Gosto tanto desta cidade que reluto apresentar os aspectos negativos. Por isto nunca falei da mendicidade, do número elevado de pessoas sem o mínimo necessário para a sobrevivência. Vivendo aqui desde o final dos anos oitenta, acompanhei o aparecimento dos SDF.
Abro um parêntese, os franceses adoram siglas. Ou então eles se sentem melhor escondendo a realidade atrás de duas ou três letras. SDF quer dizer sem domicílio fixo, traduzindo sem teto.
Paris e seus clochards, os antigos bêbados que viviam na rua, é um quadro do passado. Hoje o que vemos é um vai e vem de imigrantes mendigos, europeus ou não, vivendo nas ruas de Paris ou nos bosques que a circundam. Quando chega o inverno esta população se transforma em matéria na mídia. Desde o início dos dias frios quatro infelizes que moravam em barracos no Bois de Vincennes morreram de frio e cansaço.
Durante o dia o boulevard Hausmann é o centro do consumo francês. Vitrines maravilhosas nos departments stores, alta costura e gastronomia, turistas do mundo inteiro carregados de sacolas. A noite uma outra realidade se instala e sob as marquises das lojas dormem os miseráveis que vem pedir esmolas na ruas da cidade luz.
Nunca me permiti fotografa-los e as fotos acima foram tiradas do Flickr e exemplificam bem a presença dos sem teto em Paris.
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43 Comentários
Suyanne
É, as coisas estão piorando. Uma das coisas que sempre me impressionaram em Paris era a pouca ostensividade em relação à mendicância. Claro que vi! Mas aquela coisa meio abjeta como há no Rio de Janeiro, nunca.
camila
Acabei de ler um livro autobiográfico do George Orwell, chamado “Down and out in Paris and London” que narra parte da vida do escritor quando ele vivia como mendigo em Paris e depois Londres. Isso aconteceu na decada de 40 e a narrativa é impressionante.
Ana Carolina
Lina, acabei de chegar de Paris e a mendigagem realmente nos chamou a atenção… Em frente ao Printemps, uma dura realidade… É muito triste, pricipalmente quando tem crianças… Faz a gente pensar…
Paloma
Lina,
eu estava bem pertinho do Bvd Haussman e via isso todas as noites. Sem dúvida, foi algo que me surpreendeu em Paris.
Rodrigo
Moro na Champs Elysees e aqui é incrível o número de mendigos nas calçadas ajoelhados com um copinho na mão pedindo dinheiro.
Porém se eu for ajudar todo mundo fico sem dinheiro no final do mês, é cruz vermelha pedindo dinheiro, bandinha de metrô, cigano, surdos/mudos, proteção aos animais, asilo. Não tem como ajudar ninguém, isso é papel do governo. Aqui tem muito mais gente pedindo dinheiro nas ruas que no Brasil. Deve ter mendigo da champs elysees que ganha mais que muita gente no final do mês.
O que eu noto bastante é a quantidade de pessoas atormentadas mentalmente, gente falando sozinha no metrô e etc.
Paris é linda, porém para viver aqui, tem que pagar um preço alto, uma cidade que é vitrine mundial para o consumo de luxo, frequentada por turistas abastados e vizinhança egoísta e egocêntrista, o mais frágil sucumbe.
É fato que quem mora em Paris por mais de 2 anos, é uma pessoa mais endurecida. Amo e odeio Paris todos os dia.
Mariana
Tem só imigrante nao!!!
Outro dia encontrei um sdf na casa de amigos de “gauche bien gauche”. Era um senhor que trabalho na companhia de trens, divorciou, começou a beber, foi saindo, saindo, saindo do sistema e agora mora na rua. Minha amiga disse que quando ele se sente muito, muito mal da uma passadinha na casa deles.
Tem também jovens que sao contra tudo…, ou que ano encontraram o caminho deles.
Tem sim, gente que nasceu aqui e que é muito infeliz e precisa de ajuda. E nao basta dizer: dorme aqui nesse asilo… é bem mais complicado…
clara lopez
Moro num bairro no Rio onde há muita gente pobre, às vezes gostaria de me aproximar, de ajudar de forma mais direta, mas tenho medo, confesso. Acho que todo bairro deveria ter um centro de acolhimento de pessoas sem teto, onde qualquer um poderia ir para ajudar no que pudesse. Admiro muito quem se entrega ao trabalho voluntário e gostaria de ser mais atuante nesse aspecto.
um abraço,
clara lopez
um abraço,
clara lopez
Cris
Moro em Paris há três meses, aprecio muito este blog desde que comecei a preparar minha mudança do Rio de Janeiro, e gostei muito de ver este assunto mencionado aqui.
Vivi Portugal
Quando estive na Suíça isso me chamou a atenção. Não vi nenhum mendigo, nem na cidade que estava(à 20km de Zurich) e nem na própira Zurich, apesar dos amigos que moravam lá dizerem que eles existiam e estavam aumentando.
Amo minha cidade, obviamente são cidades bem diferentes (Rio e Paris), mas a questão da população de rua em uma cidade turística é algo que salta aos olhos e nos traz de volta à realidade…Um dos principais motivos para me tornar guia de turismo, foi o prazer que tenho de mostrá-la aos amigos estrangeiros. Também sou estudante de Ciências Sociais e acredito na ação da sociedade para mudar esse quadro. Não apenas pressionando governos mas agindo na sua própria vizinhança. Assumindo seu papel de cidadão.
Quando somos turistas não temos muito o que fazer, apenas consumir e esperar que a população e governo local gastem bem os euros que deixamos por lá…