Quando eles são antipáticos, é para valer.
Enquanto eu pesquisava novidades na livraria perto do Palais Royal, marido pediu um café em bristrô ao lado.
Na saída, colocou na bandeja uma nota de 10 para pagar 6 euros. O garçon pegou a bandejinha e desapareceu. Não voltou mais. Deixar 4 de gorjeta em consumo de 6 euros é um despropósito. Absurdo maior é o garçon achar que pode tomar posse do troco de maneira autoritária.
Marido chamou o garçon de volta e disse que estava esperando o troco. Dez minutos mais tarde a bandejinha foi jogada na mesa com gestos brutais.
Nossa próxima “visita vingança” a este bistrô está planejada. Vamos pedir um café e pagar o valor em moedas de 5 e 10 centavos.
Pagamentos feitos com todas as moedinhas que encontramos no fundo dos bolsos e bolsas deixam os garçons de Paris enfurecidos.
Pequenos detalhes do folclore da cidade.
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53 Comentários
Marilia
Quando resolvem ser antipáticos os franceses não perdem para ninguém! Ô povinho rude! Fiquei com ódio! Voltem logo lá para se vingar do sujeito!
Madá
Jane também ofereço minha solidariedade.
Em relação ao seu outro texto, adorei o:
“dinheiro move montanhas e comove garçons…”
Jane Curiosa
De moedas e de garçons:Não sou como o Tio Patinhas,assim,moedas são troco.Garçons,são garçons,então, eu os coleciono.Brincadeirinha!
Sempre que tenho oportunidade eu facilito o troco.Como já disse,para mim moedas são troco,e como tal são bem vindas,embora eu as prefira “idas”,isso diminui o peso na minha bolsa.
Quando em Paris…não,não fiz nenhum inimigo na cidade.Aliás,aconteceu algo que achei interessante:estive(5x) em um restaurante próximo à Opèra Garnier.Na primeira noite,recebi a informação de que não deixasse qualquer espécie de gorjeta(bem,era uma autoridade quem falava e preferimos não confrontá-lo).Na noite seguinte,(sempre sem reservas,hehehe),sentamo-nos em um outro canto,muito,muito apertado,que foi ótimo.fiquei conhecendo um casal de bretões,François e Françoise, e o jantar foi divertidíssimo,o casal se mostrou tão simpático,que nos despedimos trocando endereços físico e eletrônico.Eles têem mais idade do que eu e meu marido,mas conversavam tanto,tanto, que eu não resisti e disse a eles que achava isso encantador.Bem,descobri que eu e maridón também falamos assim…Mas fujo do assunto novamente,os garçons:tá, dessa vez deixamos,e digo,merecidamente,um extra pelo atendimento.
Voltando lá outra noite,sem reservas,é claro!,adentramos o recinto lotaaado,meio assim…acho que hoje não vai dar…eis que a garçonete nos reconhece e acena para a gente,e garante que sim,vai arrumar uma mesa.Mas eis que o garçom do primeiro dia também nos reconhece e lá vamos nós,para uma mesa com vista para a Ópera e a noite parisiense.E creiam-me,fiquei impressionada com a postura e a agilidade desses garçons.Mereceu o extra.Na quinta noite que lá fomos,estávamos com um casal brasileiro que encontramos em Paris,e ao nosso lado sentou um casal elegante,mas bem taciturno.Creio que fizeram seus pedidos,não observei,mas assim que chegou seu vinho,deixaram o dinheiro sôbre a mesa e foram embora.E nós ficamos olhando aquele desperdício do vinho nacional.E olhando…E veio o garçom,recolheu o dinheiro,e o nosso amigo como bom carioca que é,deixou explícito que,bem já estava aberto e pago e perdido,que tal deixar por ali na mesa ao lado?Mesmo gostando da idéia eu queria desaparecer sob a mesa.Bebemos e eu adorei o inusitado de tudo.Ao sair,além do extra pelo atendimento,deixamos mais um extra ao garçom!Pra que?!Fomos abraçados,agradecidos e nosso amigo carioca ainda pediu beijinhos no rosto,que quem ganhou fomos nós,as respectivas mulheres.Foi bom.Meu marido diz que dinheiro move montanhas e comove garçons…
Jane Curiosa
Katia Becho
Puxa! É assim mesmo…Ainda bem que tem o CP.
Eliana Barbosa,Maurício Christovão,Eymard,Beth,Sonia S,Mary Silva,..
e todos, meus agradecimentos .
Joao - DF
Olá Lina,
Na minha humilde opinião, e face às 06 vezes que já visitei Paris, esse tipo de episódio não me causa mais estranheza. A falta de educação da grande maioria dos garçons da cidade é fato corriqueiro, tosco e de pura malandragem. Eu digo de Paris porque no interior da França isso nunca aconteceu comigo. O profissional que começa o atendimento com má vontade e sem educação, eu simplesmente levanto, agradeço e procuro outro local. Se acontecer na hora de pagar eu chamo o gerente para explicar a situação e não dou a gorjeta. Agora. Vc deveria informar o nome e endereço do tal bistrô. Assim todos nós não entraríamos nêle. Desculpe-me se já informado anteriormente. Não li todos os comentários. Um grande abraço e boa sorte.
Lina
João DF
O bistrô se encontra na rue Saint Honoré, entre uma livraria e um hotel e na frente da Comedie Française. Fácil identificar. Não sei o seu nome.
Jane Curiosa
Em casa e agora mais calma,torno a pedir sinceras desculpas pelo meu destempero ontem,fugindo totalmente do objetivo deste blog.Naquele exato momento,tendo acabado de conversar com minha amiga,perdi meu senso crítico.Eu até sou bem “cascuda”,mas ontem eu derrapei.Enfim…retomo meu rumo.É melhor que assim seja.
Julia
Aprendi isso vivendo em Paris alguns meses… muitos garçons percebem que não somos franceses e simplesmente não trazem o troco. Quando percebi isso passei ou a pagar com cartão ou a dar o dinheiro certinho, porque quase sempre é um aborrecimento ficar esperando que alguém te veja para pedir o óbvio. Mas graças a Deus existem sim locais onde os graçons são educados e gentis, estes estão sempre entre os meus favoritos!
Ale
Olha, tentei me lembrar de alguma situação semelhante q eu tenha passado, mas nada me marcou…No geral sempre fui bem tratada, mas tbém sempre segui as orientações do meu marido: nunca sentar e pedir só um café( eu gulosa me aproveito disso e peço logo uma sobremesa pra acompanhar), qdo fizer um pedido pedir tudo de uma vez e nunca aos poucos… Mas realmente pra quem é morador, deve ser uma situação incomoda, porque as vezes o cafezinho ajuda a passar o tempo, como no caso do seu marido… Agora a verdade é q quem perde é o estabelecimento!! Espanta o cliente esta atitude!! Abraço.
José Rodrigues
Rafael
Sua resposta resolve tudo, basta sempre fazer este exercício, como seria se fosse no Brasil, quais seriam as reações, comentários?
Eu leio coisas que é difícil acreditar, os golpes e batidas de carteira daqui a pouco serão considerados folclore e parte do “charme de Paris”.
Parece que se for em Paris tudo bem, é tudo lindo.
Eu tive a experiência de um garçom do tipo mas a maioria foi educada e prestativa, acho que dei sorte dado o histórico.
Tania Baiao
~Garçons rabugentos fazem parte do folclore parisiense sim.
Mas, na verdade, nós os encontramos em todos os lugares.
Por aqui, é um inferno! Além de rabugentos são não treinados, não profissionais.
Acho que, talvez, em viagens, prestamos mais atenção.
Acho que vale é divertir-se com a história!