O infográfico dessa semana da nossa série é sobre o Marais, região parisiense histórica, diversificada e super cool.
O Marais pode não ser tão conhecido quanto o Quartier Latin ou Montmartre ou Saint Germain, mas a região sempre foi um das nossas preferidas em Paris. Ao longo desses anos de Conexão Paris escrevemos muitos artigos sobre o quartier e suas atrações (clique aqui para acessá-los).
Conheça um pouco da história da região, suas principais atrações e onde se hospedar nela.
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Marais, o infográfico
Hoje, chegou o dia de homenagear o Marais com um infográfico:
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O Marais é o bairro…
Além de ser um dos bairros mais charmosos de Paris, o Marais é também um dos mais multifacetados e diversos.
…dos hôtels particuliers,
O termo hôtel particulier não designa um hotel e sim uma mansão urbana particular construída para abrigar uma família.
Os hôtels particuliers do Marais foram construídos sobretudo nos séculos 17 e 18.
Hoje em dia muitos abrigam museus. Em outros funcionam órgãos governamentais que, apesar de fechados ao público em geral, possuem belos jardins que podem ser usufruídos por todos. Esses jardins, por vezes escondidos dentro dos prédios, são verdadeiros oásis de tranquilidade e contribuem para o charme do Marais.
Alguns hôtels particuliers de destaque:
- Hôtel Salé, onde hoje funciona o Museu Picasso: 5 rue de Thorigny, 75003. Clique aqui e compre seu ingresso antecipado para o Museu Picasso, use o código CONEXAOPARIS e ganhe 5% de desconto.
- Hôtel de Carnavalet e Hôtel Le Peletier de Saint-Fargeau, onde hoje funciona o Museu Carnavalet: 16 rue des Francs-Bourgeois, 75003 e 29 rue de Sévigné, 75003. O Museu Carnavalet tem acesso gratuito à sua coleção permanente, clique aqui e veja quais são os museus gratuitos em Paris.
- Hôtel de Guénégaud e Hôtel de Mongelas, onde hoje funciona o Museu da Caça e da Natureza: 60 e 62 rue des Archives, 75003.
- Hôtel de Donon, onde hoje funciona o Museu Cognacq-Jay: 8 rue Elzévir, 75003.
- Hôtel de Marle, pertencente ao governo sueco, abriga o Centro Cultural Sueco: 10 rue Elzévir, 75004 e 11 rue Payenne, 75004.
- Hôtel des Archevêques de Sens, onde hoje funciona a Biblioteca Forney, especializada nas belas-artes, nas artes decorativas e gráficas e no artesanato: 1 rue du Figuier, 75004.
- Hôtel de Rohan, Hôtel de Soubise e Hôtel de Clisson, nesses 3 prédios estão instalados os Arquivos Nacionais. Unindo-os, há uma série de lindos jardins cujos acessos se encontram nos seguintes endereços: 60 rue des Francs-Bourgeois, 75003 e 11 rue des Quatre-Fils, 75003.
- Hôtel de Sully, sede do Centro dos Monumentos Nacionais, órgão federal que administra os monumentos franceses. Ele também possui um lindo jardim interno secreto com entrada pela Place des Vosges e pelo 2 rue Saint-Antoine, 75004.
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…da comunidade judaica,
Os primeiros judeus chegaram no Marais no fim do século XIX vindos sobretudo do leste europeu.
Apesar de hoje em dia muitos terem abandonado o bairro em virtude da especulação imobiliária, ainda restam vários comércios judaicos (padarias, restaurantes, pâtisseries, livrarias, açougues etc) na rue des Rosiers e suas transversais (rue des Hospitalières Saint-Gervais, rue des Écouffes, rue Ferdinand Duval e rue Pavée).
Veja abaixo alguns deles:
- L’As du Falaffel: o mais famoso sanduíche de falafel de Paris. 34 rue des Rosiers, 75004.
- Sacha Finkelsztajn: onde você pode comer vatrouchka ou cheesecake, strudel, sanduíche de pastrami ou goulasch. 27 rue des Rosiers, 75004.
- Chez Marianne: mais simpático, agradável e espaçoso que o L’As du Falaffel: 2 rue des Hospitalières Saint-Gervais, 75004.
- Florence Khan e Korcarz: restaurantes/padarias/delicatessens de comida kosher: 24 Rue des Ecouffes, 75004 e 29 rue des Rosiers, 75004.
- Schwartz’s Deli: restaurante no estilo diner americano, serve hambúrgueres, milkshakes e cheesecakes: 16 rue des Écouffes, 75004.
…da comunidade gay,
Os primeiros integrantes da comunidade gay se instalaram no Marais no fim dos anos 70 e começo dos 80. O 1° estabelecimento gay da região, um bar chamado Le Village, foi inagurado na rue du Plâtre em 1978.
Ao longo dos anos 80 houve um aumento exponencial tanto no número de estabelecimentos voltados para a comunidade gay quanto no número de moradores gays.
Essa “invasão” gay – aliada às novas leis de ocupação do bairro – foi o começo da gentrificação do Marais. Em seguida, vieram as galerias de arte e, logo depois, as lojas de estilistas mais conceituais.
Os bares e pequenas boates gays estão concentrados principalmente na rue Sainte Croix de la Bretonnerie, rue du Temple e rue des Archives. Alguns deles: Cox, FreeDJ, Raidd, Quetzal, Souffleurs, Duplex, Bear’s Den.
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…das lojas e dos brechós.
Grande parte das lojas instaladas no Marais são de marcas francesas de pequeno e médio porte e também de criadores independentes.
Porém, nos últimos anos isso vem mudando. Grandes marcas internacionais descobriram que poderiam dar um verniz cool à sua imagem abrindo uma loja no Marais.
Já começa a aparecer na imprensa uma preocupação com a champs-elyseesção do Marais: uma perda da identidade e das características que fazem do bairro o que ele é.
As principais ruas comerciais do Marais são a rue des Francs Bourgeois e a rue Vieille du Temple.
No Marais também existem ótimos bréchos:
- Free’P’Star é o brechozão típico com muita roupa amontoada que demanda tempo e paciência. Possui 4 endereços no Marais: 52 rue de la Verrerie, 61 rue de la Verrerie, 20 rue de Rivoli e 66 rue Saint-Antoine.
- Kilo Shop é grande e bem organizado. As roupas são vendidas no kilo. Possui 2 lojas na mesma rua: 65 rue de la Verrerie e 69 rue de la Verrerie.
- Hippy Market: 41 rue du Temple.
- Mamz’Elle Swing é mais uma vintage shop do que um brechó. Especializado em roupas femininas dos anos 1920 ao anos 1960. 35bis rue du Roi de Sicile.
Clique aqui e leia nosso artigo sobre os brechós de Paris: classificação e endereços.
Quando visitar o Marais
Apesar do bairro ficar bem cheio aos finais de semana, principalmente aos domingos, vale a pena passear por lá nesse dia e ver a efervescência geral.
Evite ir às segundas pois muitas lojas, restaurantes e museus fecham nesse dia.
Não deixe de passar pela rue des Francs Bourgeois para ver a banda The Riverboat Shufflers tocar.
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Onde ficar em Paris no Marais
Hotéis 3 estrelas – bom custo x benefício:
- Les Tournelles. Endereço: 30 rue de Turenne, 75003 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
- Hôtel Le Presbytère. Endereço: 78 rue De La Verrerie, 75004 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
Hotéis 4 estrelas:
- Hotel du Petit Moulin. Endereço: 29-31 rue de Poitou, 75003 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
- Hôtel Roi de Sicile – Rivoli. Endereço: 19 rue de Rivoli, 75004 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
Hotéis 5 estrelas:
- Le Pavillon de la Reine & Spa. Endereço: 28 place des Vosges, 75003 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
Hotéis-Boutique:
- Hôtel Jules & Jim. Endereço: 11 rue des Gravilliers, 75003 | Consulte preços e faça sua reserva no Booking
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Vídeo Marais
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Outras regiões de Paris:
- Quartier Latin
- Saint Germain
- Montmartre
- Bastille
- Canal Saint Martin
- 11º arrondissement
- 19º arrondissement
- Onde ficar em Paris: os melhores bairros e dicas de hotéis
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22 Comentários
Janaina Nominato de Oliveira
O sanduíche do L’As du Falaffel é maravilhoso! E eles são muito gentis, e tantos brasileiros vão lá que tem cardápio em português. O bairro pede um dia só pra ele, é muito agradável!
Rodrigo Lavalle
Janaína, sim, há muito a ser visto e visitado no Marais.
Dillemba
Bom dia! Gente, estou tentando desde ontem e o infográfico não abre. Alguém conseguiu? Será problema no meu computador?
Rodrigo Lavalle
Dillemba, realmente o link estava com problema. Tente novamente, por favor.
Marcos D Almeida
No Brasil, quando ainda existia cantiga de roda, todas as crianças cantavam: ” Eu sou pobre, pobre, pobre de Marais, Marais, Marais” , mas nem imaginavam a ligação com este bairro histórico de Paris. Sem dúvida, há algo de muito especial nesta região. Diria que é um passeio “obrigatório”
Rodrigo Lavalle
Marcos, pois é! Do fim do século XVIII até os anos 70, o Marais realmente era habitado pela população mais pobre.