Ao longo desses anos de interação com os nossos leitores, percebemos que o primeiro impulso dos brasileiros que vêm à Paris é procurar por hotéis de nomes conhecidos, como por exemplo os da rede Accor: ibis, Mercure, Pullman etc.
De fato, ao optar por um ibis, sabemos exatamente o que encontrar: quartos limpos e novos, bons preços, profissionalismo no serviço. Geralmente, não tem erro.
Por outro lado, os ibis e Pullmans da vida são hotéis imensos – o que destoa do charme de Paris. Ao contrário dos Estados Unidos, nada aqui é gigantesco. Tive a oportunidade de me hospedar no Pullman Montparnasse (19 rue Commandant René Mouchotte | 75014, clique aqui para reservar) em setembro 2013. A localização é ótima, ao lado do metrô Montparnasse. Mas sem charme, numa rua de prédios novos, que nos dá a impressão de estarmos fora de Paris.
Tudo era novinho em folha, com decoração contemporânea e quartos e banheiros imensos para os padrões de Paris. Wi-fi ultra veloz.
Café da manhã super completo, com opções para todos os gostos, culturas e nacionalidades. Mas, para conseguir entrar no imenso salão lotado do café da manhã, era preciso enfrentar 15 minutos de fila. A mesma espera para conseguir pegar um dos 6 elevadores do hotel.
Apesar disso, não tenho reclamação do hotel e o recomendaria para aqueles que procuram o padrão das grandes redes. É, sim, um bom hotel. Clique aqui caso queira reservá-lo. O mesmo vale para o ibis (clique aqui e leia nosso artigo com dicas de 13 ibis bem localizados em Paris).
Mas prefiro as experiências mais intimistas e autênticas dos pequenos hotéis. Em Paris, há uma infinidade desses pequenos hotéis que não fazem parte de grandes redes. São hotéis familiares, de um dono ou de um pequeno grupo. São marcas que não conhecemos no Brasil. Já falamos de vários deles aqui no blog.
Optar por um desses hotéis é mais arriscado. Por outro lado, se a escolha é bem feita, a experiência da hospedagem pode ser muito mais gratificante. Por que? Porque os pequenos hotéis conseguem ter uma localização perfeita, em pequenas ruas charmosas dentro dos bairros. Porque por serem pequenos, o serviço é mais pessoal. Porque a decoração costuma ser menos impessoal. Porque nesses pequenos hotéis a experiência de estar em Paris começa dentro do quarto.
Mas… os quartos costumam ser bem pequenos, os preços são menos competitivos e é mais fácil errar.
Enfim, qual das duas opções escolher? Não tem uma resposta, depende de cada um. A única coisa que é fundamental é a localização: escolha sempre um hotel no centro de Paris.
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90 Comentários
Marcello Brito
Marcello Brito .
6 novembro, 2013 às 3:20 PM – Permalink.
Uma grande questão, ainda esperando uma resolução satisfatoria.
Acho que um ponto primordial quando escolho um hotel é: ele tem que refletir ou ser uma continuação da cidade em que estou.
Tenho preferido desde sempre os hoteis pequenos e mesmo os B&Bs de charme.
São mais pessoais, e geralmente estão proximos do pathos da urbe que nos acolhe.
Mas os problemas existem em todas as categorias.
Muitas vezes, sinto falta nos charmosos hoteis pequenos do profissionalismo, que mesmo impessoal, encontramos nos hoteis de rede, outras é a frieza mercantil dos grandes hoteis que me fazem almejar o pequeno repouso.
Quase sempre o hotel boutique oferece estetica impecavel, mas serviço mediocre.
O 5 estrelas passou a cobrar tudo: internet, uso da piscina e por ai vai. Ou seja, o ambiente é pretensamente chic, fora a gentileza e educação que somem quando nao balizada por pagamento extra.
O equilibrio é o que se busca mas ele vive na borda do precipicio.
Alguns hoteis de rede acordaram que precisam ir atras da subjetividade do cliente e da cidade que os cerca.
Alguns pequenos investem numa equipe pequena e eficiente.
Mas ainda há lacunas.
Os preços dos hoteis de bairro e dos B&Bs subiram tão acima do aceitavel que nao raro encontramos um 5 estrelas com preços mais convidativos.
Enfim.
Dificil.
Pesquiso muito. e tento o equilíbrio.
Deixo um acontecimento de agora, para ilustrar:
Estadia agradavel, no hotel Emille no Marais. Um charmoso 2 estrelas com decoração inventiva e ar de hotel boutique.
Na vespera da partida me dirigo a recepção e como vou sair de madrugada para o aeroporto pergunto ao simpatico recepcionista se seria possivel marcar um taxi para as 6 da manha. Ele fala que nao tem problema mas o melhor seria descer 10 minutos antes e pedir ao recepcionista da manha que chamasse o carro que em 5 minutos ele estaria na porta do hotel.
Desço as 5:45 da manha me dirijo ao recepcionista e solicito, se ele poderia chamar um taxi .
Resposta: Não, nao é possivel. E sem tirar os olhos de um smarphone que ajeita em uma das mãos, indica com outra e com um resmungo que há um ponto de taxi a dois quarteirões no final da praça.
Saio do hotel empurrando as malas. é noite fechada ainda. Paro para pensar nos ultimos acontecimento e num gesto mecanico, sou eu a olhar meu celular. o aplicativo aberto marca 7 graus. reponho o celular no bolso e vou empurrando as malas pela madrugada fria do Marais.
Marcello Brito
Uma grande questão, ainda esperando uma resolução satisfatoria.
Acho que um ponto primordial quando escolho um hotel é: ele tem que refletir ou ser uma continuação da cidade em que estou.
Tenho preferido desde sempre os hoteis pequenos e mesmo os B&Bs de charme.
São mais pessoais, e geralmente estão proximos do pathos da urbe que nos acolhe.
Mas os problemas existem em todas as categorias.
Muitas vezes, sinto falta nos charmosos hoteis pequenos do profissionalismo, que mesmo impessoal, encontramos nos hoteis de rede, outras é a frieza mercantil dos grandes hoteis que me fazem almejar o pequeno repouso.
Quase sempre o hotel boutique oferece estetica impecavel, mas serviço mediocre.
O 5 estrelas passou a cobrar tudo: internet, uso da piscina e por ai vai. Ou seja, o ambiente é pretensamente chic, fora a gentileza e educação que somem quando nao balizada por pagamento extra.
O equilibrio é o que se busca mas ele vive na borda do precipicio.
Alguns hoteis de rede acordaram que precisam ir atras da subjetividade do cliente e da cidade que os cerca.
Alguns pequenos investem numa equipe pequena e eficiente.
Mas ainda há lacunas.
Os preços dos hoteis de bairro e dos B&Bs subiram tão acima do aceitavel que nao raro encontramos um 5 estrelas com preços mais convidativos.
Enfim.
Dificil.
Pesquiso muito. e tento o equilíbrio.
Deixo um acontecimento de agora, para ilustrar:
Estadia agradavel, no hotel Emille no Marais. Um charmoso 2 estrelas com decoração inventiva e ar de hotel boutique.
Na vespera da partida me dirigo a recepção e como vou sair de madrugada para o aeroporto pergunto ao simpatico recepcionista se seria possivel marcar um taxi para as 6 da manha. Ele fala que nao tem problema mas o melhor seria descer 10 minutos antes e pedir ao recepcionista da manha que chamasse o carro que em 5 minutos ele estaria na porta do hotel.
Desço as 5:45 da manha me dirijo ao recepcionista e solicito, se ele poderia chamar um taxi .
Resposta: Não, nao é possivel. E sem tirar os olhos de um smarphone que ajeita em uma das mãos, indica com outra e com um resmungo que há um ponto de taxi a dois quarteirões no final da praça.
Saio do hotel empurrando as malas. é noite fechada ainda. Paro para pensar nos ultimos acontecimento e num gesto mecanico, sou eu a olhar meu celular. o aplicativo aberto marca 7 graus. reponho o celular no bolso e vou empurrando as malas pela madrugada fria do Marais.
Tatyana Mabel
Olá,
Eu opto pelos hotéis de grandes redes em qualquer parte do mundo quando passo até 5 dias na cidade. Com poucos dias, a hospedagem reflete tb um pouco do tipo do turismo no local: prático, sem grande imersão no quotidiano da cidade, opção pelos grandes pontos turísticos. Pouco tempo aliado a muito pragmatismo. Para estadias mais longas, tenho optado pelos studios, claro, depois de muitas pesquisas. Eles têm sido uma opção formidável, para quem gosta de se sentir em casa em qualquer parte do mundo. No CP, há várias dicas de empresas em Paris.
Adriana Pessoa
Eu prefiro pequenos hoteis, com boa localização.
Em Paris, ou em qualquer lugar do mundo. Inclusive no Brasil, fujo com todas as minhas forças dos resorts, prefiro pequenas pousadas charmosas.
Suely
Sempre fico no mesmo hotel, conheço o pessoal que trabalha lá, é um hotel pequeno e familiar, antigo com a cara de Paris. Bem central, perto de tudo. Concordo com o Eymard, gosto de conversar com as pessoas, ter vista da janela, banheiro limpo, café gostoso, e adoro uma banheira…
Eduardo Chiaratti
http://www.hotelatmospheres.com/m/en/
Eduardo Chiaratti
Recomendo o Hotel Atmospheres, na Rue des Ecoles, bem perto do metro Maubert-Mutualité, no 5o. arr, lugar vom inúmeras opções para comer ali perto, berço das mais tradicionais livrarias de Paris, e bem perto da Soubornne, Jardins de Luxembourg, 5 minutos a pé da Note Damme e outos pontos de interesse. Há uma quadra encontram-se lavanderia express, farmácia, mercearia na frente do hotel, vários restaurantes, mercearias, feira livre da praça Maubert, enfim, toda comodidade que se esera a um preço justo.
Eduardo Chiaratti
Paris pede se hospedar em hotéis de charme, pequenos, em ruas típicas parisienses, com atendimento intimista, mesmo que a surpresa acabe sendo ruim, eu prefiro arriscar do que pegar um Ibis da vida por mero comodismo. O Tripadvisor e outros sites do gênero ajudam muito na hora a pesquisa, mas contratempos sempre vão existir, o que é bom, pois sempre rendem ótimas estórias para contar para os amigos. Melhor errar tentando achar um hotel legal, do que ir se hospedar num “McDonalds” dos hotéis. Paris não combina com fast food.
Susana
Eu sempre fico em hotéis mais ”pessoais” em Paris ou fora, em Paris já me hoepsdei no Hotel Monterosa, muito charmosinho, com um pormenor carinhoso, de haver sempre bebidas disponíveis e bolachinhas, gratuitamente para os Hospedes, apesar de fazer parte de uma rede, a Astotel, falada aqui à pouco tempo por causa do Hotel Sebastopol, na última vez ficamos no Konfidentiel, na Rue de l,’arbre sec, este hotel só tem 6 quartos, como eramos um grupo grandinho , ocupamos 4 quartos, mas o atendimento foi sem duvida fantástico, até num restaurante que tínhamos dificuldade em localizar eles nos foram levar…. sim escolher um hotel destes é um risco, mas vale a pena, por estes miminhos que recebemos!! E hoje em dia com tanta fonte de informação o risco é bem menor, não é?
Ana Guimaraes
Na minha última estadia em Paris, em novembro do ano passado, fiquei num lugar maravilhoso, recomendo: Hotel D’Orsay. Embora intimista, o quarto era grande, bem decorado, o banheiro idem, lindamente reformado, toda a equipe super simpática e prestativa. E muito bem localizado, o nome diz tudo.