Ah! O parisiense.
Passo meu tempo a observá-lo. Quem é o melhor representante da espécime? Charlotte Gainsbourg? Benjamin Millepied? Arquivo artigos em torno do tema e até compro os livros que tentam definir este ser improvável.
Às vezes desconfio que ele não exista. Um simples mito ou, melhor, uma marca.
Mas insisto. Estou pronta à tudo. Fico mesmo vasculhando os comentários do Conexão Paris garimpando o que vocês pensam.
E aí descubro que os leitores vacilam entre amor e ódio. Ora os parisienses são charmosos ora mal educados; muitas vezes elegantes, algumas desleixados; de vez em quando sedutores, outras ríspidos.
O parisiense possue todos estes aspectos! tenho vontade de comentar.
Ele é aquele que você quer que seja! Atenção, se ele existir realmente.
Eu poderia ter naufragado, em 1983, no Massachusetts Institute of Technology. Hoje teria outra visão do parisiense. Mas meu barco me conduziu até a Universidade Paris Jussieu e, me voilà, parisiense de adoção enviando via Conexão Paris o meu olhar e a minha abordagem.
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Doisneau fotografou Paris e seus habitantes com maestria. Suas fotos dos anos 1940/1950 são famosas.
A revista InRoKuptibles de janeiro 2012 publicou a versão contemporânea da foto mais conhecida de Doisneau: “O beijo do Hotel de Ville”.
Ocorreram poucas mas profundas mudanças. A rue de Rivoli continua a mesma, o Hotel de Ville ainda está lá, as mesas e cadeiras dos cafés também.
Mas desconfio que o parisiense tenha mudado muito. Está mais cosmopolita, sua cidade deixou de ser o Bon Marché e se expandiu em direção ao Canal Saint Martin, aos parques Buttes Chaumont, La Villette…Paris se prepara para o futuro com o ambicioso projeto de integração das zonas periféricas. Estamos já na era do Grand Paris.
E eu tenho a sorte de estar aqui na minha posição estrangeira/parisiense que permite um mergulho na sociedade sem perder o olhar curioso dos que escolheram o exílio.
Observação: não perca a exposição Simplemente Doisneau no Rio de Janeiro e a Doisneau Les Halles na Marie de Paris.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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30 Comentários
Passando a Viagem
Adoro esse sentimento controverso que os parisienses suscitam na gente (e também odeio. risos).
Essa é para aqueles que pretendem passar pelo Hôtel de Ville:
http://passandoaviagem.blogspot.com.br/2012/08/visita-guiada-no-hotel-de-ville.html
bisous.
Samuel
Amo fotografia. Passo horas olhando esses momentos … o que será que aquele senhor com o boné estaria pensando? havia luz? fazia frio? era um feriado? era o início do dia? era o fim do dia?
Poder parar enquanto todos se movem, isso é para mim um prazer; e a fotografia permite que se faça isso.
Planos para o futuro: um curso de desenho ou de fotografia; por ora, coisas de um amador, que ama e que é iniciante.
Ando sentindo um vontade ultimamente de ir conhecer o Rio de Janeiro. Coisas que o CP faz com a gente (rs).
Abs a todos do CP.
Suely
Beth
Parece aquele programa 50 por 1. Essa ainda não é a minha Paris, rsrs.
Beth
Suely
Concordo com vc, essas 50 razões podem criar muitas controvérsias, rsrsr
Osmar Fernandes
Ola Lina,
Em primeiro lugar, parabéns pelo site. Faz parte da minha rotina diária acessar o Conexão Paris e sonhar com os prazeres dessa maravilhgosa cidade.
Como você citou a expansão de paris para o Canal de St. Martin e estando eu organizasndo minha proxima viagem, pretendia conhecer essa região, você teria dicas de locais para vista e de bons restaurantes,
Abraços,
Osmar
conexaoparis
Osmar
Ande nas margens do Canal à partir da praça Republique, do lado do Quai de Valmy.
Eu gosto da livraria Artazart, do restaurante Chez Prune.
Adoro a Pizzaria Marie Louise na rue Marie et Louise.
Ande pela rue de Marseille. Lojas interessantes e pontas de estoque.