Nestas últimas semanas nos interessamos sobre as diferentes visões e análises do “caso” Neymar.

Gostamos de uma crítica da Revista Causeur com interpretação esdrúxula entre valores idêndicos: Neymar ou 1200 militares. A mesma revista publicou belo artigo em defesa dos grandes jogadores. Este mesmo artigo tenta explicar porque o mundo inteiro é apaixonado por futebol. Huffintonpost analisa a inteligência de Neymar na administração da sua carreira. Sport 24 Le Figaro revela o que representa para o PSG e para o Governo francês a presença do brasileiro em Paris. E para terminar, o jornal Le Figaro publicou entrevista explosiva sobre futebol e jogadores com o filósofo francês Robert Redeker.

O que exala de tudo isto? De uma maneira geral o tom é amigo: “Seja bem vindo fabuloso Neymar. Mesmo que os números do “negócio futebol” sejam vergonhosos, estamos felizes e orgulhosos da sua presença na França. Parabéns pela carreira. E ainda bem que o futebol existe para nos presentear com momentos considerados como verdadeiras obras de arte.”

Para não nos esquecermos que os franceses são hiper críticos, o último artigo acaba com o futebol e os jogadores.

Leia abaixo um resumo dos artigos citados acima:

. Revista Causer.fr

É claro que o dinheiro do futebol não é dinheiro público. Mas no fundo, os grandes clubes devem sua riqueza à atração que este esporte exerce. Atração esta alimentada pela rede de pequenos clubes que se beneficiam de subvenções e de terrenos de foot instalados nas pequenas cidades com o dinheiro de todos nós.

30 milhões de euros de salário anual, 222 milhões de transferência para o PSG: Neymar representa 1200 militares. Nada a dizer do ponto de vista estritamente econômico. Nada a dizer do ponto de vista de um homem talentoso que exige um salário compatível com o que o seu empregador espera ganhar.

Mas o que podemos pensar de uma sociedade cujos membros reclamam da insegurança, da insuficiência de soldados, guardas, policiais e que gasta por um só jogador um valor que a permitiria contar com 1200 militares suplementares? Este dinheiro vem de algum lugar! Dos direitos de difusão, da publicidade, portanto das nossas compras.

A escolha entre um excelente jogador, que pertence a um club com ligações ambíguas com o terrorismo, ou 1200 militares para combater o terrorismo não existe. Ninguém terá que tomar esta decisão. Nem o estado nem os franceses.

Mas esta escolha foi feita, coletivamente. Ela é a consequência natural de um clima, de um ambiente, dos “tempos atuais”. E reflete o que somos. Clique aqui.

. Revista Causeur.fr

Sim, nós amamos o futebol, um jogo popular e de todos os povos. Nós amamos aqueles que o jogam e nos dão tanto prazer. Ainda bem que eles ganham dinheiro. Eles não o roubam. Existe somente um Neymar no mundo. UM. Que trabalhou como ninguém para chegar onde está. Existe somente um Zidane. UM. E milhares de pessoas que os admiram (merecidamente). Mesmo tendo a consciência do papel do big business em torno deles.

Ninguém fica chocado com a fortuna de empresários que se enriquecem com ajuda do governo. Ninguém fica ofuscado com os yachts que custam 200 milhões em Saint Tropez e Mônaco. Mas um menino da periferia que sai do seu meio, é insuportável.

Um jogador de futebol é uma empresa. Eles ganham muito dinheiro, mas os que os empregam mais ainda. E eles fazem sacrifícios, renunciam à juventude, trabalham e vivem dentro de um sistema que atrai muitos mas elege poucos.

Por que o mundo todo joga futebol? Por que tantos meninos jogando futebol em terrenos abandonados, nas quadras de recreio das escolas, nas praias? Por que esta fascinação por este jogo bizarro onde os jogadores não podem se servir das mãos?

Porque futebol é uma arte. Porque a mais bonita obra de arte do planeta foi o passe de Pelé na copa do mundo de 1970. Saindo da direita do terreno, ele corre ao encontro de uma grande transversal que Tostão acabou de realizar. O goleiro uruguaio corre. Pelé cruza a trajetória da bola sem a tocar. O goleiro olha espantado a bola passar à sua esquerda e Pelé à sua direita. Clique aqui.

. Huffingtonpost.fr

Gillette, Red Bull, Nike, Pokerstars, Volkswagen, Police, Pepsi… Algumas das marcas que Neymar levou nas suas bagagens para os anos futuros no PSG. Desde o início da sua carreira professional, o atacante soube vender sua imagem como poucos jogadores profissionais. Assim em 2012, com apenas 20 anos e sem uma notoriedade estabelecida junto ao grande público, Neymar tinha já 11 contratos de sponsoring usando sua imagem. Dois anos mais tarde o jogador muda de dimensão. Sua notoriedade explode, o número de contratos publicitários também. Em 2015, Neymar armazena 15 milhões de euros de salários extra-esportivos. Desde 2012 ele cria a marca NJR e uma empresa para administrar seus bens e ganhos. Clique aqui.

. Sport.24.Lefigaro.fr

O mundo do foot empurrou para longe os limites do (ir)real. Novo recorde planetário com a transferência concluída pelo PSG: Neymar contra a soma de 222 milhões de euros.

O salário de Neymar somado à todas as cláusulas adicionais são valores colossais. Sem surpresa, a divulgação dos números provocou críticas da opinião pública e das elites francesas.

Mas a presença de Neymar na França poderá atrair 37.5 milhões de euros por ano para os cofres do Estado.

Para o PSG trata-se de uma excelente operação financeira. E com Neymar, o clube muda de dimensão e adquire importância mundial. Agora ele poderá entrar no círculo dos grandes ao lado do Real Madrid, Manchester United e FC Barcelona. Com o fabuloso Neymar, o PSG se oferece uma visibilidade fora do comum e uma exposição em mondovisão. Clique aqui.

. Jornal Le Figaro de 04/08/2017

Esse último artigo é uma crítica feroz do futebol e dos jogadores. Ela foi publicada no jornal Le Figaro – 04/08/17 – e o entrevistado foi o filósofo Robert Redeker autor do livro l’Emprise Sportive. Seu argumento para explicar a febrilidade em torno de Neymar envolve a dificuldade do Qatar no cenário político atual. Seus dirigentes tentam compensar uma perda política por uma vitória esportiva na Liga dos Campeões investindo os petrodólares necessários.

Os jogadores não são heróis e sim mercenários inconstantes que se submetem às causas bem remuneradas. O herói se torna conhecido pelo seu valor ético e sacrifica seus interesses. Mas na “era do vazio” os jogadores substituem os heróis e ensinam a voracidade e a cupidez.

Um Neymar não pode ganhar 10 vezes mais do que um empresário ou um industrial. Estes últimos contribuem muito mais para humanidade do que um jogador de futebol. Eles lidam com situações bem mais complexas e importantes do que um gol.


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