Artigos sobre tesouros dentro de arcas no fundo do mar, tesouros escondidos na estrutura da madeira do telhado de uma casa antiga ou soterrados em campos de milho me atraem. Os leio com a mesma intensidade das leituras da minha infância quando penetrava na caverna de Ali Babá e seus ladrões.
Estas descobertas são mais frequentes do que imaginamos. O continente europeu é propício para estes achados de e toda hora descubro artigos assim: lavradores descobrem ânforas cheias de moedas romanas em campos dedicados hoje à lavoura, casal descobre peças de ouro que datam de um período anterior à Revolução Francesa, desempregado inglês acha tesouro enterrado com peças do século VI e por aí vai.
Recentemente, durante reforma da sede do Champagnes Alexandre Bonnet, operários que trabalhavam na renovação do telhado viram cair sacos contendo moedas de ouro americanas. O valor do tesouro está estimado em 700.000 euros. Estas peças foram fundidas entre 1851 e 1928 e a presença delas nesta empresa continua um mistério. Talvez esteja ligada à exportação de álcool para os Estados Univos durante a Proibição. De acordo com a legislação francesa se o tesouro é encontrado em propriedade alheia ele é dividido entre o descobridor e o proprietário do lugar. Os 700.000 euros serão divididos entre a Maison Alexandre Bonnet e os operários.
Em 1983, recém chegada em Paris, segui de perto a descoberta, em termos financeiros, de um tesouro. Um amigo brasileiro ao bater um prego abriu um rombo enorme na parede. Passado o susto viu do outro lado um grande espaço inocupado sem portas e janelas. Naquele momento ele duplicou o tamanho do seu apartamento. Ninguém nunca soube explicar nem quando nem porque, um dia, essa área foi isolada.
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29 Comentários
Tatyana Mabel
Lina,
Acho que tenho fotos da 1a viagem,… pois desde então fiquei curiosa com isso. vou procurar e se encontrar envio. bjs
conexaoparis
Tatyana
Agora estou curiosa.
Eduarda
Quando criança enquanto brincava na rua (ainda sou dessa época rs) achei uma mala lotada de dólares num terreno baldio. A alegria da descoberta durou muuuuito pouco, pois minha mãe chamou a polícia, que desta feita veio rapidinho e sumiu com o tesouro…
Joao
Lina,
Esse caso do seu amigo brasileiro é de arripiar o cabelo. Eu fico a imaginar o que pode estar escondido nas cidades de Cascarssonne, Minerve, Rocamadour, Gordes, etc, etc e nos castelos do Loire. Essa prosa pode acabar em filme hollywoodiano, não acha?
Um grande abraço.
conexaoparis
João
Estes acontecimentos podem sem dúvida alguma virar filme. Aliás qualquer assunto nas mãos de bom diretor vira bom filme.
Tatyana Mabel
Lina,
Por falar em saquinhos com francos,…. o que significam os saquinhos de tecido amarrados nas árvores do jardim des Tuileries?… Deu uma curiosidade e vontade de pegar um para ver… mas sou obediente (de vez em quando) e ouvia a voz da minha mãe vindo lá da minha infância: “não pegue nada dos outros!!!”
Bjs.
conexaoparis
Tatyana
Saquinhos de tecidos amarrados nas árvores?
Nunca vi. E olhe que caminho lá todos os dias.
Você tem fotos?
Kika Mello
Lina
realmente deve ser maravilhoso encontrar tesouros… É algo que desde criança incita também a minha imaginação!
Esses dias ouvi a notícia de que o Chef Jamie Oliver também encontrou um tesouro ( que continha também gravações originais do grupo New Order ) ao reformar o imóvel de seu novo restaurante em Manchester, UK. Infelizmente as caixas de depósito bancário em questão não ficarão para o chef ou os operários…
http://www.foxnews.com/world/2012/02/14/celebrity-chef-jamie-oliver-finds-treasure-trove-in-cellar-new-restaurant/
Também me vem à lembrança as histórias em torno do tesouro da Abadia de Saint-Denis, a primeira igreja gótica da França construída em 1136, que, pilhada durante a Revolução, seria a depositária de 455 objetos de grande valor , segundo inventário de 1634, como armas dos antigos reis, coroas ornadas de pedras, santas relíquias conservadas em preciosos relicários, evangelhos ornados de ricas iluminuras…
Ou o caso brasileiro de um tesouro dos jesuítas enterrado no Morro do Castelo e deixado para trás quando de sua expulsão pelo Marquês de Pombal. Ele nunca foi localizado mesmo depois do desmonte do morro…
Enfim, histórias e mais histórias a desafiar e estimular nossa imaginação…
e mexer no imaginário popular.
Um grande abraço.
Denise C.
Lina,
Engraçado…não sei se coincidência ou acaso.
Este artigo tem tudo há haver c/a minha descoberta.
Encontrei há uma semana atrás, um saquinho de tecido que foi da minha sogra, já falecida, com notas de franco…
Achei o maximo.Fiquei encantada c/o achado.
Será que valem alguma coisa ainda?
Devo levar p/Paris e tentar descobrir?
Chego dia 12/03.
De
conexaoparis
Denise C.
O franco deixou de valor ontem ou ante-ontem. Uma pena. Senão poderia trocar por euros.
Vinicius Alves Lara
Será que a área isolada não era um abrigo para a familia se esconder dos nazistas?
De qualquer maneira, é uma surpresa muito boa encontrar uma sala maior!
Cláudia Oiticica
Lina, também era fascinada por essas estórias de tesouros. Cresci ouvindo relatos de “botijas” deixadas enterradas por holandeses, franceses e portugueses no litoral e interior nordestino. Tenho até duas moedas da coroa portuguesa que ganhei de um amigo do meu pai que ele encontrou dessa maneira. Nada de valioso, mas para mim tem um significado especial.
conexaoparis
Claudia
Fico encantada com estes achados. São verdadeiros contos de fadas.
Pati Venturini
Descobrir tesouros deve ser legal (pelo lado aventureiro e pelo lado financeiro), agora descobrir espaço extra num apartamento… não tem preço! rsrsrs
Adriana Pessoa
Lina!
Tão bom quando vemos nossos sonhos infantis se tornando realidade!!
Entendi perfeitamente o que vc disse.
Foquei encantada quando na Toscana, me hospedei ao lado de um castelo, onde cervos e faisões passeavam no jardim. era aquela a paisagem que só conhecia dos livros infantis….tão longe da realidade do nossos trópicos!