por Rodrigo Lavalle
Apesar de reforçarem o espírito consumista do Natal dos tempos modernos, as vitrines natalinas das grandes lojas de departamentos não deixam de ser verdadeiras obras de arte que nos emocionam. Em Paris temos a sorte de dois dos maiores e mais famosos desses magasins, a Printemps e as Galeries Lafayette, estarem localizadas na mesma avenida, a um quarteirão de distância um do outro. Essa proximidade acaba por acirrar o espírito competitivo e a vontade de sobrepujar o concorrente.
No ano passado as vitrines da Printemps, homenageando a Maison Dior, estavam divinas. As bonecas, criadas especialmente para a ocasião, eram perfeitas em seus mini-vestidos e mini-bolsas Dior. Suas expressões, com as sobrancelhas arqueadas, deixavam transparecer um ar de sofisticação, arrogância e glamour. Essas vitrines eram tão lindas e tocantes que eu não me recordo como eram as da Lafayette.
Esse ano a estória se inverteu. Apesar das vitrines da Printemps estarem lindas e lúdicas com os ursinhos vestidos de Prada, o conjunto não emociona tanto e até empalidece perto do que está sendo mostrado na Lafayette.
Com o tema ‘relógio’ (a marca Swatch e seus 30 anos de existência é a homenageada na grande árvore de Natal no interior da loja) e o título ‘‘Il était une fois Noël… avant les douze coups de minuit’’, as vitrines da Lafayette voltadas para o boulevard Haussmann mostram as aventuras da boneca Lilly e seu urso Martin. Cada cenário é cheio de detalhes, personagens e um intrincado jogo de movimentos e luzes. Hipnotizante!
Além disso, as vitrines voltadas para rue de la Chaussée d’Antin, tem como tema o novo filme ‘‘A Bela e a Fera’’ estrelado pela aclamada atriz francesa Léa Seydoux e pelo quase brasileiro Vincent Cassel. Ambos participaram da cerimônia de inauguração das vitrines. Enquanto isso, quem inaugurou as da Printemps foi a meio insossa Gwyneth Paltrow…
Vale lembrar que dentro da Printemps há uma pop-up store da Prada vendendo artigos em edição limitada feitos especialmente para a ocasião : lenços, carteiras, bijus, etc…
Mas independente dessas questões, as duas lojas sempre capricham e sempre apresentam um trabalho muito bonito e bem feito. Um verdadeiro sonho de Natal.
Sonho do qual eu fui brutalmente despertado ao virar a esquina da rue Caumartin e dar de cara com os sem teto dormindo nas portas da Printemps em um frio de 5°C.
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34 Comentários
Jane Curiosa
Rodrigo Lavalle,v. é mau como um pica-pau,sabia?
É mau,porque me faz sonhar e desejar estar em Paris quando eu não posso. É mau ao fazer com que eu gaste o que não tenho em abundância-tempo,tempo!,pois fico aqui a “regarder” essas vitrines e me perco em minha imaginação.
Mas,afinal, é Natal e um bom espírito me ajuda a perdoá-lo,hehehehe,e até a desejar-lhe-adiantado- um Natal muito feliz, com tudo ou com nada seja do Bon Marché,seja da Printemps ou da Lafayette pois sabemos que ao fim e ao cabo o que realmente importa é a vida sendo vivida.
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Se bem que Natal com Dior …bem,já se vê que não tenho nenhum pendor para Scrooge,né?
Sophia
Hummm, Tatyana… Bom tema de pesquisa esse, hein? “Efeito manada” de consumo. Sua área de pesquisa é educação, certo? A minha é comportamento do consumidor. Se estiver a fim de “dar uma escapadela” da sua área e se aventurar numa pesquisa por essas bandas de cá, podemos conversar.
MonicaSA
Oba!!!
Rodrigo Lavalle
MonicaSA, Eymard e Sophia, escreverei um artigo sobre as vitrines de Natal do Bon Marché!
Abraços.
Tatyana Mabel
Sophia,
O seu relato me lembrar o que chamo “a teoria do pão”. Certa vez num supermercado desses de rede, minha tia estacionou o carrinho de compras diante de uma prateleira de pães para sanduíches, que informava que estavam em promoção. Ela se demorou bastante olhando aqueles pacotes e tentada a comprar muitos em função do preço, apesar de morar sozinha com o marido. Foi, enchendo o carrinho, e, uma série de outras pessoas curiosas em função do carrinho dela cheio de pães, foram fazendo o mesmo gesto… Em cadeia, 3, 5, 7 pessoas repetindo o mesmo gesto iam ainda mais despertando a curiosidade e a ganância dos que passavam e consideravam que tb não poderiam perder aquela oportunidade. Em poucos minutos, eu assistia há várias pessoas repetindo aquele gesto e fiquei assustada com o efeito cadeia. Ao chegar em casa, minha tia ficou desolada com tanto pacote de pão e não sabia o que fazer com aquilo. Acho que o exagero das vitrines, mesmo não se tratando da venda de um produto tão trivial, se baseiam mais ou menos no mesmo efeito. A diferença é o preço.
Cintia
Olá! Ai esse blog está me deixando cada dia mais ansiosa para a nossa viagem, os posts são demais! Bom, gostaria de ir para Disney dia 25, já que a maioria das atrações fecham nesse dia, conforme já alertardo por aqui. Devo comprar ingressos antecipadamente ou é tranquilo para comprar no hora? Obrigada! Bjos
Rodrigo Lavalle
Cintia, se você comprar com antecedência (mínimo de 5 dias) você vai pagar quase metade do preço do ingresso comprado “na hora”. Procure no site: https://www.booktickets.disneylandparis.com/tnsa6/live/shop/1idf/MAINIDFCD/pluto/product_detail.php?vld=1&product_id=8842&affid=SECUTIX&tduid=32454335543R.
Abraços.
Sophia
Tatyana, muito interessante sua reflexão. Sou ateia, então para mim o Natal não tem significado algum. Mas, independentemente do significado religioso da data, também me incomodo com o desespero de consumo das pessoas. Aqui em SP não temos as vitrines bonitas, mas a cidade, que já é selvagem normalmente, fica completamente alucinada. O trânsito, que em geral é péssimo, beira a imobilização total. Pessoas correndo aos shoppings, ruas de comércio, super e hipermercados e comprando, comprando, comprando, como se não houvesse outro Natal no próximo ano. Sempre fico me perguntando: para quê tanta tralha? Se a pessoa viveu muito bem até aquele dia sem ter aquela “coisa”, por que de repente tê-la se tornou tão imprescindível? Não me entenda mal, também adoro comprar e ter coisas bonitas. Mas algumas, escolhidas com cuidado e carinho.
Tenho uma amiga muito querida, que considero minha irmã. Não tem uma vez que ela não saia de casa e não volte com uma sacolinha. E normalmente são coisas absolutamente inúteis. É uma situação delicada, mas um dia, com muito cuidado, perguntei se ela não seria capaz de sair de casa e voltar sem uma sacolinha. Ela ficou meio espantada, não entendeu bem a pergunta. Mas tenho notado que a frequência das sacolinhas diminuiu.
Contei em algum lugar aqui no CP o dia que estava experimentando um bom sapato na liquidação de inverno em um dos magazines de Paris (já não me lembro mais qual) e uma moça oriental ficou “secando” o sapato que eu experimentava, uma vez que a vendedora avisou que aquele era o último na nossa numeração, que era a mesma. A situação ficou tão constrangedora que a vendedora teve que dizer a ela “se a outra moça (eu) de fato não for comprar, eu o pegarei para que você experimente”, para ver se a moça saía do meu cangote! Até considerei deixar o sapato para ela, mesmo tendo ficado ótimo em mim, mas aí vi que ela já tinha comprado outros pares! Por que ter aquele sapato tinha se tornado um missão para ela? É no mínimo curioso.
Clara
Oi Rodrigo, o que voce acha de ir visitar Versailles no dia 31 e voltar umas 17 para Paris? Será que Estara muito lotado o RER pra voltar ? Ah, o que sugere para os dias 24 e 25 ao longo do dia? Obrigada Clara
Rodrigo Lavalle
Clara, acho ótima idéia de ir a Versailles no dia 31. Dia 24 é praticamente um dia normal. Dia 25 você pode ir à Torre Eiffel ou fazer um passeio de barco pelo Sena.
Abraços.
Tatyana Mabel
Olá,
Na minha adolescência e infância, até me deslumbraria com essas vitrines: parque de diversão (ainda se usa?!…), dusneylandia mais democrática (afinal, os adultos estão aqui bem contemplados). Hoje, com outras expectativas, projetos e interesses, olhando o futuro e com uma crítica severa ao exagero, esnobismo e desejo de consumo do luxo, do exclusivo, não usaria 1 segundo do meu tempo, estando em Paris, para ver essas vitrines. Sofro de uma síndrome: quanto mais me deparo diante do exagero, menos tenho vontade de consumir o objeto em questão. Depois de algumas férias em Paris, resolvi, finalmente, conhecer as Galeries Lafayette (o plano era, em seguida, ir a Printemps e quitar essas duas dívidas turísticas). Na Lafayette, me deparei diante de um prédio lindo com pessoas se acotovelando para comprar… me senti tão sufocada e tão sem projetos diante de td aquilo, que sai sem gastar 1 centavo e desisti da Printemps. E, concordando com outros colegas, quando td esse exagero ocorre no Natal, aumenta meu desejo de distanciamento e sou invadida por uma tristeza de que estamos cada vez mais perdendo o sentido das pequenas coisas, procurando-as, inutilmente, nas “grandes”.
Adriana Pessoa
Li no Jornal Estado de Minas de hoje, 24 de novembro.
Thierry Vannier, diretor de Promoção da Galerie Lafayette, esteve no Brasil recentemente. ele recebeu convidados no Charlô Jockey de São Paulo, no qual anunciou planos de ações para 2014, como a Campanha de Natal. Segundo Vannier, vir ao Brasil está relacionando ao fato de que os brasileiros estarem entre os 10 maiores compradores da casa, gastando em média, 500 euros por compra no local.