Esta dica foi enviada por Madá.
Conhecemos o Le Mauzac – no Quartier Latin – há uns cinco anos atrás e de lá para cá temos jantado neste restaurante cerca de uma vez ao ano.
Recentemente, em julho desse ano, juntamos amigos que também são fâs da Lina e leitores do CP e fomos num grupo de 10 pessoas para almoçar.
O Mauzac é um lugar simples, com decoração de gosto duvidoso, mas com uma carta de vinhos sofisticada. Eles trabalham direto com os produtores e possuem vários itens diferentes.
Há uma área externa simpática que funciona no inverno também.
O ponto alto do cardápio, é o prato de degustação de patês, servido com três tipos diferentes. O prato de frios também é uma delícia. Os dois são ótimos para se compartilhar.
Nós tomamos um rosé maravilhoso, o Gevrey Chambertin.
Um pequeno detalhe: o restaurante possui poucos garçons, algo comum em bistrôs. O cliente precisa se adequar ao tempo do garçom. Chama-lo fora da hora é quase uma ofensa e ouve-se o famoso “j’arrive”.
Nossa mesa era grande, com duas crianças pequenas e ainda contava com dois adolescentes que pediram coca-cola logo que o sommelier chegou….Entretanto tudo correu muito bem e o garçom foi até simpático.
Na finalização da conta, metade foi paga em espécie. Uma das funcionárias veio à nossa mesa devolver euros dados a mais e entregou uma nota de 100 euro.
Le Mauzac: 7 rue de l’Abbé l’Épée, 75005 Paris. Prever 24 euros para uma refeição.
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21 Comentários
Denise
Oi Madá, dica anotadíssima.
Eu acho tão engraçado quando as pessoas reclamam do serviço dos garçons franceses. Eu nunca tive problemas, ao contrário, fui sempre super bem tratada, a não ser uma vez por um italiano,
Quando falamos que somos brasileiros aí é que eles abrem um sorriso e arriscam algumas palavras em português.
Já fui em restaurante com a família, ficamos perguntando sobre o cardápio e todos foram super gentis, e olha que eu não falo francês. Foi tudo na base do inglês e da mímica.
Abs
HUGO DE CARVALHO
OLÁ MADA
Gostei (e anotei) da dica para a próxima viagem. Verifiquei alguns comentários na internet – todos elogiam este bistrot como “um excelente bar a vinho”.
Valeu também a “DICA CIVILIZANTE” de que, em um bistrot, não devemos chamar o garçom, mesmo discretamente. Confesso que não sabia. Por outro lado, acredito que o “Járrive” do garçon também é uma forma educada dele nos fazer ciente de que ao menos tomou conhecimento da nossa presença na casa. Acho que temos direito a isso, não ?
De acordo com a sua informação, o preço médio p/pessoa é de 24Euros.
Esse preço incluí o vinho ou seria apenas o menu de jantar ?
Abraços
LuciaC
Mada,
adorei sua sugestao de bistrot alegre e descontraido!
Deve ser uma delicia de lugar!
Obrigada pelo “segredo” compartilhado.
Rinadla Araujo
Condeno a pacífica aceitação do serviço de garçon; É a coisa mais detestável dessa formidável cidade: Garçons e Taxistas. Paris não merece isso. É uma cidade “hours concours”. Mas os garçons e taxistas fazem questão de serem deselegantes e mal educados. Por que ? não entendo. Uma cidade que fatura e muito com o turismo. Deveria ser feito um trabalho educativo pelas autoridades francesas.
Juliana Pamplona
Tem coisas que nem estamos acostumados, né?
Essa da garçonete devolver 100 euros, por exemplo, me fez lembrar uma multa que eu e meu marido recebemos em Saint Tropez que era no valor de 70 euros e o guarda não pode receber pois só tínhamos uma nota de 100 euros e 3 notas de 10 euros e ele não tinha troco naquele momento. Se fosse no Brasil, ficaria com 130 euros e ainda faria “o favor” de nos liberar! Não é mesmo?
Por isso, mais uma vez, viva a França!
Eduardo Luz
Bela dica, Madá!
Patês, um belo rosé e conversa boa: ainda bem que o garçon demora pra aparecer!! 🙂
Abs e um bom domingo pra todos.
Sueli OVB
MADÁ,
Dica anotada. Sou louca por patês, terrines e afins. E dica de vinho vinda de vocês é para não despresar, ainda mais um Gevrey Chambertin.
Beijos
.
Madá
Isso mesmo Eymard, obrigada pelas explicações.
Maria Antonia, já notei que em vários bistros os garçons não gostam de ser chamados, ainda que bem discretamente… Eu acho até que eles dizem o “estou indo” (j’arrive) para manter a educação e mostrar que estão muito ocupados e ainda não é o momento de nos atender. Como disse o Eymard, numa hora dessas o melhor a fazer é relaxar e aproveitar cada momento da refeição.
Outor ponto que me chamou a atenção nesse restaurante foram cerca de três gravuras com o tema da Córsega (uma delas é um mapa da ilha que aparece no fundo da última foto). Não notei nada específico no cardápio, mas lembramos logo das férias da Lina na Córsega.
Em relação a coca-cola não houve problema ao servirem tanto a normal quanto a light, mas já soube de restaurantes em que o garçom finge que não entendeu, demora ou não traz o refri etc..
Dodô, o vinho foi uma descoberta muito agradável para nós. Já estavamos pensando no Bandol ou outro clássico da Provence, quando vimos esse Marsannay de Gevray e pensamos como vc, se for tão bom quanto o tinto… Não dá para comparar, mas foi de fato um ótimo rosé. Como disse a Beth, uma boa pedida para o calor, que estava civilizado.
Foi para mim a despedida de Paris, pois embarquei de volta nesse dia mesmo. Tentei pegar por lá um pouco do brilhantismo dos estudantes da Ecole de Mines e da École normale supérieure, já que o Mauzac fica meio que entre essas duas grandes universidades.
Dodô
Carla,
O baixinho tinha bom gosto, pelo menos para vinhos. E tenho a certeza
de que aquela úlcera histórica não tinha nada a ver com tintos, rosés e brancos. Devia ser culpa dos ingleses.
Abs,
Dodô
Cláudia Oiticica
Madá,
dica sua já vira uma obrigação. E você falando que a carta de vinhos é de primeira, é ainda mais um atrativo.