Eles são mais de 4.000 pessoas chamadas de SDF – Sans Domicile Fixe – e vivem em torno das estações ferroviárias ou escolhem como esconderijo o bosque Bois de Vincennes. Durante o dia se espalham pela cidade à procura de um pouco de dinheiro ou um vale refeição. Carregam consigo, de um lado para o outro, tudo que possuem em malas ou sacolas. Escolhem sempre as áreas mais turísticas ou com maior densidade de bem vestidos.
No inverno, a prefeitura de Paris abre dormitórios para os SDF em locais como o sub-solo do Terminal da Air France na Esplanade des Invalides. Nas outras estações do ano, eles dormem nas ruas.
Eles tem sempre cachorros ou gatos, uma maneira de sensibilizar os passantes. Antes eram crianças. Os jornais noticiaram, um dia, que eram crianças alugadas. Elas dormiam o dia todo no colo dos adultos. Provavelmente drogadas. A polícia deve ter agido e as crianças foram substituídas por animais.
A geografia da miséria no centro da cidade mais romântica e charmosa do mundo.
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56 Comentários
Vera
Oi, Lina. Quando estive em Paris, em dezembro passado, me surpreendeu a quantidade de SDF que vi nas ruas. Vi muitas mulheres, sempre sozinhas, pedindo dinheiro nas saídas do metrô ou em frente a pontos turísticos. Essa questão social é muito dificil de ser resolvida, na minha opiniao, pois as pessoas apelam para o nosso emocional e com isso, vao levando a vida. Acredito que hoje em dia SDF se tornou uma “profissão”, uma alternativa para muitos. Não acho que as pessoas vão para as ruas para procurar comida, por estarem famintas, pois, como diria Madre Teresa, hoje em dia o que existe é a “fome do espírito”.
LUCIANO MELO
Realmente é um problema mundial,mas alguma coisa tem que ser feita, pois se hoje são 4000, amanhã serão 10000 e após 20000 e então aquelas coisas maravilhosas de fazer em Paris como caminhar tranquilo nas ruas ou sentar num café com mesas na calçada vão acabar. Desculpem não ser politicamente correto, mas quando você planeja uma viagem, economiza com dificuldade, se dá ao luxo até de fazer algumas extravagâncias porque talvez as oportunidades sejam muito raras e cada vez mais difícil, você não quer ir para um lugar onde é abordado toda a hora por mendigos, pedintes, bêbados ou alienados mentais.
Apesar de ser criado em cidades grandes, vivo a algum tempo em uma pequena cidade. Como em todo o lugar, aqui também temos os SDF. Para tentar resolver o problema foi feita uma campanha na cidade para ninguém dar esmolas. A prefeitura criou uma especie de chácara junto a cidade onde as crianças tem alimentação vestuário e escola durante todo o dia e os adultos podem aprender diversas coisa para profissionalização. Poucos, muito poucos quiseram frequentar este lugar e a maioria está de volta as ruas pois parece que é melhor ser mendigo profissional em lugares onde a compaixão dos outros os sustenta.
ISAAC
Olá Lina.
A miséria não tem mesmo fronteiras. Fato triste.
Gosto muito quando você traz temas menos prazerosos como este. Não há nada de CERTO na miséria na França, assim como não há nada de certo na miséria de nenhum lugar do mundo. No entanto isso ajuda a quem vai a Paris pela primeira vez a construir uma imagem mais real do lugar.
O fato é muita gente sai daqui esperando encontrar por aí apenas “avenidas de tijolinhos dourados”. Alguns se decepcionam. Nada de errado com Paris _ou seria nada de certo, mesmo? Errada é a imagem colonizada de que tudo fora daqui é melhor.
Como se fosse, afinal medir, comparar ou justificar a miséria de algum lugar. Essa palavra é mesmo muito boa: justificar!
Como justificar_tornar justo_isso!
Fatima
Lina, moro no Leblon (bairro cenográfico do infeliz do Manoel Carlos) e presencio cenas bem ruins (as pessoas acham q\por aqui não acontece – afinal fica tão bonito na TV Globo). Ano passado fui assaltada violentamente à saída da Aliança Francesa de Ipanema às 19 h. Coisas do Brasil (que tristeza). Torço muito pr q\os franceses zelem por seu patrimônio humano. Bjs.
Sheyla
Ainda refletindo sobre os dizeres do Eymard, lembrei-me desta citação:
“É preciso estudar as misérias dos homens, incluindo entre essas misérias as idéias que eles têm quanto aos meios para combatê-las.” (Friedrich Nietzsche)
Fernanda H.
Pois é, Lina… Eu acho isto tão triste ! Quando eu mudei para Paris ha’ um ano atras, senti diferença em relação a 2003/2005, quando ja’ tinha morado aqui, achei que o numero de pessoas na rua aumentou demais.
O pior é que tem alguns SDF que dormem na rua mesmo no inverno, em cima das grades de saida de ar do metrô, sabe? No inicio do ano passado morei em um apartamento perto da rue Cadet e ali do lado, na rue Lafayette, tem um homem (ele ainda esta’ la’ porque passei por perto semana passada) que fica em cima de uma destas saidas de ar do metrô, e ele esta’ la’ o tempo todo, de manhã, à noite, de madrugada, com chuva, neve ou sol. E ele nem pede dinheiro, vi algumas vezes o proprietario (acho eu) da brasserie ao lado dando comida para ele.
Seria bom uma solução para essas coisas, em Paris e em todo lugar…
Viviane Santana
È um problema mundial.
Quando vi pela tv imagens da policia tentando retira-los das ruas para coloca-los em hoteis 2 estrelas e eles resistindo, querendo continuar na rua.Fiquei me perguntando afinal que tipo de ajuda seria a ideal?
Qual a solução?
LuciaC
Ómeudeus, Lina!
Eymard,
quando alguma coisa começa a não incomodar algo está muito errado..
Kleber,
melhor em frances.
Parada no sinal de uma esquina movimentada do Rio, zona super Sul.
Saída de análise janela entre aberta por causa do cigarro.
Eu ainda fumava. Um SDFcarioca , dqueles de idade indefinida do tipo me dá um dinheiro, tia? Nem me deu o benefício dá dúvida!
Um caco de fundo de garrafa abaixo do queixo do lado esquerdo e o sangue começou a descer.
Todo mundo viu e ninguém se incomodou.
Nem comigo nem com o ‘tipico e conhecido SDF carioca que se assustou (acho eu) e foi embora . Gritei, de nada adiantou.
Sinal abriu com a mão no pescoço segui dirigindo para procurar socorro.
Foi de raspão, foi pouco o angulo na janela para ser fatal,
Graças a meu Anjo da Guarda!
Morrer de bobeira? Virar estatística?
Esta situação dos SDF pedintes nacionais sem dúvida interessa a alguém. E viva Paris!
Um bom dia para todos!
Kleber
LINA,
Bom dia, tive uma passagem ao menos estranha na Gare du Lyon, onde uma senhora, na faixa dos 70 anos, pedia dinheiro. Tinha os pulsos e os antebraços enfaixados, na minha recusa em ofertar dinheiro, avançou sobre mim e minha esposa aos gritos em frances. Não tivemos duvidas, corremos rapidinho dali.
Abraços a todos.
Kleber A. Torezan
eymard
Triste geografia em qualquer lugar do mundo. Me intriga mais quando passamos a nao mais nos importar com ela. Trivializar. Fazer parte da nossa rotina. Nem olhar. Nem se incomodar…