Desde o primeiro número, publicado em 2002, eu sigo as aventuras do Gato do Rabino – Le Chat du Rabin – de Joann Sfar.

Joann Sfar é um dos autores de comics mais interessantes da sua geração. Hoje ele tem 900.000 exemplares vendidos e traduzidos em quinze línguas, entre elas hebreu e árabe.

Trata-se da história de um rabino, homem bom, que vive com sua filha  Zlabya, um papagaio barulhento e um gato racionalista e loucamente apaixonado pela sua proprietária. Tendo comido o papagaio, o gato descobre que pode falar. O rabino o proibe de ver sua filha porque ele diz somente verdades que machucam.

Nos primeiros números a ação se desenvolve em torno das discussões entre gato e rabino sobre o Talmud e os jogos de sedução do animal para conquistar o coração da bela Zlabya. Disposto a tudo, ele concorda mesmo em fazer o seu Bar-Mitsvah.

O dom da palavra foi temporário, e de novo mudo ele não interessa mais ninguém a não ser um pintor russo, hóspede de Chagall.  Este homem deseja conhecer Jerusalém.

E por aí vai,  eles todos partem em Citroen e percorrem os países africanos. A história é longa e absolutamente fascinante. Ela denuncia o imaginário colonial e conta o drama e a universalidade da “bêtise humaine”.

Le chat du Rabin se transformou em filme ( cliquem aqui para verem o trailer ). O desenho é delicado e a técnica de animação muito bem feita. Mas como sempre desconfio das interpretações, aconselho comprarem os albuns comics que são absolutamente maravilhosos.

Vão se divertir e aprender o francês.

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