A mídia internacional tem seguido com atenção a progressão de Marina Le Pen, do partido de extrema direita, nas sondagens francesas.
O site Technologies du Langages, com duas imagens, nos mostra a diferença entre a direita e a extrema direita.
Nesta foto acima vemos Sarkozy e a mise en scène habitual para os discursos oficiais. A biblioteca, a bandeira da Europa e a da França.
Aqui temos Marina Le Pen e duas bandeiras da França lado a lado. A bandeira européia, que o Front National chama de européiste, desapareceu. Uma imagem pode transmitir uma idéia com mais força do que as palavras.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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30 Comentários
Isabel A
José Maurício e Ricardo
Estou com vcs: é a volta da maré. . O mais assutador é que um apelo à identidade nacional é bem eficaz nessas horas. Surgem nos discursos oficiais e no senso comum o chamado a uma essência, à defesa de um patrimônio que tb foi construído com o braço dos trabalhadores imigrantes,´a mão-de-obra barata´só reconhecida nessa condição. É preciso se acautelar contra esse extremismo, com raízes históricas bem claras.
Samuel
Luciano,
Gostei muito desse final (sobre a onça…).
Tive uma professora de Direito Constitucional que, ao tocar nesses assuntos, sempre dizia: a onça não é ecológica … rs rs rs. Lembrei disso e caí na gargalhada.
E, quanto a manter uma coerência com o passado … bom, tudo tem um limite … afinal, ninguém quer globalizar a miséria …
Defendo as fronteiras nacionais (puxa, e o partido chama-se Front National) … mas não me acho um extremista; só penso que tudo tem um preço,nesta vida não há nada de graça – absolutamente nada – um dia sempre se paga o preço!
E viva a diferença (rs).
Abs. e vou descansar nesse final de semana, pois os próximos quinze dias serão de doer.
Beatriz C
Aninha
O sociólogo é o Baudrillard. Tem um lindo trabalho crítico da sociedade em que vivemos. Veio mtº ao Brasil. Cofesso q acompanhava mais suas longas entrevistas. Era um empolgado com o Brasil, esta capacidade de nos misturarmos, de produzirmos este grande caldeirão cultural. Abs.
Aliás, a frase completa é assim: “O Brasil é o país do futuro. O mundo se tornará um grande Brasil”.
Beth
Amigos
Mais uma reviravolta…
http://www.lefigaro.fr/politique/2011/03/24/01002-20110324ARTFIG00741-cantonales-les-electeurs-de-droite-pour-le-ni-ni.php
Francy
Jane ,eu também aprendo muito neste blog,a Lina cada dia posta um assunto + interessante , o minimo que se faz é acompanhar.abs.
Jane
Francy
Devagar…nada!Aprecio ler o que você escreve.Sempre aprendo com você.
Aninha
Beatriz C
Por favor, quem é o sociólogo que
fez essa citação:
“O mundo se tornará um grande Brasil”.
Gostei…muito!!!!
Só espero que seja o Brasil que começa a se formar hoje… e não o Brasil que também dividiu-se em riquezas entre Norte e Nordeste e Sul e Sudeste; discriminando, por exemplo, os nordestinos durante décadas… eles também foram jogados nas favelas e periferias… “zonas sensíveis”
Hoje, felizmente, muitos já podem voltar para suas regiões de origem … ou mesmo nem sair delas, se assim o desejarem, pq a distribuição de riquezas, e possibilidade de trabalho, começa a ser uma realidade… embora ainda estejamos muito muito longe do ideal. As pessoas gostam de sua origem… de suas raízes… imigrar…migrar… não é tão fácil como parece…
Se o mesmo ocorresse na esfera mundial… africanos, asíaticos, árabes, romenos, não sairiam de seus países…sem deixar de lembrar, que muitos deles, também fogem de regimes totalitários… buscando a liberdade, fraternidade e igualdade de uma democracia como a França.
Do que vejo, … é que existem mais negros trabalhando em Paris, por exemplo, contribuindo para a economia do que em Floripa, cidade onde vivo. E existem muitos negros em Floripa…. a maior parte vive nos morros. Questão…. para nosso Ministério da Igualdade Racial.
Ainda bem que temos um Ministério da Igualdade Racial… melhor que uma Frente Nacional de extrema direita.
Tomara que os franceses encontrem uma saída… pela convivência!
Adoro a diversidade em Sannois e adoro a diversidade em Paris.
Adoro sair de Sannois, pequena vila em que ” estou vivendo” na França, a 15 km de Paris, pegar meu trem e me sentir no mundo… com franceses e uma multidão de pessoas de todas as partes… convivendo.
Obrigada Lina pela oportunidade de “partager”…un munde à partager!
Ricardo
Engraçado como a indignação deles em conviver com os pobres do terceiro mundo não se manifesta quando eles controlam (ou controlaram) as colônias (vide Guiana Francesa, Argélia, etc.). Explorar pode, conviver não.
Beatriz C
Esta matéria é da maior importância e não poderia deixar de colocar uma palavrinha aqui.
Em caso de desespero toda a direita se une. Já a esquerda…
Quando revi a França ano passado depois de 30 anos notei uma grande diferença. Nos anos 1960 a imigração não tinha rosto, vivia em guetos, empregada em serviços de construção.
Fiquei “de cara” impressionada ao ver já no aeroporto: indiano na banca de jornais, na recepção do hotel negros, em diversos setores de serviços enfim, a presença do imigrante. Eles hoje aparecem, o que não acontecia há três décadas. Estão inseridos apesar das “zonas sensíveis”. Como dizia um sociólogo já desaparecido: “O mundo se tornará um grande Brasil”.
Jose Mauricio
É complicado…Em qualquer lugar do mundo as regiões mais ricas são polos de atração para os menos favorecidos. Os africanos, na sua maioria, estão numa região pobre e sujeita a guerras e condições climáticas extremas, e a Europa está apenas a um Mediterrâneo de distância. Essas migrações sempre ocorreram e a Europa esquece, convenientemente, que a sua expansão colonial foi a válvula de escape para multidões de europeus sem perspectivas nos seus países de origem que se espalharam pelo mundo(leia-se colônias). Agora é a volta da maré…