Esta dica foi enviada por Maria das Graças.
O dia estava lindo. Saltamos do ônibus na avenue Opera e fomos andando até o Jardin du Palais Royal. Apesar das obras, as colunas de Buren já estavam liberadas.
Seguimos à esquerda, pelas galerias cobertas até o jardim, florido e bem cuidado. De lá, seguimos para a Galerie Vivienne.
Lugar encantador, com lojas, restaurantes e uma calma tão contagiante que após visitarmos toda a galeria, decidimos almoçar no A Priori Thé, uma indicação do Conexão Paris. Excelente escolha. Lugar pequeno e acolhedor com comida simples e muito bem preparada. O forte do menu são os vegetais acompanhados com frango ou queijo de cabra e temperados com azeite, tapenade de azeitonas e alcachofras. Para acompanhar uma refeição tão leve, pedimos o vinho rosé da casa. Na sobremesa, eles servem meia porção e eu pedi uma torta de peras acompanhada com um coulis de frutas vermelhas. Deliciosa. Para finalizar um café. A conta foi 47.50 euros para duas pessoas.
De lá, seguimos para a Galerie Colbert que se encontra ao lado. O restaurante Le Grand Colbert estava vazio, apesar de ter serviço contínuo. Lugar bonito, tradicional e com preços comparáveis aos do Vagenende. Em seguida continuamos em direção praça des Victoires, rue Etienne Marcel, rue Montorgueil e praça Saint Eustache.
Se quiserem completar as dicas da Maria das Graças, leiam um artigo que escrevi sobre a Galerie Vivienne e seus arredores. Cliquem aqui.
E outro artigo aqui.
Informações sobre as Colunas de Buren cliquem aqui.
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38 Comentários
Sonia S
Eymard,
Sou apaixonada pelas Passagens de Paris. É um programa que repito há anos. Esse livro de Walter Benjamin é encantador. Tenho alguma literatura sobre as passagens. Aqui, no Brasil, Leandro Konder escreveu muitos artigos, e os publicou em jornais, há alguns anos. Ele é profundo conhecedor da história das passagens. Muito aprendi com ele, não só sobre as passagens, como filosofia, em geral. Ele é um poço de sabedoria. Tínhamos um grupo de estudos. Nos reuníamos uma vez por semana, e ele nos dava aulas magníficas. É pena que Leandro Konder esteja bem doente, muito embora sua privilegiada mente não tenha sido afetada..Enfim.
Um abraço a todos e um ótimo final de semana,
eymard
“Tudo isso é a passagem a nossos olhos. E nada disso ela foi outrora. […] A arquitetura como o testemunho mais importante da “mitologia” latente. E a mais importante arquitetura do Seculo XIX é a passagem. – Tentativa de despertar de um sonho como melhor exemplo da reviravolta dialética” “O carater festivo, ponderado, calmo da refeiçao parisiense pode ser medido, melhor do que nos pratos, no silencio que nos cerca no restaurante parisiense…” (Walter Benjamin, extraidos aleatoriamente do livro “Passagens”)
Maria das Graças: acompanhei esse passeio e nao resisti! Essas “passagens” preservadas do seculo XIX, agora chamadas de “galerias” sao deliciosas paradas no tempo. Leio a descriçao do seu “flanar” por Paris e sou levado por ele, pelo seu olhar. Sua escrita me transmite uma paz!!! Tudo a ver com essas passagens e com o silencio da refeiçao. Fico sempre com agua na boca e brilho nos olhos quando leio os seus relatos gastronomicos. Bom final de semana para todos.
eidia
Paris tem isso, em meio ao burburinho da cidade, lugares tranquilos e sem barulho….adoro.
jose mauricio
Gostei muito do post. É uma excelente idéia para um passeio tranquilo.
Será que as galerias comerciais foram(entre tantas) uma invenção francesa?
Jorge Fortunato
No ano passado fiz um tour pelas Galerias e passagens de Paris. é um passeio bacana para ser feito sem pressa e com bastante tempo, assim como fez a Maria das Graças.
Denise
Maria das Graça,
Bom dia, não sei se agradeço a vc pelas dicas ou fico desesperada pois não vou conseguir fazer todos os programas deliciosos que vc indicou ..rs
Esta é mais uma dica que está super anotada, talvez esta eu consiga fazer pois estarei lá perto.
Obrigada e continue nos contando sobre sua viagem, pois mesmo que não dê prá ir, a gente já vai viajando com seus comentários.
Abs
Madá
Que maravilha de roteiro ! Lugares lindos e a Galeria com o sol entrando pela clarabóia está de fato convidativa.
Por coincidência ganhei um livro que estava folheando hoje onde uma das estrelas do livro é a Galeria Vivienne. O livro retrata, com pinturas de um dos autores, lugares de Paris que nos remetem a episódios marcantes da história, passeios típicos de outras gerações, cenários que nos aproximam do inspetor Maigret, dentre outros.
Informações anotadas. Obrigada pelos detalhes Maria das Graças!
Alexandre
Que passeio delicioso, Maria das Graças. Deve ter sido tão bom quanto a torta de pêra que você teve como sobremesa.
Há um conto do Julio Cortázar em que o protagonista entra na Galería Güemes pela calle Florida, em Buenos Aires, e sai na Galererie Vivienne. Seria fantástico poder entrar entrar em qualquer galeria e sair em qualquer galeria de Paris.
Adriana Pessoa
Que roteiro diferente!
Maria das Graças,
neste seu mês como parisiense, acompanhei pelo blog suas dicas, sempre muito interessantes. Anotei o Le Telegraph e vários outros lugares das suas andanças…
Bjs
claudia maria
Delícia de passeio, as galerias são “um mundo à parte”. A partir de outubro acontecem visitas especiais guias pelas galerias.