Foto: Banho Turco de Ingres
Acabei de ler o resultado de uma pesquisa sobre a prática do banho dos europeus.
Vamos lá:
– 84% dos franceses tomam um banho todo dia. Em seguida temos: 83% para os espanhóis, 69% para os austríacos, 64% para os alemães, 60% para os italianos e 57% para os belgas…
Grande surpresa, não? Desde datas imemoriais escuto comentários sobre a falta de higiene dos franceses. Eles são os mais limpos da Europa.
A porcentagem da população francesa que não toma banho todo dia é baixa (16%). A mesma pesquisa no Brasil, qual seria o resultado? Penso nas pessoas classificadas na categoria de SDF (sem domicílio fixo) ou aqueles que vivem em situações de extrema miséria.
Uma amiga brasileira, que conhece bem o Japão, me contou que os japoneses consideram nossa higiene precária.Um fato que os choca é o hábito de termos sapateiras no mesmo espaço onde penduramos vestidos. E o uso dos mesmos sapatos para ambientes externos e internos, é, para o japoneses, um grande problema de higiene.
De todas as maneiras a questão central não é o banho ou se tiramos o sapato na porta da entrada. Ela está mais relacionada com olfato do que qualquer outra variável. E esta questão envolve toda a organização da sociedade. Claro que tomar banho e deixar os sapatos do lado de fora é melhor do que o contrário. Mas quando entramos em contado com o estrangeiro, não são estas variáveis que contam na nossa apreciação. É o olfato. Uma vez fiquei ao lado de japoneses no RER do aeroporto para Paris. O cheiro de peixe podre era tão forte que aos poucos todos mudaram de lugar. Eles deveriam ter na malas produtos da culinária japonesa e estavam tranquilos, lendo, banhados pelos odores e lembranças da infância.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
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95 Comentários
Cláudia Oiticica
Falando em odores e afins…me lembrei da célebre frase do Figueiredo: “Prefiro cheiro de cavalo do que cheiro do povo”….
Cláudia Oiticica
Isabel,
relendo meu comentário feito às pressas, eu quis dizer que a Provence estará com os campos de LAVANDAS floridos, apesar de que nessa época também os girassóis estarem floridos, mas também são vistos em outras partes da França.
LuciaC,
essa expressão ” violon d’Ingres” eu só fiquei sabendo na ocasião que conheci o restaurante. Bem interessante.
LuciaC
Obrigada, Kika.
Até na expressão violon d’Ingres está contida a força poderosa da expressão artisitca de Jean Auguste Dominique Ingres.
Um violon d’ Ingres não significa somente um hobby é um talento a mais que se torna uma paixão. Ele tocava violino.
Isabel
Obrigada Claudia e Kika!! Bjos!
Mikaela
O resultado desta pesquisa me faz lembrar de uma menina Francesa que dividiu apartamento comigo em Paris por 3 meses, ela tomava banho da maneira dela, quase diariamente, ela passava lencinhos umedecidos e toalhas pelo corpo, e banho de verdade mesmo, eu só vi ela tomar uma vez em 3 meses… mas reconheço que ela era uma excessão em meu circulo de amizade, e até os franceses diziam que ela tinha habitos de higiene incomuns.. ela tinha outras esquisitices…
Muito interessante essa pesquisa.
Parabéns pelo blog Lina,
Mikaela
regina
Meus amigos franceses também ofereceram as luvinhas. Mas eu tomava banho religiosamente tdos os dias ( não tão bem visto por eles)
IVETE de PORTO ALEGRE- (agora em Paris por 15 dias)
Olá querida Lina!
Só a título de colaboração e, principalmente para futuras pesquisas no seu blog, sugiro que você acerte o título deste seu post, pois HIGINENE não seria identificada, na busca do site, como HIGIENE e BANCO não seria identificado como BANHO. Pra mim, que também sou blogueira, sei que às vezes escrevemos tão apressadamente que a grafia sai de outro jeito!
Um beijo querida!
conexaoparis
Ivete
Obrigada. É a correria.
Kika Mello
Luciac
maravilhoso o seu comentário sobre o quadro de Ingres. Eu nem suspeitava tanta história por detrás!
Merci beaucoup!
Kika Mello
Kika Mello
Isabel,
Você precisa acessar a categoria ‘Mont Saint- Michel’ pois há vários posts sobre a conexão Saint-Malo/Mont Saint-Michel. Inclusive vc. encontra foto do interior um quarto do Mère Poulard e até de uma omelete doce.
Kika Mello.
Beth
Cristiana
Já estive na África várias vezes, e o que mais me impressionou foi o calor! Parece que “levanta ” do chão. O cheiro mais forte que senti foi da marisia, da terra, dos condimentos e dos animais…