Fico longe de Paris durante alguns meses por ano e sinto que está na hora de voltar quando começo a sonhar com:
. os terraços dos inúmeros cafés de Paris, sobretudo os ensolarados e afastados do barulho da circulação. Penso logo nos cafés de l’Impasse du Trésor e os da pequena praça Bourg Tibourg no Marais ou então os cafés do Jardin des Tuileries. Escolham um destes, peçam uma coupe de champagne e façam um brinde ao Conexão Paris.
. os pequenos e maravilhosos comerciantes que encontramos em todos os bairros de Paris e o espírito cidade do interior que existe nas ruas onde eles estão estão instalados. Faço minhas compras na rue des Martyrs onde encontro produtos de excelente qualidade, onde compro meus vinhos e jornais e onde tomo um aperifivo entre vizinhos uma vez o carrinho cheio e as compras terminadas. Poderia frequentar a Lafayette Gourmet, mais próxima do meu apartamento, mas não troco nunca o espaço gourmet e internacional deste departement store pelo meu ambiente village e tout à fait parisiense da rue des Martyrs.
. as pontes de Paris e o romantismo das margens do Sena. O rio e suas pontes determinam a identidade visual da cidade e todo passeio ou o famoso flanar comporta sempre a travessia das pontes e a contemplação dos monumentos carregados de história. Quando, entre um avião e outro, um leitor me pergunta o que fazer em 5 horas descarto sempre a torre Eiffel ou o Arco do Triunfo. Digo para pegarem o Roissybus e a partir do ponto final Opera, descerem em direção ao Sena. Aí está o coração desta cidade.
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114 Comentários
mariana
Sabe de que eu tenho saudade? De uma coisa estranha…. Da noite que chega cedo no inverno, as luzes das lojas, das boulangeries, dos cafes acesas, as pessoas encapotadas andando rápido pelas calçadas e aquele cheiro de frio cobrindo tudo. Pra mim, Paris é isso.
bia
Lina
So vc mesmo com esse texto q evoca a verdadeira poesia da vida, q esta na simplicidade, no dia a dia vivido de maneira “saborosa”.
E ainda saber pelos comentarios q existem tantas pessoas q compartilham esses valores, mesmo q distantes de mim.
É maravilhoso!!!
Obrigada Lina
Obrigada a todos
SILVIA
O que eu mais gosto de Paris…
É aquela sensação de felicidade que se entranha no meu corpo quando vejo, ouço ou leio sobre esta cidade que tanto adoro!!
É quando abraço o meu amor em plena ponte Alexandre III…rs
É quando ando sem destino pelas ruelas e compro um cestinho de amoras e devoro tudo num instante!!
É saber que através da Maria Lina vou recordando tudo o que lá vivi e quem sabe voltar a viver!!
conexaoparis
Sílvia
Como vai seu querido Portugal? a nossa pátria mãe.
HUGO DE CARVALHO
Olá Lina,
Antes que você diga: É verdade, há muito tempo não apareço aqui no CP. Foram as circunstâncias e não por falta de vontade.
No momento estamos em Paris, hospedados na Rue Dominique, no 7éme, em um dos (bons) apartamentos do Beto – Monparis. Eu, minha mulher Lúcia e minha filha caçula, Isabela, que vem à Paris pela primeira vez.
Estou passando por uma situação curiosa: Para mim, curtir Paris é exatamente isso que você resumiu em seu artigo de hoje e foi muito bem complementado por alguns comentários dos amigos de sempre.
Foi essa a idéia que tentei passar para minha filha Isabela: Além dos pontos turísticos “obrigatóriios”, é importante “sentir” Paris- Seus belos bv, seu comércio, cafés, brasserries, boulangeries e, sobretudo, seu modo de vida parisiense. Curiosamente, entretanto, ela apegou-se ao seu guia, como se fosse um regulamento militar a ser seguidoa risca e não quer saber de nenhuma curtição. Minha mulher foi sequestrada por ela e eu passei o dia curtindo as redondezas aqui do 7éme, especialmente a rue Cler e a própria S. Dominique. Nada mal.
Claro que a “cabeça dura” da Isabela não é culpa sua nem do guia, aliás muito bom. Minha sugestão: Como uma espécie de prefácio do Guia n. 1, adicione o seu artigo de hoje, como advertência de que há ao menos “duas Paris” para serem conhecidas. É a “segunda” que nos traz as melhores lembranças, saudades e vontade de sempre “voltar para casa”
Um grande abraço para você e para todos os velhos amigos do CP
Hugo
Beatrice
Ricardo
Amei seu blog!!!! em que hotel você ficou? Em média quanto você gastou no jantar?
Obrigada
ORLANDO
Grazy
Vi os links que vc mandou no “Um café, por favor” (tópico)
São ótimos.
Obrigado
Jose Mauricio
O que mais gosto em Paris é o fato dela ser amigável para o pedestre, seja ele local ou não. As calçadas são geralmente largas e bem tratadas, e a cidade é plana, convida a passear, a flanar…Me basta andar por Paris, não preciso ir a lugar nenhum, nenhum museu, nenhuma igreja, nenhuma exposição. Uma pausa num café, numa brasserie comum, não estrelada, e estamos de volta à pista, apreciando a cidade. Nada melhor!!!
josé rodrigues
Acho que o que mais gosto não é um lugar mas a sensação de alegria e felicidade plenas que a cidade me dá.
Se fosse enumerar lugares seriam vários e o que todos tem em comum, a sensação mencionada.
Basta dizer que hoje me lembro dela em um momento singelo, todos os dias ao sair do hotel e sentir o ar frio e imaginar o que vinha pela frente como ficava feliz, leve e empolgado.
Lina
À pessoa que tivesse apenas 5 horas para visitar a cidade, o meu conselho seria o mesmo que o seu, saindo do pé da torre e ir andando pela margem até a notre dame, a pé, para poder parar e admirar tudo.
O mais fácil disparado é o que eu menos gosto de Paris.
Não fica a 15 minutos de caminhada da minha casa.
Luciano Melo
Minha mãe me perguntou por que você já está pensando na volta à Paris? Existem tantos outros lugares na mundo que você não conhece… A única resposta que me veio à cabeça foi: É como voltar para a casa que eu gostaria de ter. Isso deve acontecer com muita gente.
jorge fortunato
Lina
O texto, como sempre, no melhor “estilo Lina”….
Amigos me perguntam, por que sempre volto à Paris. Espero que leiam este post… Paris tem tantos encantos e recantos e esse clima que vc passou muito bem neste belo post.
Gostei dessa idéia de “Encontros reais em lugares que gosto”, já tem meu apoio!
Um abraço