O filósofo Michel Onfray divide toda viagem em três tempos.
O tempo ascendente do desejo e dos preparativos da viagem, o tempo excitante da descoberta do novo e do desconhecido e o tempo descendente do retorno ao lar.
A viagem não existiria sem o retorno às raízes e ao lugar seguro. A pessoa sem endereço fixo não é viajante, e sim errante. Nós precisamos ter um ponto fixo para, de tempos em tempos, nos tornarmos viajantes. Somos viajantes porque sabemos que temos nesta terra um lugar onde retornar com as malas e as lembranças.
Após a viagem e seu movimento frenético, após o uso máximo das nossas capacidades físicas, intelectuais e emotivas, precisamos do retorno e do repouso para recuperararmos as forças e energias gastas.
Precisamos reencontrar nossa cama, nossos livros, papéis e canetas, nosso cotidiano ritmado e organizado. Após os sobressaltos, alegrias e surpresas do percurso, nossa casa se torna um desejo manifesto.
Mas quando voltamos, já não somos os mesmos. Porque retornar significa voltar de algum lugar, com outro estado de espírito. O tempo excitante da viagem é substituído pelo tempo descendente da assimilação lenta de tudo que vimos, provamos, tocamos, sentimos.
No tempo descendente do retorno, durante o repouso do cansaço da viagem, amadurecemos a experiência. O que descobrimos sobre o estrangeiro? E o mais importante, o que descobrimos sobre nós mesmos?
Nesta hora organizamos nossas lembranças. Qual foi o melhor momento? Qual a pior lembrança? Quais as comparações entre os lugares percorridos e nosso quotidiano familiar? Quais nossas certezas e incertezas.
O retorno, para nós, é a garantia de que daqui a pouco partiremos de novo.
Onfray, Michel. Théorie du voyage. Poétique de la géographie, Le Livre de Poche.
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40 Comentários
Marilia Boos Gomes
O amor pelas viagens, felizmente, é uma virose incurável. Fui contaminada em 1985. Abraço cordial da Marilia.
Adriana Pessoa
Eu também sinto falta deles!
Cristiane Pereira
Madá, poderia mesmo ser um texto de Dodô… aliás, eu estou com saudades dos textos dele! E também tô sentindo falta de Beth por aqui! 🙂
Eliana Barbosa
Falando em Dodô, cadê a Beth? Beth, tô sentindo sua falta! Abs
Madá
Maravilhoso esse post! Achei que era do Evandro Dodô Barreto… Ele ficou ainda melhor com as citações da Adriana Pessoa (Saramago) e Claudia Oiticica (Amir Klink)!
Jane Curiosa
Vocês aí do blog estão me convencendo a terminar minha leitura de Onfray.Post mais inspirado,sô!
E como “é preciso ver o que(ainda) não foi visto”,vou reler todos os comentários novamente.
Lindos demais!
Jane Curiosa
Sil
Não resisto…
Até as pedras de Paris respondem cantando para você:”diz-lhe numa prece/que ela regresse/que eu não posso mais sofrer…”
Sil
Talita, eu fiquei 88 dias e ainda tenho 2 🙂 porque sou bolsista, ou seja, foram três meses de trabalho bom. Esse tempo como turista ou viajante, só se eu nascesse de novo e em outra classe social…
E a tristeza da partida, como escreveram Jobim e Vinicios é a “melancolia que não sai de mim não sai de mim não sai”.
Eliana Barbosa
Jacqueline, também estarei lá no final de maio. Vou de Londres para Estrasburgo-Colmar depois volto pra Paris. Se estiver sozinha e quiser companhia podemos combinar um Bistrô! Estarei com uma amiga flanando pela cidade entre 25 e 31.
Jacqueline
Nem todas as pessoas são viajantes. Mas parece que os que o são sofrem de um mal sem cura. Um mal que ataca em surtos e depois dá alguma breve trégua até voltar novamente. No meu caso é mal de gerações. Meu bisavô já tinha dito que se um dia não pudesse mais viajar iria morrer. A filha dele viajou o que pode e minha mãe também. Meu marido não é um viajante. Às vezes eu consigo sua augusta companhia, que, por sinal, é ótima. Mas não gosta. Não sonha com viagens. Não planeja. Não lamenta não ir. Mas como é meu melhor amigo e quer me ver feliz, gosta que eu realize meus sonhos. E lá vou eu de novo pra Paris em maio.