O Museu do Quai Branly – chamado oficialmente de Museu do Quai Branly – Jacques Chirac – fica próximo à Torre Eiffel e é dedicado às civilizações e à arte da Oceania, Ásia, África e América.
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Museu do Quai Branly
Dedicado às antigas civilizações não-europeias (Oceania, Ásia, África e América), o museu do Quai Branly – aberto em 2006 – deve a sua criação ao então presidente francês Jacques Chirac (por isso a adição de seu nome ao do museu), grande apreciador da arte asiática e pré-colombiana.
O Quai Branly fica às margens do rio Sena, bem perto da Torre Eiffel, e foi projetado pelo starchitect francês Jean Nouvel, o mesmo da Fundação Cartier, do Instituto do Mundo Árabe e da Philharmonie de Paris.
O jardim
Antes mesmo de entrarmos no prédio do museu já somos impactados pelo seu luxuriante jardim. Concebido pelo paisagista Gilles Clément, que o chama de jardim-savana, ele foge completamente do conceito dos jardins franceses tradicionais e cartesianos.
Aqui a natureza está solta e indomada, permeada por pequenos caminhos que levam a cantinhos de relaxamento e descanso escondidos entre a alta vegetação.
Outra premissa de Gilles foi criar um jardim com plantas bem adaptadas ao clima parisiense que não necessitassem de cuidados e manutenção onerosos ou de pesticidas. Mesmo as “ervas daninhas” e “matos”, que geralmente são vistos como invasores nos jardins comuns, aqui são bem vindos. Sempre que visito o museu e sua pequena selva me recordo dos muitos jardins abandonados e invadidos pelo mato que via na vizinhança onde cresci em Belo Horizonte.
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O museu
A concepção dos espaços de exibição do museu é bem interessante. Ao invés de alas divididas em salas, tratasse de um grande espaço aberto, único e fluido – entremeado por expositores de vidro – com um percurso “circular” que atravessa os quatro continentes (cada um é marcado por uma cor de piso diferente): começamos pela Oceania, em seguida passamos pela Ásia e pela África e terminamos o circuito na América. No final chegamos ao ponto de partida da visita.
Correndo no meio desse grande espaço, há uma circulação (cor bege) chamada “rivière”, rio em português, que une e integra o conjunto.
Essa solução fluida – em que não há uma separação física bem marcada entre cada continente – e algumas das obras expostas – que, mesmo sendo de continentes diferentes, têm características em comum – me fizeram pensar nos movimentos migratórios em épocas remotas: será que os incas, astecas e maias vieram da Polinésia?
O acervo do museu conta com 300.000 itens (os itens expostos são mudados 4 vezes por ano) e varia desde pequenos objetos – como joias – até obras monumentais – como os totens haitianos. A maioria dessas peças não foi criada como obra de arte e sim para servir à funções práticas e prosaicas do dia a dia – como a caça – ou à funções transcendentais – como os cultos religiosos.
O Quai Branly é ideal para quem gosta de antropologia e arqueologia e para quem curte o departamento egípcio do Louvre.
Além desse espaço principal onde fica exposta a coleção permanente do museu, há também dois mezaninos – um em cada extremidade do prédio – onde acontecem exposições temporárias com a mesma temática. Clique aqui e veja a programação.
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O restaurante
Uma outra super atração do Quai Branly é o restaurante Les Ombres (sobre o qual já falamos bastante, clique aqui) que fica no topo do prédio. De lá temos uma vista privilegiadíssima da Torre Eiffel.
O Les Ombres possui uma entrada independente que fica bem à esquerda do vasto muro de vidro do museu. Clique aqui para acessar o site do restaurante.
Informações práticas
Museu do Quai Branly – Jacques Chirac
Endereço: 37 Quai Branly, 75007. A maneira mais interessante de chegar ao museu é pegar o metrô linha 9 e descer na estação Alma-Marceau. Visite a “Chama da Liberdade”, réplica da chama da Estátua da Liberdade e atual ponto de homenagem à Princesa Diana; tire uma foto da Torre Eiffel a partir da Pont d’Alma e a atravesse em direção ao lado esquerdo do rio Sena, onde fica o Quai Branly.
Funcionamento: aberto terças, quartas e domingos de 11:00 as 19:00 e quintas, sextas e sábados de 11:00 as 21:00. Fechado às segundas.
Ingresso: 12€. Compre aqui seu ingresso antecipado para o museu Quai Branly. Use o código CONEXAOPARIS e ganhe 5% de desconto.
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12 Comentários
Alexandre
No campo arqueológico de Monte Verde, sul do Chile, encontraram resquícios de ossos de galinhas de mais de 13 mil anos. Exames mostraram que eram de uma espécie comum na Polinésia. Então é possível que os primeiros americanos eram polinésios.
Rodrigo Lavalle
Alexandre, obrigado pelo esclarecimento. Creio que a minha dúvida não é totalmente infundada.
Mauricio Christovão
Rodrigo Lavalle: Dica do fotógrafo: Sempre leve duas baterias… Mas as fotos estão muito boas. Da arte brasileira no Quai Branly só vi um DVD do filme “O Cangaceiro” na livraria do museu.
Rodrigo Lavalle
Maurício, obrigado pela dica!
Ricardo Aguiar
Vou olhar com mais atenção em uma próxima visita! Obrigado Mônica e Rodrigo.
abs,
MonicaSA
Ricardo,
O Museu do Quai Branly tem uma parte muito interessante, que é dedicada aos continentes. No continente americano, estamos lá representados, com o artesanato de nossos índios da Amazônia.
Museu do Quai Branly “onde as culturas dialogam”. Lindo!!!
Ricardo Aguiar
Olá pessoal do Conexão, tudo bem?
Visitei esse museu em novembro/2015 e achei muito interessante porém, confesso que sai um pouco triste de não ter encontrado nada da arte brasileira. Temos tanto a mostrar: a arte indígena, os bordados do Nordeste, as cerâmicas, enfim…
Procurei por todo museu, achei que fosse estar próximo ao espaço destinado à Argentina mas não vi nada. Me corrijam se estiver errado: não há obras do nosso Brasil ou passei despercebido?
Parabéns pelo ótimo trabalho!
Abraços,
Rodrigo Lavalle
Ricardo, eu nao vi nenhuma peça brasileira no museu. No entanto, depois da visita, um amigo me disse que existe sim. Terei que voltar para conferir, fotografar e acrescentar ao artigo.