O caso da menina de 9 anos violada e depois excomungada pela Igreja Católica Brasileira está fazendo barulho nos jornais franceses.
A igreja está de novo no centro de uma grande polêmica de acordo com o Jdd.fr
Violée, avortée puis excommuniée.
No jornal Liberation:
Le Vatican cautionne l’excommunication de la mère d’une fillette violée.
No jornal 20minutes.fr
L’avortement d’une petite fille de 9 ans enceinte de jumeaux secoue le Brésil
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12 Comentários
Cláudia Oiticica
Falha minha,o link acima acima precisa de senha, mas o mesmo texto está nesse abaixo.
http://blogdofavre.ig.com.br/2009/03/um-arcebispo-mais-ou-menos/
Cláudia Oiticica
Achei perfeito o que Contardo Calligaris escreveu na sua coluna semanal da Folha de São Paulo com o título de “Um arcebispo mais ou menos”
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1203200928.htm
Giovanna
Digo: Os dois perderam por não ficar de boca fechada!
Cris
Caros leitores, Maria Lina,
Não entendo muito toda esse polêmica que se instalou na Midia. A mulher violentada não era sequer uma mulher pronta, era uma criança; a gravidez foi resultado de estupro; a mãe, segundo os médicos, poderia correr risco de vida se levasse a gravidez adiante…O aborto foi legal, portanto. A mãe da menina exerceu um direito, e pôde lidar com a situação da maneira como julgou mais adequada.
A posição do arcebispo, por sua vez, segue os cânones da Igreja. Para a Igreja, aborto é passível de excomunhão, estupro de criança é pecado grave, mas não é passível de excomunhão. A lei canônica pode ser transformada, mas creio que isso dependa de debates internos, que, talvez, possam ser mobilizados por pressão dos fiéis. Acho que o arcebispo não pode decidir isso sozinho. Não sei, não sou católica, sou agnóstica, e por isso não tenho o menor interesse em mudar as posições da Igreja. Cada um na sua. Isso cabe aos católicos, se for o caso…
Quero deixar claro que, pessoalmente, não concordo absolutamente com a posição da Igreja em sua visão sobre a gravidade dos atos em questão. Para mim não pode haver crime mais grave contra a pessoa humana do que violentar uma criança. Mas o que se pretende com essa polêmica, que a Igreja mude suas leis? Seria bom…mas, a quem importa? Aos católicos, suponho, e pelo que me consta, para se ser católico, deve-se seguir as leis da Igreja, até que elas mudem. Quanto ao padrasto estuprador, desejo que passe o resto de sua vida na cadeia, se ele pode ou não receber os sacramentos, a mim isso pouco importa, já que não sou católica e isso nada significa para mim.
Se queremos que a Igreja se exima de interferir nas decisões públicas, como aquelas relativas à legislação do aborto, por exemplo, deixemos que ela atue na sua própria esfera…Cada um na sua.
Faltou sensibilidade ao arcebispo, na minha opinião. Talvez ele devesse ter ficado quieto diante de um caso tão doloroso. Mas por que as mídias brasileira e francesa estão tão preocupadas com o fato da mãe da menina não poder mais comungar, ou confessar? A mídia é católica? Trata-se de uma valorização dos sacramentos? A mãe da menina reclamou? ela está preocupada com isso? Pelo que me consta, a médica que fez o aborto não está, pelas declarações que deu…
Há alguma coisa nessa conta que, na minha opinião, não fecha.
Giovanna
O aborto ao qual à menina foi submetida não foi ilegal. Na legislação brasileira existem duas situações em que o aborto é permitido: a primeira é no caso de risco à vida da gestante; a segunda no caso de gravidez fruto de abuso/violência sexual (que foi o caso da menina).
Neste caso específico o que ocorreu foi uma crítica de um religioso, defendendo a lei canônica, e de outro lado a manifestação do Presidente da República criticando a posição da Igreja. Com o devido respeito às autoridades (eclesiástica e política), cada uma defendendo seu ponto de vista, acho que os dois perderam por ficar de boca fechada!!! Mas, vivemos em uma democracia, e todos podemos expressar nossas opiniões.
Bete s
se está na constituição, pq não aplicar? sou a favor da vida é claro mas nesse caso…quem é que criaria essas 3 crianças? a igreja, de repente nem batizaria por ser filhos de mãe solteira,está na hora da igreja rever e pensar… pois é Lina sinal dos tempos, vamos cuidar melhor das nossa CRIANÇAS.
Monica
Pois é…… a menina queriam excomungar,mas e o estuprador???????
afonso
parabens
FÁTIMA
Esse caso é estarrecedor.
Dé
E’ verdade Lina. Ja’ vi a noticia em diversos noticiarios franceses e varios colegas meus do trabalho (franceses) vieram comentar a noticia comigo.
Hoje achei curioso o comentario de uma colega. Ela ficou surpresa ao saber que o aborto era proibido no Brasil, porque eles possuem uma visão dos brasileiros como um povo aberto e liberal.