Desde a nossa última troca de informações sobre lugares para farofar em Paris, fiquei pensando na prática européia do pic-nic.

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Prática celebrada por Edouard Manet com o seu famoso Déjeuner sur l’herbe – literalmente – almoço na relva, um pic nic erotisado.

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E a resposta de Claude Monet, uma versão mais socialmente aceita, um almoço campestre e familial.

Prática que data do século XIX, comum entre a aristrocacia inglesa que vai festejar a primavera e o verão em contato com a natureza e assim transformar o piquenique francês em pic nic anglo saxão.

Os franceses continuam adorando o piquenique e a prova é o número elevado de sites explicando como organizar um piquenique, quais os melhores lugares para piquenicar na França, de receitas culinárias para piquenique e as associações que reúnem seus sócios em torno de um piquenique. Sem falar destas novas manifestações urbanas como o pic nic branco dos Champs Elysèes.

No Brasil, o pic nic não faz parte da nossa cultura. Talvez porque não tenhamos a necessidade de contato com a natureza após um longo inverno. Penso mesmo que esta prática adquiriu um aspecto pejorativo de farofeiros sujando as praias.

Os quadros acima estão no Museu d’Orsay.

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