Texto e fotos de Kátia Becho.
Se Paris é a terra dos cafés, Strasbourg certamente é a terra dos restaurantes.
No pequeno centro histórico e na Petite France, locais cortados por canais e cheio de jardineiras floridas ao longo das diversas pontes, os restaurantes se multiplicam e revelam a alma gastronômica da região. A culinária é pesada, mesmo para quem está acostumado com a feijoada, e sofre grande influência da cozinha alemã, com pratos típicos à base de batatas, salsichas, carnes variadas, queijos e cremes. Aliás, a cultura germânica está por toda a parte, pois Strasbourg já pertenceu à Alemanha em diversos momentos históricos. Essa ‘dupla nacionalidade’ é percebida em cada esquina, as placas indicativas das ruas são bilíngues e o idioma alemão é ouvido aqui e ali.
Na minha opinião, vale a pena um bate-e-volta Paris-Strasbourg-Paris. Além de ser uma cidade linda tem diversos atrativos para um, dois ou três dias de visita. A estação do TGV, porta de entrada de quem vem por Paris e outras cidades, fica bem próxima do centro histórico e pode-se ir a pé (aliás, dá para conhecer os principais pontos turísticos a pé ou de bicicleta, o que já é uma grande vantagem para facilitar a viagem).
A grande estrela da cidade – que divide o título de Capital da Europa com Bruxelas – é a Catedral de Notre Dame, cuja história construtiva começa em 1015 D.C. e impressiona pela altura de sua única torre, pelo estilo românico-gótico, pela cor rosada de suas paredes, pelos vitrais e pelo relógio astronômico em seu interior. Dentro da catedral tem uma máquina que vende guias a 2 euros em espanhol ou inglês para quem não domina o francês. Vale a pena comprar para explorá-la em todos os detalhes, que são muitos. No verão, por volta das 22.00h (o horário varia de julho pra agosto), há um bonito espetáculo de luz e som iluminando a Catedral.
Na hora do almoço fica difícil escolher entre os diversos e charmosos restaurantes. Você pode conhecer um restaurante de queijos e degustar 15 tipos de uma só vez no La Cloche à Fromage, rue des Tonneliers, apreciar um típico Baeckeoffe (assado com batatas, cebola e carnes de vaca, porco e carneiro) no Le Baeckeoffe d’Alsace, 14 rue des Moulins, um prato vegetariano no Poêles de Carottes, 2 Place des Meuniers ou um Cordon Bleu no Aux Armes de Strasbourg, 9 Place Guterberg. Um prato típico para comer a qualquer hora e em quase todos os restaurantes é a Tarte Flambée, um tipo de pizza de massa bem fina coberta por um creme de queijo e salpicada por cebolas e finas tiras de bacon. Ela vem em formato retangular sobre uma prancha de madeira e com as pontas queimadas (daí o nome), pois entra literalmente no fogo e é assada em poucos segundos. Peça um vinho alsaciano para acompanhar, que pode ser um Pinot Noir, um Pinot Gris ou outro de nome alemão. São servidos em taças ou em pequenas jarras de 1/4l ou 1/2 litro. As sobremesas são de praxe e também engordativas, como os profiterolles.
Bom, nada melhor que uma boa caminhada depois de uma farta refeição. Aproveite para conhecer as lojas na e em torno da Place Kléber. Tem desde Galeries Lafayette e Printemps até grifes como Max Mara, Hermès, Cartier, MontBlanc, Zadig&Voltaire e muitas outras estreladas, tradicionais ou modernas – com a vantagem de estarem todas bem perto umas das outras. Há também os cristais Baccarat, Lalique e Swarovski bem perto da Catedral.
Agora, reserve um tempinho pra conhecer, caminho de volta pra estação, o Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Strasbourg (fechado às segundas e aberto até às 19h nos outros dias ou 21h às quintas). Um prédio novo (1998) que contrasta com o resto da cidade e expõe obras de Monet, Picasso, Kandinsky e muitos outros, além de artistas locais e de dois trabalhos do brasileiro Cildo Meireles. E, se resolver ficar mais alguns dias, tem ainda o Museu Arqueológico que conta a vida alsaciana. A cultura da cidade fervilha, como as atrações da Ópera do Rhin ou da Filarmônica, mas espetáculos de música, dança e teatro sofrem uma pausa no verão e só retornam em meados de setembro.
Você também pode conhecer a cidade de barco, com um passeio de 70 minutos pelos canais a 8 euros. É bom para ter uma visão geral do centro histórico e é um passeio bem romântico – como, aliás, é toda a cidade.
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141 Comentários
Adriana Lima
Vamos sair de amsterdam de carro e percorrer o sul da Alemanha passando por colônia , strasbourg, stuttgart, Munique, viena e praga em apenas 10 dias. Na sua opinião o que devo priorizar , qual cidade vale mais a pena ou alguma outra que não citei. Obrigada.
Rodrigo Lavalle
Adriana, não conheço as cidades alemãs, somente Berlim. Sugiro que você procure um blog que seja especilizado na Alemanha. Infelizmente não conheço nenhum para te indicar.
Abraços.
Rita
Rodrigo, completando…
Eu explico, é que tenho degustação marcada em Epernay (Moet) e depois vamos para Reims. Será que dá para ir de carro?
Abs
Rita
Rodrigo Lavalle
Rita, não se bebe muito nas degustações tradicionais. Se vocês sentirem que estão alterados, fiquem em Epernay por mais uma hora e tomem um café.
Abraços.
Rita
Rodrigo,
Obrigada pela informação!
Mas se for de carro e fizer degustação nas caves, há uma rígida vigilância no local sobre dirigir após degustar uma taça de champagne?
Sabe se já houve algum incidente nesse sentido?
E parabéns pelo site! Está melhor que alguns que já foram bons.
Abraços,
Rita
Rita
Queria uma ajuda, uma orientação.
Posso ir de Paris a Reims pelo TGV e no dia seguinte ir a Estrasburgo ainda de TGV? Vale a pena?
E de Estrasburgo vou à Alemanha, Stuttgard, Dá para ir de trem ou é melhor alugar um carro (depois faço a rota romantica)
Agradeço muitos as dicas que puder dar.
Abraços,
Rita
Rodrigo Lavalle
Rita, é possível sim fazer o trajeto Paris-Reims, depois Reims-Strasbourg e em seguida Strasbourg-Stuttgart. Pesquise horários e preços desses trechos nesse site: http://www.voyages-sncf.com/. Escolha com atenção os horários pois em alguns casos existem 1 ou 2 conexões e em outros a viagem é direta.
Abraços.
Rita Cruz
Amo esta cidade! já fui 4 vezes e em todas as minhas próximas viagens a Europa, ela está incluída. Cultura, arte, gastronomia, compras e um povo extremamente acolhedor!
Eliana Salles
Estarei em Strasbourg por 3 dias e depois viajando por 4 dias até Mulhouse visitando a rota do vinho.
Tem dicas de cidades próximas da fronteira que valem ser visitadas?
Na Alemanha perto de strasbourg além de Baden Badem me sugere alguma ?
Na França recomendo Barr e Obernai.
Obrigada
Rodrigo Lavalle
Eliana, leia os nossos artigos sobre a Alsácia e Strasbourg: https://www.conexaoparis.com.br/categoria/outras-regioes/regioes-dos-vinhos/alsacia/.
Abraços.
Sophia
Daniela, depende de qual parte da reserva você está. Logo depois que você escolhe data, origem, destino, número de passageiros e manda “rodar” a pesquisa, a primeira tela vai ter o preço da passagem para o primeiro trecho (a ida). Aí você vai escolher o horário e o preço que achar melhor. Quando você validar a escolha da ida, ele vai te mostrar as opções de volta com os preços. O total da passagem é o preço que você selecionou na página de ida + o da página da volta. Quando você selecionar a opção desejada de volta, a próxima tela mostrará os preços das duas somados. Será que consegui explicar…?
Daniela
Desculpem a pergunta boba, mas estou conferindo os horários do TVG Paris – Strasbourg e não consigo descobrir se o valor do ticket (em média 40 euros) refere-se ao bilhete só de ida ou ida e volta. Agradeço a quem souber me informar os valores médios desta viagem de trem. Obrigada.
Lina
Daniela,
esse valor é só o bilhete de ida.
Abraços.
Renato
Oi! Alguém saberia informar a média de preços dos restaurantes citados nesse post?? Obrigado!
Lina
Renato
Eu não saberia te informar. E a Kátia Becho, autora do artigo, está viajando. Considere que o preço médio seria em torno de 20 euros.
Mara Rossi
Olá Marli,
Mara, mas quase a cidade inteira é ótima para andar a pé. A Avenue de la Liberté, onde está o hotel, todo o quartier des allemands, todo o centro e a petite france, a área da universidade que fica do outro lado do canal, pertinho do hotel e o Orangerie, tudo ali foi construído pensando em andar a pé. Na petite france você só irá ver turistas. Alí na Avenue de la Liberté você verá o fluxo da cidade real, os professores e estudantes indo para a universidade de bicicleta ou a pé, os cafés alí perto…