Ela não tem nada de especial a não ser um charme discreto de cidade do interior. Ela é pequena, tão pequena que às vezes ela é chamada de placette e no seu centro vivem quatro grandes árvores. Na realidade mais uma rua que uma praça, seu comprimento é de 82 metros, da rue Jacob à rue de l’Abbaye. Construída em 1699 e batizada com o nome do cardeal Fürstenberg.
Os prédios à sua volta não pertecem à categoria privilegiada e aqui chamada “arquitetura haussmaniana”. São prédios mais discretos, sem a elegância um pouco exagerada dos imóveis construídos com a famosa pedra calcária parisiense. Eles datam do século XVII e guardam a memória de uma época. Alguns privilegiados aí moram e os apartamentos são vendidos e passados de mão em mão dentro de um círculo fechado.
No número 6 se encontra o Museu Delacroix, atelier e casa do pintor até sua morte em 1863.
Ela é o coração de Saint Germain, bairro que sempre soube misturar gêneros diferentes: literatura, música, gastronomia, teatro, arte e moda. Bairro que cultiva a estética e um estilo de vida sofisticado. Um lugar fora do tempo, aparentemente calmo, onde o Atelier de Delacroix, as belas vitrinas dos grandes nomes da decoração e as quatro árvores criam o décor de cartão postal.
Os nostálgicos de uma Saint Germain que não existe mais encontram neste mínimo espaço a lembrança de um tempo passado.
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28 Comentários
Leandro Ramos
Que delicia de post Lina. Parece que a gente vai se sentindo a sombra dessas arvores, quietos, do barulho que corre la fora. Bisous
Renata Capute
Cristiane!!!
quando via foto fiquei imaginado aquela cena que me fez, pela primeira vez, sentir vontade de ir a Paris. Adoro esse filme (A época da inocência) e esse cena final do filme ficou marcada, inclusive porque sou apaixonada pelo prédio em que a Condessa morava no fim da vida (será que ela estava atrás da cortina da janela entreaberta??). Sempre fiquei imaginando onde ficaria esse lugar de Paris e quando estive lá, visitei muitos cantinhos acolhedores, mas esse, não sabia onde ficava. Será visitado com certeza na minha próxima ida!!!
Maria das Graças
Essa praça é mesmo um lugar encantador. Mas antes de chegarmos a ela, vindos da Rue de Seine na confluência da Rue Jacob e Rue de L’Echaudé, já podemos começar a desfrutar o clima do lugar. Aquele espaço emoldurado por três árvores na fachada de um prédio, e um pequeno jardim, transforma o local em um pequeno paraíso. O que fazer? Parar, admirar, sonhar, fotografar e depois caminhar alguns passos pela Rue Jacob em direção a Rue Bonaparte e, na próxima esquina, virar a esquerda e chegar a belíssima Place Fürstenberg. O que fazer lá: simplesmente relaxar e admirar.
Tatyana Mabel
Cristiane, vou correndo ver o filme. Já me encantei…
Tatyana Mabel
Passei por aí na última viagem… mas cheguei tarde para conhecer o atelier de Delacroix. Já estava fechado!
Cristiane Pereira
Ah, como eu amo esses cantinhos de Paris, como eu amo Saint Germain, e como tudo fica mais especial quando descobrimos esses lugares por acaso – parece que ficamos mais “donos” da cidade. Foi assim que me deparei com a Place Furstemberg, que imediatamente ganhou meu coração e entrou na minha lista de “lugares simples prediletos de Paris”.
Além disso e de tudo que foi perfeitamente descrito no post, essa é a praça que aparece na última cena de “A idade da inocência”, filme maravilhoso de Martin Scorsese – é da praça que Newland Archer, advogado vivido por Daniel Day-Lewis, observa a janela da casa onde vivia a mulher que amou, Ellen, personagem de Michelle Pfeiffer, deslumbrante como sempre. Para quem ainda não assistiu ao filme, fica a dica, é lindo!
Eliana Barbosa
Lina, seguindo sua dica estive no museu este ano. Na saída, fiquei por uns momentos observando os vários jovens sentados em volta da praça fazendo desenhos artísticos.
Um abraço!
Maria Cristina
Sempre que vou a Paris, preciso dar uma passada na “minha” praça, que me foi apresentada por uma amiga querida que já partiu e que meu mostrou tantos lugares especiais e pouco conhecidos da cidade. Obrigada por dividir com a gente teu recanto preferido.
Liédje
Meus queridos,
Este local transmite paz!!!Mas, para um turista sedenta de ver coisas, como eu, quando cheguei lá..que fiquei um pouquinho decepcionada. Olhei o museu e só…talvez para alguns, o lugar tenha se revelado mágico….não foi para mim:(
Adriana Pessoa
Acho esse cantinho um charme!
Para mim, ele tem outro nome: Praça da Madá, nossa querida Pitaqueira!!
Bjs.