As mulheres francesas estão fazendo um movimento para a retirada da escolha Mademoiselle (senhorita) dos formulários administrativos.

Ao preencher um papel ligado à administração do estado,  os homens franceses assinalam simplesmente Monsieur (senhor). Termo empregado tanto  para os casados como os solteiros.

Na mesma situação, as mulheres devem escolher entre Madame (senhora) para as casadas ou Mademoiselle (senhorita) para as solteiras.

Tenho encontrado na mídia artigos críticos à este movimento. Os argumentos avançados são conhecidos e sempre retirados das gavetas diante de qualquer novidade: “para que se preocupar com detalhes bobos”,  “por que não atacar  questões mais graves”. E lá vem a lista dos “verdadeiros” problemas:  disparidade salarial, situação da mulher nos países  árabes…

A linguagem reflete a realidade do mundo e o Mademoiselle é um termo  condescendente e  um dos  símbolo das inegalidades. Por que definir a mulher em função da sua relação com o homem?

Nos Estados Unidos o Ms passou a ser utilizado após uma longa luta feminista. No Canadá o Madame para todas já era corrente, quando em 1976 foi oficialmente eliminado o Mademoiselle. A Alemanha já retirou dos papéis oficiais o Fräulein há muito tempo.

Em artigo recente,  jornalista Claire Levenson manda um recado irônico aos defensores do Mademoiselle: o termo  não reflete mais nenhuma situação real. Talvez ele seja utilizado, hoje,  somente por sedutores que querem dizer à mulher que ela tem uma aparência jovem. Situação totalmente  ultrapassada, out e demodée.

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