Por Eduardo Carvalho
Tenho um botequim do peito em Paris. Ele se chama Le Baron Rouge. É bem verdade que, nos meus pensamentos, sou capaz de ver aura de autêntico pé-sujo até no famoso Café de Flore ou em qualquer brasserie com terrasse. Mas foi o Baron, com sua informalidade nada turística, que me despertou o apreço pelos bars à vin, os bares de vinho, para mim os botecos parisienses.
Conheci há dois anos esse templo etílico de fachada vermelha na Rue Théophile Roussel, na Bastille. Numa tarde de abril, telefonei para o meu amigo Gabriel da Muda, músico e cantor carioca de imenso talento. Ao lado do consagrado cantor e compositor Moacyr Luz, ele havia feito shows em Grenoble e passava alguns dias em Paris. Também estava por lá o Bruno Quintella, meu irmão da vida que no dia seguinte lançaria, no Festival do Cinema Brasileiro, “Histórias de Arcanjo”, seu filme sobre o pai, Tim Lopes. Só faltava marcar o lugar.
– Edu, Le Baron Rouge. Parece que é fantástico! Procura no Google e encontra a gente lá – foi mais ou menos a ordem que recebi do Gabriel.
Chegamos por volta das quatro da tarde. Como o bar fica fechado entre 15h e 17h, abrimos os trabalhos num café na esquina mais próxima. A ansiedade era tanta que, pouco antes das cinco, o Moacyr pagou pela taça do rouge que bebera durante a espera. Com excitação de criança, levantou-se e avisou:
– Só faltam dois minutos pra abrir. Vou indo, vou indo!
Tivemos na hora a certeza de ter achado um grande bar. Sem qualquer solenidade, como os nossos botequins de estimação no Rio. O Baron nos encantou com seus barris que abastecem quem compra vinho para levar; suas poucas mesas; o balcão cinza; os quadros onde ficam anotados os muitos tipos e preços da bebida; a grande mesa-barril em que se apoiam, no meio do salão, taças, cotovelos e conversas…
Várias garrafas depois, era hora de ir. Parte do grupo se adiantou até a calçada. Acabei ficando para trás no passo sem pressa do Moacyr. Quase na porta, um olhou para o outro e, já dando meia volta, ele apenas me disse:
– Pois é, aquele balcão…
Voltamos para regar o papo com mais uma taça. E assim o Baron Rouge – e com ele todo um novo mundo a explorar que eu acabava de descobrir na cidade – entrava para minha memória afetiva e efetiva de Paris.
Eduardo Carvalho, 39 anos, é jornalista. Não vive em Paris, mas Paris vive nele. Mora no Rio de Janeiro, onde lançou, em 2010, o livro “Sambas, boemia e vagabundos” (Ed. Multifoco), reunião de crônicas sobre rodas de samba e bares da cidade.
Baron Rouge: 1 rue Théophile Roussel 75012 Paris.
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16 Comentários
Tuca Segadas Vianna
Adorei este lugar,preste atencao no toilet bem a la moda de antigamente.As pessoas que trabalham no bar sao super simpaticos.
Depois de comer as ostras e beber o vinho,siga para um lanche no Le Train Blue na Gare de Lyon.
Perfeito sera o seu dia nesta grande cidade.
Marcia Lube
Fui com a indicação do Alvaro&Madá.
E agora faz parte do meu roteiro de Paris.
Mauricio Christovão
Mais uma boa dica do Eduardo!!! Não conheço o Baron Rouge ainda, mas da próxima vez passarei por lá. Só ficou faltando a estátua de São Jorge matando o dragão e a lãmpada vermelha acesa…
Madá
Maravilhoso seu texto, Eduardo Carvalho, parecia que eu estava lá. Também é o meu pé sujo em Paris, já confessei aqui no CP. Porém, bato meu ponto lá aos domingos de manhã para comer ostras com Quincy, no inverno, do lado de fora, muito bom. Eles mantêm o staff e a tradição há pelo menos 20 anos. Gosto também da brincadeira que eles fazem com o R e B, no nome do bar, no letreiro: Le Baron “B”ouge. E bomba mesmo.
Deborah Orsi Murgel
Conheci o Le Baron Rouge agora, nesta minha viagem a Paris. Lugar delicioso, vinho muito bom e ostras maravilhosas. Já fomos lá duas vezes e, antes de ir embora, no final de abril, voltaremos mais uma vez!!
Edna
Quero ir para Paris em julho /agosto, , gostariade um pequeno hotel no cento da cidade mesmo, com café da manhã de hotel. E depois as melhores dicas não turísticas de preferência.
Rodrigo Lavalle
Edna, leia esse artigo sobre as áreas de Paris onde é melhor se hospedar (não existe centro): https://www.conexaoparis.com.br/2015/02/22/em-qual-regiao-se-hospedar-em-paris/. Depois veja nossas dicas de hotéis nessa página: https://www.conexaoparis.com.br/categoria/dormir/.
Abraços.
Mara Beira
Você resumiu perfeitamente o Le Baron Rouge, “memória afetiva e efetiva de Paris”.
Sofia
Eh do lado de casa. Um charme, e vive lotado!
Rodrigo Lavalle
Sofia, do lado da minha casa também.
Abraços.
alvaro coutinho
a primeira fez que fui la fui nos anos 90 … e nunca mais deixei de voltar!
Geraldo Jr.
Fantastique esse Barão Vermelho.
Acho que vou montar um bar nesse estilo aqui em Montes Claros.