A exposição Rouge, em cartaz no Grand Palais, mostra a arte sovietica feita a partir do início da Revolução Russa de 1917 até a morte de Stalin, em 1953.
Se hoje em dia os governos e governantes usam as redes sociais para divulgar seus feitos, filosofias, conceitos, ideias e ideais, em outros tempos essas mensagens eram transmitidas pela arte. A exposição Rouge, art et utopie au pays des Soviets (Vermelho, arte e utopia no país dos soviéticos), em cartaz no Grand Palais até 1º de julho, nos mostra um pouco disso.
Exposição Rouge, art et utopie au pays des Soviets, em cartaz no Grand Palais
A exposição
Cobrindo o período que vai do início da Revolução Russa, em 1917, até a morte de Stalin, em 1953, as mais de 400 obras presentes na exposição — entre pintura, escultura, arquitetura, fotografia, cinema, design e artes gráficas — foram concebidas em um contexto social e político de total ruptura com o passado e de construção de um novo presente e sociedade.
Primeira parte
A primeira parte da exposição mostra, como no começo do novo regime, a abstração de correntes artísticas avant-garde como o construtivismo e o futurismo serviram bem à propagação dos ideais contestadores e audaciosos da revolução bolchevique. O vanguardismo nas artes era inclusive incentivado por Trotsky que dizia que “a arte não é uma área que o partido deva comandar”.
Nessa parte estão presentes obras de Kasimir Malevitch, Gustav Klutsis, Vladimir Maiakovski, Lioubov Popova, Varvara Stepanova e Alexandre Rodtchenko – cujo quadro ‘Vermelho Puro’ é um dos símbolos da época, do movimento e da exposição. Podemos considerar essa, a fase romântica da relação entre os artistas e os governantes.
Segunda parte
Em meados dos anos 20, com a chegada de Stalin ao poder, as teorias da ‘cultura/arte proletária’ (Proletkoult) começam a dominar a política governamental das artes e a impor a figuração sobre a abstração. Nasce o realismo socialista soviético. Segundo o governo, essa é a forma de arte “mais apta a penetrar nas massas e lhes apresentar os modelos do novo homem social”, ou seja, uma arte cuja forma fazia a mensagem ser mais facilmente transmitida e assimilada pelo cidadão comum.
Nessa parte vemos obras de artistas como Alexander Deineka, Yuri Pimenov, Alexander Samokhvalov e Alexei Pakhomov que têm como tema o trabalho, o trabalhador e seu corpo, o futuro brilhante, a sociedade perfeita.
‘Trabalhadores’ de Kuzma Petrov-Vodkin
Aqui a relação entre artistas e governo passa a ficar conturbada. Aqueles que não se adequam à nova filosofia são presos e perseguidos. Até mesmo Malevich, um dos grandes apoiadores da revolução no seu começo, é preso e torturado.
Além de todas as informações históricas e as implicações e relações entre arte e poder, a exposição Rouge é uma grande oportunidade de ver, conhecer e apreciar — do ponto de vista puramente estético — obras e artistas russos pouco presentes nos museus europeus.
Informações práticas
Rouge, art et utopie au pays des Soviets até 01/07/2019 no Grand Palais.
Ingresso: 15€. Clique aqui e compre com antecedência seu ingresso corta-filas.
Endereço: 3 avenue du Général Eisenhower, 75008 Paris.
Como chegar: metrô Champs Élysées – Clemenceau; linhas 1 e 13.
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