Por que os franceses frequentam a praia vestidos?
Não entendo por que francesas e franceses chegam na praia vestidos com calça, sapato com cadarço, camisa social, saia, jeans, camiseta, sandália de couro, calça, meia e tênis. Eles chegam na areia como se estivessem desembarcando no centro da cidade. Intrigada, fiz uma pequena pesquisa, perguntei aos familiares e aos amigos. Todas as respostas tiveram um tom de surpresa. “Como assim?” “Não poderia ser de outra forma”, me responderam. “Chegamos na praia vestidos como todo mundo, tiramos a roupa, colocamos biquíni ou sunga, nadamos, nos vestimos de novo e pronto”. Para eles normal.
Já moro aqui há tantos anos que virou normal para mim também. Mas integrei o costume com ligeira modificação. Chego vestida com o maio ou biquíni por baixo. A lembrança da minha primeira praia francesa continua viva na memória. No meu primeiro programa à beira mar entrei no carro de saída de praia, sandalinha de plástico, protetor, chapéu e nada mais. Todos os outros vestidos. Quase como para o trabalho.
Instalada na areia, observei os amigos e a ginástica necessária para trocar de roupa sem que a coisa tivesse um ar de streap tease. Para as mulheres com vestidos ou saias a situação sempre foi mais fácil. Assentadas na toalha elas se desvestem e se vestem com gestos rápidos, por etapas, parte de cima e em seguida parte de baixo, a mais difícil, a mais púdica.
Para os homens a situação é um pouquinho mais complicada. Tirar a calça e ficar de cueca está ao alcance de todos. O problema é a toalha em torno dos quadris que exerce a função de esconde sexo. Nas contorções, para retirar uma peça e vestir outra, ela pode cair. Aqueles que nunca conseguiram encontrar o equilíbrio necessário são ajudados pelas esposas, namoradas ou amigos. A toalha é mantida por alguém à guisa de biombo.
Algumas horas mais tarde todos os movimentos são re-feitos na ordem inversa e voltamos para casa.
Como há anos observo e vivo esses rituais, me dei conta que durante os anos 1970/ 1980 a moda do monoquíni tornou a troca mais fácil, para nós mulheres. Na época substituíamos uma única peça: calcinha contra calcinha.
Em 2018, a situação é outra. Uns chamam de retrocesso, outros de equilíbrio. O fato é que os seios femininos não são mais livres. E quase todas as mulheres francesas usam biquíni ou maiô.
Voltando aos anos 1970/1980, me lembro também de uma peça aqui chamada de meia furada, um tubo confeccionado com tecido atoalhado. Os homens penduravam isso nos ombros e a troca de roupa era mais confortável.
Em 2018, somente aqueles com mais de 70 anos ainda a usam. A meia furada virou peça de museu.
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11 Comentários
Lucy
Hahaha, no inicio achei tao constrangedor. Apos tantos anos aqui ja virei craque na troca. Quando posso ir à praia ja vestida vou, caso contrario troco tudo rapidinho. E meus filhos vao na mesma onda. O que acho bom disso é sair da praia sequinha, é tao desagradavel sentir biquini umido e cheio de areia no corpo… E quanto a sunga… ja foi moda aqui (ver filme Les Bronzés), esses ultimos anos desapareceu da praia, os da idade dos meus filhos acham “ringard”.
Madá
Lina, no caso pega mal ir até a praia com uma saída de praia ? Tipo uma bata indiana que seria um pouco transparente?
Lina
Salut Madá. Pode ir até a praia de bata indiana. Às vezes pego uma antiga saída e vou para a praia com ela. Lembranças de uma outra vida. Até breve em Paris.
Amy
Fui na Lá Villete e tive a mesma percepção, estava um calor e as pessoas apenas se despem à beira da piscina natural, há armários para guardar seus objetos, estendem-se as toalhas, um livro, óculos escuros e voilá! Após o banho as roupas tomam o sentido novamente e ninguém precisa saber que você foi à piscina. Diferente, apreciador.
Luciana Albuquerque
Pra mim foi uma surpresa muito divertida! Ri muito, por dentro, acompanhando o malabarismo com a toalha. Acabei vendo o que não queria.
Teresa Gama
Neste verão, presenciei uma troca de um senhor ao ar livre, sem biombos ou qualquer constrangimento, em Antibes, França.
Noelaine Martins
Obrigada pelo artigo! Fiquei surpresa quando vi as pessoas chegando de calça jeans, sapato e camisa social na praia. Depois o cotarcionismo pra trocar de roupa na maior naturalidade, se enrolando em toalhas e canga pra finalizar a mudança de guarda-roupa…. Rsrsrs Mesmo nas ruas próximas à praia não se via as pessoas de shorts e rasteiras…… Somos tão práticos!!
Rodrigo Lavalle
Noelaine, somos tão práticos!
evandro barreto
Bonjour, Lina, tive esse choque cultural ao contrário. Perambulando todo vestido por Mikonos, fui parar numa praia de nudismo.
Como o dai era ensolarado e quente, resolvi dar um mergulho e tirei toda a roupa, também. Na Grécia, como os gregos. Logo me acostumei, mas tive duas percepções inéditas: não sabia onde guardar os cigarros e senti a brisa bater onde não era habitual.
Lina
Perfeito Dodô. Como sempre. Se quiser sentir a brisa bater onde não é habitual te passo o endereço franceses.
Saudades.
Nick
Já estive em diversas praias na França e pude observar esse costume com mais detalhes, há alguns anos em Biarritz. Para quem não está acostumado, é um tanto constrangedor. Tem desde a família que vai passar o dia na praia, até o rapaz do escritório que vem tomar sol na hora do almoço, todos sem exceção chegam completamente vestidos. Outra observação, os homens europeus raramente usam sunga, inclusive ano passado tentei comprar uma na França e simplesmente não encontrei. Eles vão à praia de shorts !!!