Gosto tanto desta cidade que reluto apresentar os aspectos negativos. Por isto nunca falei da mendicidade, do número elevado de pessoas sem o mínimo necessário para a sobrevivência. Vivendo aqui desde o final dos anos oitenta, acompanhei o aparecimento dos SDF.
Abro um parêntese, os franceses adoram siglas. Ou então eles se sentem melhor escondendo a realidade atrás de duas ou três letras. SDF quer dizer sem domicílio fixo, traduzindo sem teto.
Paris e seus clochards, os antigos bêbados que viviam na rua, é um quadro do passado. Hoje o que vemos é um vai e vem de imigrantes mendigos, europeus ou não, vivendo nas ruas de Paris ou nos bosques que a circundam. Quando chega o inverno esta população se transforma em matéria na mídia. Desde o início dos dias frios quatro infelizes que moravam em barracos no Bois de Vincennes morreram de frio e cansaço.
Durante o dia o boulevard Hausmann é o centro do consumo francês. Vitrines maravilhosas nos departments stores, alta costura e gastronomia, turistas do mundo inteiro carregados de sacolas. A noite uma outra realidade se instala e sob as marquises das lojas dormem os miseráveis que vem pedir esmolas na ruas da cidade luz.
Nunca me permiti fotografa-los e as fotos acima foram tiradas do Flickr e exemplificam bem a presença dos sem teto em Paris.
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43 Comentários
Ludmila
Pois é, eu também amo a minha cidade, o Rio de Janeiro, e sei como é difícil aceitar a realidade de que está ficando cada dia pior, mais violenta, mais caótica, com problemas que só pioram…e nossos gorvernantes não estão nem aí. Uma pena esse tipo de coisa estar chegando em Paris e em outras cidades da Europa.
Paulo
A Paris que tanto gostamos e visitamos é aquela “intramuros”, a outra, a da periferia é muito mais proxima de nossa realidade, essa não visitamos…
Tili Dantas
Paris e toda França deve urgentemente apagar a luz do líder da extrema direita – Sr. Ebola, e correr pra fazer sua lição de casa: Liberté, Égalité, Fraternité.
http://noticias.r7.com/internacional/para-lider-da-extrema-direita-francesa-ebola-seria-solucao-contra-explosao-demografica-mundial-21052014
Zenar Ferraz
Conheci Paris em janeiro de 81 e fiquei chocado com as pessoas comendo os restos do MacDonalds já naquela época.
Aurea Borne
Fui a primeira vez a Paris há 15 anos, sempre teve mendigos, ambulantes, mas não tantos como agora. Pelo que tenho observado, ano a ano a situação piora. Mais ambulantes, mais mendigos, mais adolescentes que praticam furto alimentando uma máfia milionária (o que também é reflexo da miséria em outros lugares).
Muito triste, mas é consequência das crises e políticas adotadas; me parece que esse problema também está globalizado e, sinceramente, não sei se os governantes estão focando nisso.
Independente de qualquer coisa, Paris continuará sendo o lugar preferido do meu coração.
Heloísa Marinelli
Estive por 15 dias lá, fazendo um curso, fiquei hospedada em Saint Germain, e me entristeceu muito a quantidade de mendigos nas proximidades do hotel, principalmente sob as marquises do Marchè Saint Germain. Mesmo assim continua sendo minha cidade preferida
VITOR HUGO RINTER
Paris é a mais aberta das cidades do mercado comum europeu. Recebe todos. Muitos imigrantes que chegam atrás de oportunidades, que não se concretizam. A cidade não tem emprego para todos. No governo anterior, de Nicolas Sarkozy, o presidente ensaiou uma severa limitação de estrangeiros – das ex-colônias e países mais pobres – que não tivessem emprego certo na França, principalmente Paris. Houve um incidente que mostrou bem o que Sarkozy queria: da noite para o dia, foi instalada uma favela nos arredores de Paris, não lembro agora em qual lugar. Dois dias depois, a polícia invadiu o local, demoliu os casebres e mandou embora os imigrantes ilegais que ali estavam, e tomou outras providências muito drásticas mas consideradas necessárias pelo governo para não deixar que esta ideia, de invasão de terrenos e instalação de favelas (vide Rio de Janeiro) proliferasse em Paris. Bem, Sarkozy não foi reeleito, aí veio monsieur François Hollande com seu governo socialista. Meio tipo o Lula, guardadas as proporções… O resultado vê-se agora, pobreza nas ruas e todos os problemas citados no artigo. Continuo gostando muito de Paris, viveria lá, se pudesse, e sempre volto, dedicando alguns dias para revê-la, matar a saudade. Mas não merece o governo que tem. Infelizmente.
Cleide
Fiquei horrorizada com a situação de Port de la Chapelle. Tem placas na rua BANDIT, gente dormindo e fumando crack em baixo da ponte. Um lugar medonho, sujo…triste.
Francy
Muito triste ver o mundo assim.Talvez seja egoismo ,mas não gosto mais de cidades grandes por este motivo ,você viaja para dar uma escapada ,e a dura realidade nos bate dia a dia .
MARIA DO CAEMO RIBEIRO BARBOSA
Fiquei triste vendo idosos ajoelhados em plena Champs Elisée,um contraste lamentável.Presenciei furtos nos Jardins de Versailles e estações de Metrô.Tristes cenas numa cidade Luz e maravilhosa,deveria continuar maravilhosa.