Por Maurício Christovão
Sou engenheiro civil e sempre me interessei por obras realizadas pelos meus antecessores de profissão.
O Canal du Midi é uma obra espetacular e foi construído no Século XVII por Pierre-Paul Riquet, por ordem do Rei Luís XIV. O Canal mede 360 km indo de Toulouse até Sète, no Mediterrâneo. Os barcos vêm do Atlântico, entram na foz do Rio Garonne, passam por Bordeaux e navegam até Toulouse e ali há a interligação com o Canal. Esse canal era estratégico para a França pois permitia enviar mercadorias sem passar pelo Estreito de Gibraltar, evitando assim problemas com os corsários da época.
A realização do Canal du Midi exigiu a construção de 328 obras de transposição, como eclusas, pontes e aquedutos para vencer os desníveis do trajeto, regularizar rios e captar água para o Canal funcionar.
Ao longo do seu trajeto, foram plantados milhares de plátanos que preservam as margens e fornecem sombra para a navegação nos meses quentes no Sul da França. Essas árvores estão sendo atacados por um fungo e, infelizmente, ainda não encontraram a solução para o problema.
Entre as principais cidades atravessadas estão Toulouse, Castelnaudary, Carcassonne, Trèbes, Beziers, Narbonne, Agde e Sète. O Canal pode ser acompanhado, na maior parte, por rodovias ou mesmo por roteiros ciclísticos oferecidos por agências de turismo.
Com o advento das ferrovias e estradas de rodagem o Canal du Midi foi perdendo importância como via de transporte e, em 1996, foi considerado (felizmente!) como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
O número de embarcações que atravessa o Canal é grande, mais de 50.000 pessoas fazem esse roteiro por ano. Mas não é preciso comprar um barco ou ser um grande marinheiro para percorrer o Canal du Midi. Várias agências alugam as “peniches” que são embarcações com acomodações para várias pessoas e ministram um “curso relâmpago de navegação” para os marinheiros de primeira viagem. A navegação é extremamente lenta para evitar marolas e a erosão das margens e todos os barcos têm as dimensões exatas para passarem pelas eclusas e pontes do caminho.
Não chegamos a tanto pela falta de tempo, preferimos fazer um passeio bem “turistão” num pequeno trecho do Canal em Carcassonne, mas valeu e foi bem interessante. O passeio dura em torno de duas horas e o barco não tem sanitário a bordo, de modo que recomendo resolver esse problema antes da viagem na estação de trem (leve moedas), bem em frente ao Port du Canal, de onde sai o passeio.
Os barcos não podem ser grandes, devidos às restrições do Canal, mas transportam umas 50 pessoas confortavelmente. Nossa guia poliglota descrevia as atrações nas margens em três línguas, menos o português estava em falta. É um passeio muito tranquilo e, devido à ausência de ondas e à baixa velocidade, não há risco de alguém enjoar.
Encontramos várias embarcações estrangeiras, principalmente inglesas. Como disse, eles atravessam o Canal da Mancha, entram na foz do Garonne e em seguida pegam o Canal em Toulouse até o Mediterrâneo. Quase todos os barcos, inclusive as “peniches” de aluguel, tinham bicicletas a bordo para os passeios nos arredores das paradas.
Do barco dá para ver a fortaleza de Carcassonne ao longe. Fomos acompanhados no trajeto por ciclistas, caminhantes e corredores percorrendo as estradinhas laterais, que também são uma boa opção de passeio.
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20 Comentários
Luiz Cesar Ribeiro
Gostaria de conhecer o roteiro realizado pela Regina Cerucci. Pode ser?
Rodrigo Lavalle
Luiz, espero que a Regina acompanhe os comentários aqui do blog e te responda.
Abraços.
regina cerucci
eu aluguei uma penichette em maio de 2014, e fui de Briare ate Moulins, uma viagem muito divertida, interessante . Vou mandar para a conexão Paris o roteiro comleto, que chamei de ‘”minha viagem pelas eclusas do Loire””, a viagem durou 12 dias, e passamos por 80 eclusas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Luiza Maia
Obrigada Maurício. Ótima dica, que eu não conhecia. Deve ser um passeio muito interessante.
Luiza.
Mauricio Christovão
Patricia: Nós estávamos em Aix-en-Provence e fomos de carro para Carcassonne, mas existe TGV para lá. Sugiro você consultar o site da SNCF para planejar sua viagem.
http://www.sncf.com.
Ou se preferir, pode usar a RailEurope, pagando um pouco mais, mas o site é em português, aceita cartões nacionais e funcionou bem conosco.
http://www.raileurope.com.br
patricia
Mauricio
Show de fotos ,parece ser inesquecivel
saindo de Paris ,qual o tempo de viagem até o porto?
Rogério Camboim
Entre 13 e 20 de abril (daqui a 2 meses) pego uma penichette em Montesquieu-Lauragais (próximo de Toulouse) e vou até Argens-Minervois (próximo de Narbonne). Acho que o ponto alto será Carcassone, mas espero que as demais cidadezinhas também sejam interessantes. Já recebi aqui no Brasil o material da empresa onde aluguei o barco. Ainda tenho que ler este material e ver os vídeos do site (especialmente para operação das eclusas, onde não houver funcionários cuidando). Acho que será uma viagem interessante.
Maisa Balardin
Eu é meu marido fizemos esse passeio também em Carcassone e gostamos muito , aliás a cidade e mto agradável , principalmente a parte medieval.
Maurício Christovão
Madá: Ida e volta no barco. Ele não faz paradas, e a estação de trem está próxima ao ponto de embarque, depois o canal cruza por baixo da via férrea e os caminhos se afastam. De qualquer jeito, a distância percorrida é pequena,uns 4 ou 5 km, e daria até para voltar a pé, se houvesse desembarque. Soube que existem cruzeiros maiores, que vão de uma cidade a outra. Talvez nesses seja possível trocar de transporte.
Evandro Barreto (Dodô)
Maurício, mais um post seu que leio com prazer, memorizo como tentação e recomendo aos velozes e furiosos como alternativa ao Lexotan.
Madá
Bela experiência! A foto de Carcassone é linda! Uma curiosidade, essas duas horas são ida e volta no barco ou dá para ir de barco e voltar de trem?