Londres ocupa, atualmente, o primeiro lugar na lista das primeiras cidades turísticas. Por que Paris perdeu o cobiçado primeiro lugar?
Le Figaro.fr publicou pequena pesquisa junto aos seus leitores sobre a questão.
Quase todas as respostas apontam o óbvio, o que já sabemos há anos. Londres é mais limpa, a multa para cocô de cachorro na rua é cara; os garçons e choferes de táxi londrinos são menos stressados e mais sorridentes; o metrô de Londres é limpo e foi inteiramente renovado; nas ruas de Londres, cidadãos e turistas não precisam proteger bolsas e bolsos contra gangues de assaltantes; faltam aos parisienses a excentricidade dos londrinos.
Esta comparação é antiga, porque somente agora a perda do prestigioso primeiro lugar? Será que o prefeito parisiense, Bertrand Delanoë é menos afrodisíaco que o londrino Boris Johnson?
Falando sério, o jornal considera que a explicação se encontra nos últimos eventos londrinos: os Jogos Olímpicos de 2012, o casamento do príncipe e o jubileu de diamante da rainha Elisabeth II. Londres propagaria uma imagem de cidade dinâmica, voltada para o futuro; enquanto que Paris exibiria uma imagem de cidade voltada para o passado e presa à normas rígidas.
A verdade é que nestes meus 30 anos de residência parisiense, vi a violência aumentar de maneira assustadora. Tanto a pequena violência como roubos de bolsas e bolsos, quanto a grande, como os ataques espetaculares às joalherias. Hoje, os pequenos comerciantes possuem arma ao alcance da mão e muitas vezes, no vigésimo assalto, acabam reagindo e a agressão termina em morte. Enquanto isto, as grandes marcas foram obrigadas a montarem um sistema de proteção eficaz. Na place Vendôme e redondezas, temos um vigia a cada 30 metros.
Será por isto?
Verdade também que a legislação francesa possui aspectos absurdos que entravam e dificultam a vida dos cidadãos e dos turistas. Aqui impera a cultura da proteção do seu pedaço e dos privilégios adquiridos. Qualquer mudança proposta termina em greve. Um exemplo: pegar táxi em Paris é possível somente para iniciados. E, quando conseguimos um, o chofer cheira mal e é resmungão. Por que a oferta é menor que a demanda? Porque eles se batem pela proteção e reserva do mercado. Paris esteve, nos últimos dias, bloqueada por uma greve de táxis contra uma concorrência “desleal” da parte de empresas de traslados. Será que desta vez o governo conseguirá abrir a profissão a estas empresas e melhorar a imagem dos táxis de Paris?
O Figaro.fr termina seu artigo com tom otimista e a previsão do retorno rápido de Paris o primeiro lugar na lista. Afinal poucas cidades no mundo reúnem, em um espaço tão pequeno, plano e fácil, um patrimônio arquitetural, artístico, gastronômico da mesma qualidade.
Considero que morar nesta cidade é um grande privilégio mesmo com suas (pequenas) mazelas. Bastam certos ajustes. Primeiro ou segundo lugar não importa. Paris é única.
E o segredo de Paris se encontra nesta ausência de contemporaneidade gritante e se esconde nos aspectos anacrônicos. Seu apego ao passado freia a mudança e é melhor assim.
E se os franceses não são excêntricos, são muito mais charmosos que os ingleses. Tenho provas!
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101 Comentários
Philipe
Muito legal o post. Estive com minha esposa na Europa pela primeira vez agora em Setembro e fizemos o circuito Londres, Paris, Bruxelas e Amsterdã tudo de trem. Curtimos mais Londres pelos fatos já ditos aqui como melhor transporte, melhor atendimento, melhor hospedagem no mesmo custo de Paris, mas fácil de comer e etc. Infelizmente vimos violência, sujeira e tivemos experiência de mal atendimento em Paris, mas o charme da cidade é realmente incrível e um passeio no Sena no anoitecer faz vc esquecer os problemas.
Ana Mota
Conheço as duas cidades de perto. Já estive várias vezes em Londres e vou a Paris uma vez ao ano. Gosto das duas cidades e cada uma tem suas peculiaridades. Tive boas e más experiências em ambas. Porém Paris, ao meu gosto, é mais charmosa. A cidade em si é um convite aos olhos e se respira arte a cada canto. Enquanto Londres nos remete ao desenvolvimento, Paris nos presenteia com lembranças talvez nunca vividas. O ar é inebriante. A comida fabulosa.
Londres é gentil. Tudo funciona, mas não tem o aconchego sentimental de Paris. Londres e Paris, ótimas pedidas. No entanto, Paris em primeiro lugar!!!!!!
Ricardo A.
Adorei o post e realmente concordo que a competicao e dura entre essas duas metropoles mundiais. Uma coisa que faz pesar para Londres e a questao dos festivais de verao, ha muita coisa pra fazer pra quem gosta de musica. Por exemplo http://londreseshow.com.br/2014/02/temporada-de-festivais-de-musica-reino-unido/
Ja Paris e Franca acredito que existam tantas opcoes.
Um abraco Rick
Débora
Uma dupla e tanto!
Ariane
Bem, existem certas coisas, certos assuntos que rendem mesmo…
Eu, particularmente, acho bem complicado dizer que os franceses ou os ingleses que trabalham com atendimento de um modo geral são mal educados.
Ainda não os conheço, mas acontece que eu não tenho coragem de exigir do outro uma qualidade que não tenho. Claro, todo mundo quer ser sempre bem tratado (até mesmo aqueles que costumam tratar mal os outros, geralmente são os mais exigentes…) mas, apesar de ser geralmente um povo bem caloroso, o brasileiro também é bem despreparado. Profissionalmente e “de berço”.
Primeiro, porque já não temos uma educação que faça tanta questão de ensinar bem o Português, quem dirá pelo menos o Inglês; segundo, porque diante desse despreparo no quesito idioma a grande maioria das pessoas acredita que não tem necessidade nenhuma de se fazer entender pelos turistas estrangeiros (apesar de ser um país quase que totalmente turístico), e “se eles quiserem, que aprendam Português para falar comigo” (já cansei de ouvir esta frase); terceiro, além da questão do idioma, temos a mania feia de olhar o turista, estrangeiro ou não, com preconceito, isso também de um modo geral (e percebo isso em minha própria cidade).
Nunca vi um motorista de ônibus/táxi que falasse Inglês. Não, minto! Conheci UM taxista que falava sim, mas porque ele fazia transfer para aeroporto e então a profissão exigiu. Mas se não fosse por isso, será que ele procuraria aprender?
Ah, e o quesito educação (ou a falta dela), já fui muito mais bem tratada em várias situações fora do Brasil do que aqui, por profissionais que estavam trabalhando com atendimento ou por pessoas que estavam simplesmente passando por mim.
Enfim… Eu sempre trabalhei com atendimento ao público (recepcionista de hospital, de hotel, e hoje agente de viagens) e, automaticamente, acabo prestando muita atenção nisso. Não estou dizendo em momento nenhum que franceses/ingleses são um exemplo a ser seguido, até mesmo porque vou ter a oportunidade de descobrir isso em poucos meses. Mas não vou chegar em Paris exigindo ser tratada de uma maneira que eu sei que eles, na maioria das vezes, não são tratados aqui.
Beijo grande a todos!!
Carlos Alberto Collares
Estive em Paris em julho e em novembro, pela primeira vez em Londres. Em Londres fiquei encantado com a quantidade de pessoas, de todas as idades, na rua até de madrugada (sexta e sábado) entre Covent Garden e Piccadilly Circus, nos Pubs e nos vários Teatros da região. Segurança sem comparação e metrô muito bom.
Já Paris, apesar do seu charme e encanto natural, minha mulher sofreu uma tentava de furto, na catraca do metrô, na saída do show do Lido, já de madrugada. Enquanto um travou a catraca com o pé, outro, já com a mão dentro da bolsa, por pouco, não foi aliviada em algumas centenas de euros, se não fosse, imaginem vocês, um argentino que estava atrás, com a sua família, começar a gritar, fazendo o larápio desistir do seu intento. Além disso, com a crise econômica a cidade fica sem luz, a partir das 21 hrs, nos edifícios históricos. Mendigos deitados no chão e urina nas calçadas também são uma constante. Resumindo: Paris está perdendo seu brilho.
Carlos Alberto
Malu Esper
Todas as minhas viagens, seja para qualquer país na Europa, terminam em Paris! Acho que vivi ali, e fui feliz, em outra encarnação.
Isabel
Prefiro Paris . Motivos? A última vez que estive em Londres ( em nov/2013 ) nunca vi tanta sujeira as margens do Rio Tâmisa . Peguei um táxi na chegada, para o hotel e me deparei com um motorista antipático, grosseiro e que me deixou no hotel errado , apesar de eu ter lhe mostrado o cartão do hotel que reservei . Ele nos jogou lá na calçada com todo descaso e foi embora. Não fosse o porteiro do hotel q ele nos deixou vir pegar nossas malas e providenciar outro táxi , voltaríamos dali mesmo. N pretendo voltar a Londres, foi decepcionante . Já em Paris sempre fui bem recebida, com educação e cortesia .
Jose Salton
Concordo com a maioria de voces. Falamos de duas realezas. A diferenca, no final, fica em nossos coracoes. Conheco ambas e sao incrivelmente marcantes mas, coracao e coracao. Pra quem tem vinho nas veias, todas as arterias conduzem a Paris!
Analu
“O problema de Paris são os parisienses.” É a frase mais comum que escuto dos brasileiro que vão à Paris. Eu estive na cidade e constatei o mesmo problema.
Mas o problema mesmo é a imensa propaganda que gira em torno da cidade. Como se Paris fosse a cidade do amor, da fraternidade e do glamour. Ok, acho que vi algumas dessas coisas. Para chamar a cidade do amor, eu descobri que muitos casais não tem problema algum de amar outras pessoas (não é traição não!).
Na questão da fraternidade, bem, eu não vi muito. O motoristas de táxis são mau educados, os garçons acham que são os donos do restaurante e saí de Paris acreditando que os garçons franceses são treinados para humilhar, esnobar e ignorar o turistas, a garota do ticket de metrô fechou a cabine porquê não tinha troco e achou que eu estava tirando onda com a cara dela.
No quesito glamour… esse foi bem difícil. O mais difícil de todos. Eu fui no inverno e como todo mundo sabe, Paris venta. Se colocasse uma daquelas torres heôlicas no meio de Paris (ficaria horrível!) com certeza traria muito dinheiro para a cidade. O que eu vi foi um bando de mulheres descabeladas (eu também, né!), gente com cecê em todo canto e nas baladas, bem até tinha gente bonita, mas estavam fedendo.
Gente linda e fedendo, não rola!
Então eu fiz a minha lista mental… O que foi bom em Paris?
As pessoas (nativo ou não) que não estão trabalhando são educadas, prestativas e sorridentes. A comida, muito boa! até uma rede de fast food lá (nada de McDonalds, gente!) foi muito boa. A cultura da cidade, que dá vontade de se embriagar de cultura, história e ficar impressionada com o simples fato quando alguém diz coisas como: “Maria Antonieta sentou nesta cadeira.” ou “Santos Dumont sentava na frente deste café.”. Fazer coisas que os franceses fazem, pra ver se você gosta e leva o hábito pro Brasil. Ser tratada com alegria e educação pelas pessoas idosas que ainda trabalham. Descer na estação de metrô do Louvre e desejar que todas as estações de metrô fossem tão lindas assim. E se seu francês estiver bom, dar uma passada nas feiras livres de Paris e conversar com algum feirante bem humorado.
Enfim… adoro Paris, mas as pessoas que trabalham com atendimento ao público, precisa de um treinamento pesado (ostensivo!). Isso serve para Londres também.