Por Lucia Carneiro
Indo direto ao assunto…
O que representa Paris para você?
Eu compreendo que símbolos significam sempre mais do que indicam e com isto se fazem representativos e marcantes.
Um coletivo de imagens que vai sendo arquitetado ao longo do tempo através dos costumes de um povo, da sua cultura, de suas artes. Retrato de um sentimento em comum num holograma de vivências distintas.
Na França a republica e a liberdade são representadas por uma mulher, Marianne.
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Um galo anuncia a valentia de seu povo, junto com a certeza do sempre amanhecer de um novo dia .
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Contendo triangulos e quadrados que se adaptam e diferenças que se ajustam, a França toma a forma de um Hexagono.
O país de Molière! Seu idioma fez as leis e descreve, com vigor e doçura, o amor e a paixão.
A gastronomia francesa, patrimonio imaterial da humanidade é considerada
“prática social destinada a celebrar os momentos mais importantes da vida dos indivíduos e dos grupos”
Liberdade igualdade e fratenidade um lema, mote de honra, constantemente lembra a seus cidadãos os seus direitos e seus deveres para com o outro. França misteriosa, profunda, insólita
Onde o hino da patria é agitador, um canto de gloria que incita à luta, exorciza as tiranias.
Em sua bandeira o vermelho é revolucionário, o branco é a cor do rei e da paz.
O azul e o vermelho juntos fazem as cores de sua capital. Paris. Uma flor, a de Lis, simboliza a realeza de um povo.
E se você sonha com Paris, posso garantir que não é o unico e nem será o último!
Paris uma cidade pequena e enorme em sua grandeza.
Poderia descrevê-la num poema feito só com adjetivos superlativos.
Cantá-la em verso ou em prosa é lugar comum.
Sonho de todo artista. Inspiração para músicos, pintores, poetas e escritores.
Seu cenário transforma fotógrafos de ocasião em artistas de fotos onde legendas não são necessárias. Paraiso cultural.
Encontrar Paris é uma surpresa. Ser apresentado a ela, um privilégio.
É uma cidade Haute Couture, estilo elegante de um luxo exclusivo. De uma beleza hipnotizante.
Paris é pessoal, faz o inédito surgir para cada um de acordo com a visão de seu próprio ponto de vista.
Livrar-se do que a cidade representa no imaginário coletivo é descobrir um Paris só seu.
E Paris? é feminino ou masculino?
E foi assim que durante esta semana divaguei sobre o tema.
O que representa Paris para você?
Gostaria muito de saber!
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115 Comentários
LUDWIG
Lí todos os comentários, um a um, refletindo, e só tenho uma coisa a dizer: concordo com “tudo” que “todos” escreveram. Acho desnecessário dizer isso ou aquilo haja vista que, de cada opinião, “tiro” um pouquinho ou tudo, para mim. Vez por outra sinto uma grande DPP – Depressão Pós-Paris!!!
Voltarei em breve, acreditem!!!
REGINA
Paris é paixão, é sonho, é tudo de Bom 🙂
Carlos Gomes
Paris significa um estado de espírito, uma paixão, poema de vida.
Dennina
Para mim, Paris é encantamento, beleza e cultura. A cidade é um museu a céu aberto, que conta da maneira mais fascinante possível boa parte da história que aprendemos nos livros: através das obras de arte, dos detalhes da arquitetura, dos monumentos lindamente conservados. Impossível não se deliciar com as maravilhas da gastronomia e não se apaixonar pela imponente Torre Eiffel. Paris é luz, é charme. Ser apresentada à cidade é dizer, com muito prazer: “encantada!”.
Quando conheci Paris, escrevi um texto no meu blog, compartilhando as minhas impressões sobre a cidade. Quem quiser passar lá, é só acessar http://depoisdostrintaanos.blogspot.com.br/2011/02/paris-mon-amour.html. Será um prazer receber a visita de vocês que, como eu, são admiradores dessa cidade incrível!
Vanderci
Vou a Paris pela primeira vez agora em Abril e as expectativas são imensas. Adoro Paris, na verdade acho que sempre adorei é como se já fosse uma velha conhecida. É estranho gostar tanto de um lugar que não conheço ainda; é como se apaixonar por alguém que a gente só conhece por uma fotografia.
Lucia o seu post está super.
Beth
Eduarda
Muito bom!
Eduarda
Lúcia…Seu post ficou muuuuito especial! Um convite às confidências…Lendo os comentários nos sentimos mais próximos de cada um dos amigos “pitaqueiros”.
-Nos contam os entendidos na liberação de informações do inconsciente coletivo que existe uma conexão entre nossa memória ancestral e a batata das pernas! Sempre que caminhamos muito essa memória é acionada. Absurdo? Para mim não… Se pensarmos que em Paris onde o verbo flanar é moto contínuo, isso até que pode nos ajudar a entender um pouquinho desse fascínio enorme que a cidade nos exerce.
Pelas ruas vamos colhendo imagens, cheiros, cores e acordando em nós algo que não é só nosso, de hoje, mas da nossa humanidade e sua memória.
O pão artesanal, feito com levain que perfuma muitos quarteirões, o comércio de frutas e flores que esparrama cores e odores pela calçada, a pedra dos monumentos históricos trabalhada por mãos de muitos artistas que nos convida ao tato e ao olhar demorado e sonhador, o burburinho de uma língua cheia de ronronares e confidências, o trabalho cotidiano de tantos indivíduos cujos talentos resistem heroicamente à massificação e ainda hoje se fazem presentes na excelência da cozinha, das bebidas, da costura, da perfumaria, da ourivesaria…
Os vitrais maravilhosos que se fazem de portal mágico para nossa imaginação que voa para o céu, e as vitrines sua contrapartida para nossos vôos bem mais terrenos!
E o Sena? Ai meu Deus…Demais, não?! Sua forte presença com beleza garantida pelo cuidado e adorno dos parisienses de muitas gerações, ainda dá seu ritmo tranqüilo à cidade, um verdadeiro heroísmo dos elementos numa metrópole moderna e cosmopolita onde as pessoas, tantas e de tantos lugares, se encontram displicentemente nesse local tão especial.
E diante de tudo isso, as mazelas inerentes de uma Europa em tempos de forte crise econômica, e com uma evidente intransigência às diferenças culturais pairando no ar, ganham um contraponto compensador.
Renata Monteiro
Paris é uma festa, e é o lugar onde os olhos não se cansam de ver o moderno e o antigo funcionando em harmonia. É onde meu coração canta que voltou para casa. A cada ano, conto os meses para que outubro chegue e que eu possa reencontrá-la!
Obrigado Lucia por iluminar meus domingos com seus posts!
Carlos
Quando fui à Paris, pela primeira vez, minha mulher e eu, tomamos um ônibus da Air France no aeroporto e fomos entrando na cidade. Na nossa agitação íamos fazendo perguntas à uma velha senhora, sentada ao nosso lado. E ela me disse: mas, como, você nunca veio aqui e conhece a cidade mais do que eu, que nasci aqui?
Então, acho que já vivi aí em outra “encarnação”. Tem paixão maior?
Jacqueline
Eu sou uma parisiense exilada ao nascer. Só assim posso explicar essa paixão que me acompanhou toda a vida por um lugar que eu só conhecia de algumas fotos de revistas e das narrativas encantadas de minha mãe, outra apaixonada por Paris que jamais a conheceu. Temia que comigo acontecesse o mesmo. Mas, em estado de graça, pisei em suas calçadas, palmilhei as margens do Sena, andei, andei e andei.
Confirmei o que já havia vivido dentro do sonho que sempre me acompanhara. Lá estava ela: bela, igual, real e surreal. E tive a certeza de que devo voltar quantas vezes a vida permitir.