Os itens que estão sempre presentes no guarda-roupa e no dia-a-dia da parisiense. Continuação do primeiro artigo, leia aqui.
01 – Vestidinho preto (la petite robe noire): não tão usado no dia-a-dia mas bastante usado nas soirées, o vestidinho preto continua sendo sinônimo de chique e elegante. É a aposta certa e segura. O brechó de luxo Didier Ludot (24 Galerie Montpensier – Jardin du Palais Royal) é especializado em antigos vestidos pretos de alta costura e lança também uma pequena coleção anual com alguns modelos. É o próprio Didier Ludot quem diz: “O vestidinho preto é mágico pois ele esconde os defeitos de uma mulher enquanto valoriza suas qualidades. C’est la quintessence du chic parisien.”
02 – Meia-calça preta: usada na primavera (e também no outono) enquanto as temperaturas ainda não permitem sair só de vestido ou saia ou short. A marca austríaca Wolford (66 rue Rennes ou 45 rue Vieille du Temple) vende os mais variados tipos de meias-calça.
03 – Cardigã: o cardigã de cashmere tem mais durabilidade, é mais macio e quente que os cardigãs de merino ou semelhantes. Com exceção do verão, pode-se usar um cardigã praticamente o ano inteiro. A marca francesa Eric Bompard (26 rue Vavin ou 14 rue de Sévigné) é especializada em cashmere.
04 – Suéter longo: de lã mais grossa que parecem um abraço bem dado de tão confortáveis e gostosos.
O toque final, cabelos naturais. O cabelo curto à la Inès de la Fressange não é o corte mais popular entre as parisienses como a gente costuma pensar. Assim como as brasileiras, elas amam usar os cabelos compridos. A grande diferença é que as parisienses saem de casa com os cabelos meio desarrumados, meio bagunçados. Às vezes um coque desabando e pronto!
E, pra finalizar, como disse a supracitada Inès de la Fressange em uma entrevista: “A mulher francesa tem uma certa arrogância, como quem diz: eu ignoro a moda, eu faço do meu jeito”.
Falou e disse.
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88 Comentários
Rodrigo Lavalle
Luís Henrique,
os suéteres Eric Bompard masculinos gola V de 100% cachemire custam a partir de 210€.
Abs,
Rodrigo Lavalle
Rosângela
Concordo plenamente, Marzelena Zamboni. Não sei se é a saudade do Brasil ou se é a cultura daqui que é muito diferente da nossa… só sei que também fiquei um pouco desapontada sim.
Meu professor de francês no Brasil (um francês de Bordeaux) sempre me dizia que o melhor era chegar aqui falando direto no idioma deles, mas praticamente todos os garçons, recepcionistas e afins, quando ouvem o meu francês com “acento de brasileira”, se dirigem a mim em inglês (mesmo que eu responda novamente em francês). Isso quando não querem falar conosco em espanhol ou italiano! Outro dia eu não aguentei e respondi: si vous voulez parler avec moi, vous pouvez le faire en français ou en portugais!
Enfim, são os vários olhares…
Beth
Maur’icio Cristovão
Risos!
LUÍS HENRIQUE
RODRIGO
MUITO BOM O ARTIGO.
V. SABERIA INFORMAR O PREÇO MÉDIO DE UMA MALHA EM CASHMERE
ERIC BOMPARD?
OBRIGADO.
L.H.
Madá
Vou reforçar aqui as meias Wolford. São caras, mas duram, são resistentes e vale muito a pena comprá-las. As meias de inverno esquentam bem, sem serem grossas ou desconfortáveis. Tem para pernas mais “normais”, Jane Curiosa.
Algo que notei é que elas abandonam as meias pretas assim que possível. Fazendo mais de 20 graus, já é difícil ver mulheres de meias pretas. No verão então, parece que as meias são eliminadas, independente da temperatura, mas pode ter sido meu olhar de turista.
conexaoparis
Madá
Você tem razão.
Após o inverno não suportamos mais meias pretas, botas e casacos pesados.
Mauricio Christovão
Mme S. é de Nictheroy-sur-mer e sempre foi elegante. Já eu sofro da “Síndrome de Antônio Ermírio”, que amarrota qualquer roupa em que eu entrar. Acho que no tempo da cavalaria andante minha armadura precisaria sempre de lanternagem(ou funilaria), de tão amassada que seria…Quanto ao fumo, se não fossem a fumaça e as doenças, até que acharia charmoso!!!
conexaoparis
Maurício Christovão
Te conheço como o leitor das calças amarrotadas.
Suely
Meninas
Beth é carioca, Pati gaúcha, Lina mineira, eu paulista (bem humorada), todas elegantes rsrs…Acredito que em todos os lugares existam mulheres de bom ou mau gosto, também acho que temos que respeitar o modo de vestir de cada um.
Quanto a elegância das francesas é só dar uma voltinha pela Avenue Montaigne …
Pati Venturini
Beth
Eu sou gaúcha mas vou fazer uma autocrítica. As gaúchas são elegantes sem dúvida, mas às vezes são arrumadinhas demais, combinadinhas demais… rsrsrs! Eu própria, às vezes preciso fazer um esforço para descombinar ou descontrair um pouco o look. Por isso admiro tanto as francesas, elas tem estilo sem parecer que ficaram horas se arrumando!
Beth
Jacqueline e Marzalena
Todos nós sabemos que as gaúchas são muito elegantes…
Mas consta que a elegância das francesas é imbatível!
Dizem que elas servem de modelo de elegância para o Mundo há séculos.
Até mesmo antes de o Brasil ser descoberto…
Abs.
Jacqueline
Marzelena
Acho que nós gaúchas somos muito elegantes.hahaha…
Também usei sem problemas o meu guarda-roupa dos pampas.