Sabemos que estas classificações nem sempre correspondem à realidade mas nem por isso elas deixam de ser referência.
No último The World’s 50 Best Bars Paris foi citada somente duas vezes: o 45° lugar coube ao Bar Candelaria e o 49° lugar ao Bar do Plaza Athénée.
A razão desta baixa performance parisiense é simples. O cocktail, estas misturas famosas que personagens não menos famosos bebem em cenas inesquecíveis de clássicos do cinema e da literatura, andou esquecido dos franceses nestas últimas décadas.
O aperitivo mais apreciado sempre foi o champagne puro. Em casa, se quiser agradar seus convidados esqueça todas as outras opções e ofereça um Ruinart Rosé. Sem erro. E nos bons restaurantes, quando pedimos sugestões para aperitivo ao sommelier a proposta primeira será sempre uma coupe de champanhe.
E uma coupe de champanhe podemos pedir em qualquer lugar, sobretudo nos deliciosos cafés de Paris.
Em certas regiões, os franceses respeitam as tradições locais e o aperitivo será um Casanis na Córsega, um Pastis em Marseille, um vinho branco na Alsácia servidos também em qualquer café da esquina. Mesmo assim se o contexto for, digamos, elegante, o champanhe estará na ordem do dia.
Atualmente assistimos uma pequena mudança do cenário com o retorno glorioso de cocktails coloridos, deliciosos e infernais. E todos os dias lemos artigos sobre inaugurações de novos bares sob a direção de barmen jovens e dinâmicos mestres nos segredos do equilíbrio entre acidez, açúcar e álcool.
Não conheço ainda o Candelária, o primeiro bar parisiense citado pela The World’s 50 Best Bars, mas as avaliações do TripAdviser não são muito elogiosas: atendimento snob, preços exagerados.
Finalmente retorno à minha preferência pelos confortáveis bares dos bons hotéis de Paris onde você pode escolher cocktails chamados Park Flower, Purple Mojito ou optar pela simplicidade do champagne.
Candelária – 52 rue de Saintonge 75003 Paris.
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18 Comentários
Lenna Ranghetti
Não há coquetel melhor do que uma coupe de champagne…
Lina
Lenna
Estamos de acordo!
Helena Bäuerlein
Champagne puro sempre!
Marcos
Coquetéis nunca saem de moda!
Prefiro, entretanto, os “minimalistas”. Não há erro com um “gin and tonic” feito com uma boa marca de gim; se com Tanqueray Ten, tanto melhor! Ou um “dry martini”. Ou um “vesper martini”, drinque criado por Ian Fleming em sua primeira novela, “Casino Royale”, de 1953, que leva gin, vodka e Kina Lillet ou assemelhado. O Dry Bar, em SP, costumava servir tanto um “dry” quanto um “vesper” excelentes, feito pelo incrível barman Kascão:
http://goo.gl/LQsdc
No Faena, em BsAs, há alguns anos, conheci o “French Mojito” que leva champanhe ou espumante, uma delícia refrescante!
E como não lembrar das inacreditáveis Pats e Eddy, de “Ab Fab”, e seu drinque favorito: “Bolli Stoli”, feito com 3 partes de champanhe Bollinger para 1 parte de vodka Stolichnaya.
Edson Diogo de Castro
Na vitoria ou na derrota sempre champagne, abraço Edson Castro
Michèle
Oi Lina, ontem justamente, andando com um amigo pelas ruas do Beaubourg, passamos em frente a um bar que ele elogiou muito. Diz que é um dos melhores de Paris para os coqueteis… Daqui a pouco vou experimentar!
Lina
Michèle
Otimo, depois você conta para a gente.
Adriana Pessoa
Eu sempre prefiro uma taça de champagne a um cocktail!
Essas misturas do cocktail nunca me fizeram bem.
Maria das Graças R.Gonçalves
Lina,
Fiquei sabendo do seu blog através de um amigo, de Gov. Valadares.
Estaremos em Paris, em um grupo, em junho de 2014, saindo daqui por causa da copa e aproveitando aí, as delícias de Paris.
Nos aguarde!!!
Lina
Maria das Graças
Sejam bem vindos.
Rodrigo Lavalle
O Candelária é mais indicado pra quem é jovem e solteiro.
Rodrigo Lavalle
Eu fui ao Candelária uma vez. Não tomei nenhum cocktail mas o local em si é pequeno, escuro e sempre lotado. Tem-se que se passar pelo crivo do(a) host(ess).
Na frente (aberto pra rua) é um bar que serve comida mexicana rápida (e cara). O bar de cocktail só funciona à noite e fica escondido atrás de uma portinha no fundo do primeiro bar.
Não acho que valha o esforço.
Uma amiga foi ao Carmen e achou os cocktails incríveis. São criados na hora pelo barman baseado no tipo de sabor/bebida/fruta que o cliente escolher. Acho que custam 15€.
Lina
Rodrigo Lavalle
Também gosto do Carmen. Já o citamos aqui.
Nick
Oi Lina, acredito que essa moda do retorno aos cocktails não dure muito. De qualquer maneira, não tem nada mais festivo e borbulhante do que champanhe, seja de manhã, de tarde ou de noite.