Por Madá
Hotel Emile no Marais
Estivemos hospedados recentemente no Emile. Gostamos muito do bairro, onde ficamos por um mês em 1998, será que cruzei com a Lina quando ainda morava lá ? Usando o estilo de opiniões do Booking.com, segue o nosso relato.
Somos um casal maduro, que prefere alugar aptos e só usa hotel em estadias curtas. Nos divertimos e recomendamos muito o Emile para jovens e de meia-idade em forma, mas com algumas ressalvas para pessoas “maduras”.
Pontos positivos:
Todos os que a Lina destacou foram confirmados (clique aqui). Para quem viaja no verão, ter ar-condicionado é um luxo e duplo vidro super silencioso funciona mesmo. A parte melhor é poder ir a pé a lugares que adoramos e descobrir os novos, já que o bairro muda seu comércio com muita frequência.
Café da manhã no Emile
Tomar o café da manhã no balcão de frente para a rua, vendo a agitação de várias pessoas indo e vindo é um ótimo começo de dia. Gostei do astral dos hóspedes (americanos, ingleses e brasileiros).
Ressalvas:
– pequena escada no acesso ao elevador (cerca de 8 degraus). Para quem chega cansado da viagem e viaja com malas pesadas, tem problemas de coluna, etc., pode atrapalhar.
Quarto com os janelões
– o quarto é claro, esses janelões e varanda são simpáticos, mas devassam demais. Não tem dois tipos de bloqueio e a única cortina é um bloqueador total. Ou você as fecha e acende as luzes ou as deixa meio-abertas, mas complica, pois o próprio banheiro fica exposto.
– o banheiro dentro do quarto. Foi um choque, mas me acostumei e é super válido para deixar o quarto com ótima circulação e bem claro. Porém, tenha certeza de que você terá um quarto com chuveiro. Ficamos na categoria duplo superior e era com banheira e chuveiro tipo telefone. Missão quase impossível lavar os cabelos nesse esquema, mas por poucos dias e em estado de graça, e quem não fica, estando em Paris ?
Tivemos um episódio que foi chato. Logo na chegada, depois de subir os 8 degraus com as malas e esperar algum tempo pelo elevador, subi as escadas para ver o que acontecia. Notei que estava enguiçado no 4° andar. Desci e relatei o fato à recepção, que agradeceu pela informação, mas désolé : teria que aguardar a firma do conserto chegar. Ou descíamos os 8 degraus e deixávamos as malas na recepção, ou as carregávamos nós mesmos. Talvez se tivéssemos chegado na parte da manha, teríamos ajuda, mas na parte da tarde, o único funcionário não podia deixar a portaria, tome désolé …
Bistrô Camille, perto do Emile
Como a gente só viaja com pouca mala e pouco peso, maridão fez várias viagens e em pouco tempo já estávamos na Francs Bourgeois, no Camille, na maior alegria.
Ah! E ao lado do Emile (número 4) tem o Breakfast In America (B.I.A.) sempre lotado e filas de público simpatico quase em qualquer horario! Ao lado dele (número 6), uma lojinha linda de cupcakes, quase sempre vazia … Mais à frente, uma filial da Cotelac que eu adoro!
Madá
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45 Comentários
Tatyana Mabel
Madá,
Ótima dica!!! e… sabe mais.. a vida sem leveza e com tudo certinho é muito chata! Obrigada!
Madá
Pessoal, eu voltaria tranquilo ao Emile!
Marcia Lube, nao fique “desolada” eu gostei muito. Eu deveria ter repetido todas as vantagens que a Lina colocou no post inicial, acabou que aqui só apareceram as ressalvas. Então reforçando:
Os pães do café da manhã são fresquinhos, croissant dos deuses e deliciosos, o balcão é divertido e, por ser compartilhado, propicia uma integração, se vc quiser.
A internet funciona super bem, de graça, com vários equips ao mesmo tempo, ipad, laptop, iphone vezes 2, downloads sem problemas.
A Aurelie da recepção foi uma simpatia nos emails, e qdo chegamos, ela reservou um restaurante pra gente e ainda pediu, na reserva, um cuidado com as restrições alimentares do meu marido.
Nós demos azar com o elevador, mas no dia seguinte, vi chegar um casal de brasileiros, antes do horario do check-in e a recepção não só guardou as malas deles, mas disse que as colocaria no quarto para eles e os avisaria assim que o quarto estivesse pronto. Aliás, não sei se o problema é comigo, mas já peguei pane de elevador em outros hotéis pequenos e aps alugados.
A cama é ótima, lençóis bacanas, toalhas grandes, o banheiro, quarto limpíssimos. A vista dos quartos é muito legal e a questão das cortinas é algo que eles podem resolver.
Finalmente, a localização é excelente, vc está a um quarteirão de livrarias, cafés, restaurantes, delis, lojas legais, falafel, museus pequenos, vai a pé até a Opera da Bastilha, visita galerias de arte, enfim dá para ficar a temporada toda sem pegar metro nem onibus, mas se precisar, o metro é em frente, tem um ponto de taxi que sempre tem taxi !!!! e ainda tem o onibus 96 que deixa vc em St Germain, viu Eymard! E Regina, no Marais de hoje, vc precisa esquecer aquele de 20 anos atrás. Ele tem algo ainda de 10 anos atrás, mas vc precisa ir lá como quem vai a um novo bairro, não dá para tentar repetir emoções rsrs. Agora, aquele garçom mais velho de óculos, do Camille, continua lá, há 15 anos pelo menos e muito atencioso e simpático.
karynne
Oi Lina,
Como sempre encantada com tuas dicas!! Estarei indo para Paris em Dezembro com a família, incluindo dois jovens de 12 e 15 anos. Estamos alugando um apartamento, mas, estou em dúvida em relação ao bairro. Estamos entre quatro opções: Git le Coeur -St. Germain e St. Germain Dominique, St. Michel Huchette e Marais.
Qual você recomenda? Gostaria de ficar perto de restaurantes e padarias, para facilitar as alimentação de todos, já que cada um tem um paladar diferente. Obrigada!!
Lina
Karynne
Se for rue de la Huchette mesmo, atenção. Rua com muito barulho porque para pedestres, muitos bares e restaurantes.
Git le Coeur é bem mais calmo. Central e perto de tudo. Conhecerá Paris a pé.
Marais, eu adoro. Mas é menos central.
Saint Dominique é o mais afastado do centro de Paris. Mas o bairro é chic e elegante. E a Saint Dominique rua agradável com bons restaurantes.
A escolhe está difícil. Risos.
Beth
Madá
Delícia de relato!
Bjs
jorge fortunato
Madá
Que delícia de post! na vida o bom humor supera tudo, até mesmo 4 andares de escada. Que dose hein?
Beijos
Cristiane Pereira
Adorei o post, Madá, e o tom bem humorado do relato! O “desolé” dito nessas situações é de lascar, né?!? 🙂 Sinto a maior atração por esses hotéis modernos, mas nunca tive coragem de me arricar num deles, sempre tive receio de encontrar algo como janela devassada e banheira no quarto – isso não é pra mim. Acho que posso me encaixar na categoria “jovem de meia-idade e madura”, pois o que eu gosto mesmo é de um hotel bem tradicional. Pode até ser moderno, e, ok, um pouco apertado (como são muitos 3 estrelas de Paris) mas tem de ter “a” cama e “o” chuveiro!!! Passei 15 dias no Marais em 2009 e adoro o bairro – mas acho que está mudado e meio caído (como volta e meia acontece com alguns lugares, normal…), e depois que fui pra Saint Germain, em 2010, não saí mais de lá!
Paulo Silva
Porque recomendar, então, esse hotel?
Marcia Lube
Madá
Meu filho e nora são jovens e curtiram demais o Émile.
Deram sorte pois ficaram em um quarto com box/chuveiro e apreciaram muito o design do hotel.
Fizeram mil elogios ao café da manhã e sobretudo ao “Croissant”. Comentaram também sobre o astral dos outros hóspedes.
Saiam cedo e voltavam tarde à noite. Então nem perceberam a falta de privacidade que a cortina do janelão propicia.
Quanto ao elevador foi um azar.
Mas … realmente banheira com chuveiro tipo telefone é de amargar ! Um inferno !!!
E a molhação em volta ?
Parece que é tendência atual.
E depois da minha última viagem passo a recomendar : levem Havaianas para usar durante o banho porque banheira em vez de box é um perigo : quase levei vários escorregões.
E o “désolé” ? Em qualquer lugar é horrível ouvir isso. E os franceses o dizem na maior .
Désolée fiquei eu agora por ter indicado o Émile para vocês. !!!
Eymard
Na onda dos protestos, quero protestar: Madá e Alvaro, alta traição a Saint Germain!!!! Rsrs
Agora entendi o alerta para maduros: quatro andares com malas a la Brasil? Não!
Também ainda não me acostumei ao banheiro dentro do quarto. É muito conceitual para o meu gosto.
Regina Vasconcelos
Como foi ficar no Marais Madá e não em Saint Germain, fiquei num apto alugado aí mas há 10 anos atras, ou mais. Gostaria de saber o que você achou…