Os turistas acham que o problema é somente com eles e que são as únicas vítimas dos garçons de Paris.
Mas o problema é mais vasto e quase histórico. Não sei em quê esta revelação vai ajudá-los, talvez seja um conforto saber que todos estamos na mesma situação.
A diferença fundamental é que os residentes sabem que a abordagem do personagem é delicada. E quando entramos em relação com o dito cujo nos perguntamos qual rumo ela vai tomar: turbulências ou céu de brigadeiro.
Logo que um garçon se aproxima tentamos definir o seu tipo, a tarefa é árdua pois as modalidades são diversas.
Se for um garçon-estudante ele estará em jeans, camiseta e tênis, apressado, não muito profissional e sempre sorridente. Apesar de estar louco para acabar logo e voltar para a universidade, vai responder suas dúvidas com atenção.
Se for um da antiga, todo de preto e avental branco amarrado nas costas, o espetáculo promete. Ele se aproxima com um atraso de meia hora, murmura algo incompreensível, responde as questões com enorme economia de palavras. Volta para retirar os pratos com uma hora de atraso e traz a nota sem o café que foi pedido. Se ele atender uma moça desacompanhada e bonita o quadro muda radicalmente.
Se for um garçon de endereço hype, a performance é diferente. Todo de preto costume Hugo Boss, cabelos impecáveis, unhas feitas, rosto impassível e olhar duro. Ele “faz o favor de tirar as dúvidas” mas prefere atender os clientes conhecidos que sabem exatamente o que querem. Ele se sente injustiçado porque deveria estar nas passarelas dos desfiles alta costura. Após gorjeta ele “ousa” um sorriso mais natural. A moça desacompanha e bonita aqui não terá vez.
Meu conselho, levem tudo na bricadeira e vistam a camisa do sociólogo analisando o fenômeno. Observem-o como se estivessem em museu das espécies raras e em via de desaparecimento.
Afinal vocês estão diante de personagem central da vida parisiense, retratado no cinema por Raymond Bernard (1919) com Max Linder no filme Le Petit Café e por Claude Sautet (1983) com Yves Montand o papel do garçon Alex no fime Garçon.
Artigo inspirado por um outro publicado pelo Le Figaro
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91 Comentários
Eduarda
Parto do princípio sincero de uma admiração enorme pelos Garçons. Eles serem profissionais e neutros nessa difícil profissão (como bem salientou o Eymard), e ainda por cima numa cidade tão turística, para mim já estaria ótimo e bastaria, agora serem gentis e bem humorados, eu já considero estado de iluminação, e babo mesmo quando tenho o privilégio de encontrar.
Maurício Azenha
O que falar então dos garçons italianos?
Ludwig Wallerstein Neto
Eymard,
Os tipos que você citou, são ótimos! Rsssssss.
Abraço,
Ludwig
Rosana
Estarei em Paris entre os dias 08 e 17 de agosto. Li todas as dicas maravilhosas daqui e adorei. Mas ainda preciso de mais orientações sobre restaurantes e locais para aqueles lanches especiais.
Para RESTAURANTES estou pensando em: 58 Tour Eiffel, Chez Clément Saint Michel, Le Relais de Isle, La Rose de France, mas gostaria de mais indicações de restaurantes tipicamente franceses. Se possível algum estrelado.
Para LANCHES estou pensando em: Pomme de Pain, Maison Angelina, Poilâne e Fauchon, …
conexaoparis
Rosana
Olhe o bistrô Aux Lyonnais que pertence à Alain Ducasse. http://www.maisonconstant.com/fr_cocottes.htm
Outro, Les Cocottes. http://www.maisonconstant.com/fr_cocottes.htm
Para lanches, sem duvida alguma, a pequena casa de chá da maravilhosa galeria coberta que se chama Galerie Vivianne.
http://www.galerie-vivienne.com/
Nathaly
Olá, leio seu blog a muito tempo, adorei as dicas! Estou indo à paris dia 14 de julho. Gostaria de algumas informações, se possível: há alguma loja em paris que venda talcos que ficam naqueles potes bonitos de antigamente??? é viável utilizar o parispass???? abraços
conexaoparis
Nathaly
Talcos não sei.
Eu prefiro o Visit Paris que você compra nas estações de metro e o Museum pass para museus e monumentos.
Leandro
Apesar, atraso e analisando se escrevem com S!
conexaoparis
Leandro
Vocês precisam me avisar sempre.
Obrigada.
conexaoparis
Todos
Quando fizemos a pesquisa para traçar o perfil dos leitores, entre as sugestões encontrei uma sobre releitura cuidadosa do texto antes publicação.
Tento, mas não consigo. O texto de hoje foi tipo total “z”. No lugar dos “s” somente “z”. O pior, já twittei.
Fazer o quê!
Algumas vezes uma alma caridosa me avisa.
Janine Barros
Lina,
“Vestir a camisa de sociólogo”, como você falou, é sempre a melhor forma para solucionar qualquer diferença cultural quando estamos viajando. É o meu segredo para estar sempre sorrindo, seja em Paris, seja na África, seja em qualquer lugar…
Um beijo grande!
Rogerio
Mundo afora o que manda é a boa educação.
Ser gentil e amável não faz mal a ninguém. Seguindo esta regrinha básica, será bem atendido.
Sempre tenho sorte, nunca tive problema.
Estando de férias tudo é colorido e perfeito.
Lembre-se! Ele não está ali para lhe proporcionar um momento com muito glamour e requinte.
É apenas mais uma pessoa útil . Sem stress
Adriana Pessoa
Ha ha ha…é isso aí. Sem Stress!!
Vil Muniz
Excelente matéria Lina!!! Vou seguir o que falou!
beijocas!!