Foto: Francisco Assis Andrade
Poderíamos criar dois grupos.
O primeiro, aqueles que gostam de uma mesa, uma cadeira confortável e uma refeição degustada com prazer. Neste grupo os franceses com 2h15 minutos por dia assentados diante de entradas, pratos e sobremesas. Seguidos pelos italianos e os belgas.
O segundo, aqueles que preferem um rápido sanduíche, uma refeição leve servida em pé no balcão de um café, uma pequena pausa quiche/salada. Neste grupo os noruegueses e os finlandeses. Estes últimos gastam menos de 1 hora por dia com as refeições.
Eu oscilo entre os dois grupos. Às vezes gosto de um longo ritual – e as suas inevitáveis consequencias – as conversas rolando, os vinhos descendo e as cabeças subindo. No dia a dia aprecio a saladinha leve e ligeira e o sanduíche coca zero finalizado em 20 minutos.
Me indago sobre os resultados de uma pesquisa similar no Brasil. Visto a diferença cultural entre as nossas regiões e as diferenças econômicas da população, os resultados seriam absolutamente falsos se fossem gerais.
E se para o Brasil mudássemos a característica da unidade de medida? Deveríamos medir o tempo passado a beber cerveja em torno de uma mesa e a pesquisa seria feita nas calçadas em frente do mar, nos bares espalhados Brasil afora, nas vendas em beiras de estradas empoeiradas. Com certeza chegaríamos a índices elevados de tempo de sociabilização.
Como os franceses.
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45 Comentários
Marcela
Atualmente o brasileiro adota tantos hábitos dos americanos (comida trash, obesidade e grandes porções) que daqui há algum tempo será normal sair comendo pelas ruas e carros (isso sem falar da familia inteira em frente a TV comendo. Em algumas casas mesas de jantar são inúteis) como eles fazem o dia inteiro. Refeições a mesa é um ritual maravilhoso. Hora da pausa para conversar em família ou entre amigos.
Adoro os franceses fofocando sobre os “passantes” . Isso não é só coisa deles, não!
Jorge Fortunato
Volto para dizer que acabei de ler o post do Eymard no Blog dos Comensais. Está muito bom. Passem lá !
Francy
Os anos passam e a modernidade tudo tranforma:hábitos, costumes etc..Confesso que sou daquelas que curtem um longo almoço nos fins de semana ,arrumando a mesa,talheres, copos , flores e um cardápio combinando com a estação.Mas tudo hoje se complica, trabalho dos filhos, horário do neto ,enfim reunir a família e amigos a cada dia fica mais difícil, mas não impossível.Acho, ao contrário dos comentários ,que no Brasil ainda conseguimos reunir a família ,nos fins de semana para um almoço daqueles que varam a tarde, jogando conversa fora , crianças correndo, os mais jovens trocando experiências e novidades e nós já “coroas” ,curtindo um bom vinho ouvindo Tom Jobim,Piaff(Je ne quite pas) que até meu neto curte.Enfim dá um pouco de trabalho mas acho muito bom , como eu digo, falar ao vivo ea cores com as pessoas .Preservar hábitos e repassá-los as novas gerações , mantendo esse convívio familiar e com amigos dá -nos a sensação de bem estar , de que a vida só é maravilhosa , se dermos um significado especial as pequenas coisas ,que são rituais em nossas vidas.Enfim Lina, mais uma vez junto-me ao côro de seus seguidores : seu blog a cada dia que passa só melhora , e se transforma numa rede social com um nível de informação nota 10.Bon apétit ,no seu almoço de domingo!
HUGO DE CARVALHO
Barbara.
É isso aí, de pleno acordo.
Porém não é só no Brasil que esse hábito está se perdendo. É praticamente em todo o mundo, devido às contigências da vida moderna. Acho que a fórmula da Lina não é má. Ao dizer que oscila entre o grupo dos sanduíches e dos que fazem refeições de até 2 horas, creio que ela procura um meio-termo conciliatório. Atende às as exigências da vida moderna nos refeições do dia-a-dia, porém não deixa de reservar um tempo para uma boa refeição no estilo tradicional.
Barbara
Mas acho que a pesquisa se refere mais a refeições feitas no dia-a-dia, em casa, em torno da mesa, em família… E esse, infelizmente, é um hábito que está se perdendo no Brasil. Uma pena! Adoro me sentar a mesa com meus filhos e perguntar como foi o dia, contar histórias do trabalho… tenho certeza que nos aproximamos mais com isso e eles ganham com essa prática na nossa rotina! Isso sem falar no bem que aproveitar bem cada refeição faz ao nosso organismo. Tanto em relação a digestão quanto a boa forma.
HUGO DE CARVALHO
EYMARD
Você colocou muito bem a questão. O tema sugerido pela Lina, de aparente simplicidade, presta-se na verdade a bons debates. Você resumiu muito bem as formas mais tradicionais de comensalidade ao longo dos séculos. Mas seriam apenas estas ?
Lanço uma uma questão:
A convivência das pessoas em um blog com as características do Conexão Paris não seria, também, uma forma moderna de comensalidade ? Não estaríamos nós aqui convivendo, trocando informações e experiências e, ao mesmo tempo, degustando o alimento da cultura, das artes e do conhecimento humano em geral ?
Não seria o Conexão Paris uma grande mesa, sempre à espera de novos comensais ?
conexaoparis
Hugo
Nesta nova forma de comensalidade está faltando o vinho.
André Lima
IVETE e SÉRGIO,
Vamos fazer uma filial do Conexão Paris aqui em Porto Alegre. Também sou Gaúcho desta gostosíssima cidade do RS.
Quanto a comensalidade, isso me fez lembrar os detalhes da infância em minha vida familiar, quando em férias no interior:
– 7 horas, aquele café da manhã reforçado, todos à mesa;
– 10 horas, um doce típico do Rio Grande para rebater a fome;
-11:30 , hora do almoço e todos juntos de novo;
– 16 horas, a mesa de novo posta, com um café da tarde com direito a novidades feitas durante o dia (um bolo, um pão caseiro);
– 18:30 já era hora de janta novamente, janta sempre;
– 21;30, um pouco antes de deitar, um copo de leite (de verdade) e mais um doce típico do RS (Doce de Abóbora ou outro) para dormir em Paz.
Saudades…
conexaoparis
André
Neste rítmo fico obesa. Mas nas minhas Minas Gerais o cenário era o mesmo. Sua descrição me lembra férias nas fazendas do interior do estado. Até o como de leite antes de dormir…mas com goiabada.
Helena Bauerlein
Lina
Gostoso pensar sobre isso .
Acredito que a vida moderna nos leva a fazer refeições mais rápidas durante a semana.
Quando os filhos são pequenos, o marido trabalha perto de casa, ainda dá para juntar a família ao redor da mesa.
Eles vão crescendo, os horários não batem, e a mesa vai ficando desfalcada.
Mas não dá para abrir mão de um jantar ou um almoço à la française !
Como Madá, o prazer para mim, começa na escolha do cardápio, depois no preparo dos pratos.
Nossos almoços de domingo costumam terminar por volta das 4 hs da tarde ( pq é a hora que o futebol começa!!!).
Hans acha que nós, brasileiros, comemos muito rápido. Para ele essa é a hora de relaxar, ”conversas rolando, vinhos descendo e cabeças subindo”. Examente como voçê falou, Lina.
Beth
Lina
Mais um ótimo post e muito bem humorado.
Eu sou daquelas que curte e muito uma boa mesa…
Comer em pé e com pressa nem pensar, risos.
Eu sou daquelas que SENTA numa mesa para tomar café, almoçar e jantar, tanto em casa como em qualquer outro local… Sem falar nas horas gastas numa mesa de bar para uma happy hour, etc.
Abs.
Marcello Brito
Acho que a dieta basica do brasileiro ‘e bastante equilibrada e mais balanceada que em muitos paises do 1 mundo, beneficios do arroz com feijao nosso de cada dia, que nos traz proteina, carboidrato e fibra na medida certa.
Quanto ao tempo em volta de uma boa mesa, acho que cada situacao demanda um tempo diferente
Acho q as maiores difwrencas n edtao no tempo e sim no
Horario!
conexaoparis
Marcello
Concordo plenamente com a qualidade do nosso arroz com feijão de cada dia.