovens rapazes que se distribuem pelo espaço, sempre em três ou quatro, não sei exatamente com que propósito, mas a sensação é de estarmos circulando num espaço dominado e sob vigília. Como não somos locais e portanto incapazes de identificar os códigos que eles transmitem, surge uma sensação de insegurança que amedronta. Bom, chegando ao parque foi exatamente isso que aconteceu. O parque estava vazio e distribuidos em vários pontos, percebíamos esses pequenos grupos de rapazes que pareciam guardar o espaço. Obviamente entendemos que não, realmente não era o momento de entrarmos ali. Eu saí frustrada, queria muito ter conhecido o parque que parece lindo, mas realmente não me senti a vontade para fazê-lo. Quem sabe um dia de fim de semana, talvez.