Sempre me interessei pelas diferenças culturais entre os meus dois países. Sou historiadora e tudo me interessa, mesmo as normas que estruturam as relações sociais no cotidiano. Até hoje ainda não domino todos os códigos, ou não quero dominar. É prático ficar no papel da estrangeira, a quem pequenos deslizes são perdoados.
Em uma reunião social, quando dirijo a palavra a alguém que não conheço bem, digo Madame se for uma senhora ou Monsieur se for um senhor. Mas seria um grande erro dizer Madame Campos ou Monsieur Souza. Nunca se deve empregar o sobrenome da pessoa. Como vai Madame? E não, Como vai Madame Campos?
Se dirijo a palavra a uma pessoa que não conheço, me apresento dizendo ou somente o meu sobrenome, ou o meu nome e meu sobrenome. Não posso me apresentar somente com o meu nome, como também não posso dizer: me chamo Madame L H. É considerado mal-educado autonomar-se Madame.
Se apresento meu marido a alguém, digo simplesmente: meu marido ou meu esposo. E ele dirá seu sobrenome e nome. Não posso designar meu marido como: Monsieur A. H. Neste caso também é mal-visto nomear o marido ou a esposa como Monsieur ou Madame.
Este nosso jeito brasileiro/americano de chegar e dizer, oi, é tão simpático!
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21 Comentários
Cláudia Oiticica
Olá, Beth! Coincidentemente, essa estória das 13 pessoas fiquei sabendo há pouco tempo, por uma francesa amiga minha. Ela comentou, inclusive, que a mesa é posta para 14, mesmo se só tiverem 13 pessoas. Não imaginava essas superstições francesas. Sempre acho interessante conhecer esses detalhes e adoro quando a Lina aborda temas como o desse post.
Isso que falei do número das flores, li no livro ” Savoir Recevoir, Savoir Vivre ” , mas é um livro já antiguinho e tudo vai mudando e simplificando com o passar do tempo, não é mesmo ? Um abraço.
Beth
Claudia
Obrigada pelas boas palavras.
Gentileza nunca fez mal a ninguém e está acima das regras da etiqueta.
Quanto às flores, pode-se mandar o número quiser! O que não pode é sentar 13 pessoas na mesma mesa…
Risos e abraços.
Cláudia Oiticica
Realmente não é fácil dominar todos os códigos de boas maneiras de outro país, mas como falaram a Beth e a Helena, só o fato de ser gentil já ameniza muita coisa, além de que a grosso modo, os princípios da boa educação são os mesmos na grande maioria dos países.
Li que pela etiqueta francesa, quando mandamos flores para alguém, tem que ser sempre um número ímpar, jamais um número par. Achei isso bem curioso.
Rosângela
Cara Lina
Adorei!
Este blog é mesmo a nossa salvação; além de roteiros de sonho ainda nos ajuda a evitar constrangimentos e gafes. Está aí um bom tema para o guia de número 20.
Obrigada sempre.
sds
Rosângela Tolotti
Regina
Engraçado vc comentar isso.
Moro aqui na França com meu companheiro, que é francês, mas não somos casados. O engraçado é que o pessoal da imobiliaria onde alugamos nosso apartamento sabe disso, mas sempre que chego la me dizem: Bonjour Madame P., me chamando pelo sobrenome do meu companheiro, ainda por cima! Ja cansei de dizer que meu sobrenome é outro, mas não tem jeito… hahaha
Mme Goudard
Nossa, Lina…..
Que mancada a minha, mas, como também não domino todos os códigos, vou te parafrasear, assumindo que ‘é prático ficar no papel da estrangeira, à quem pequenos deslizes são perdoados’, Porém, como gosto de aprender sempre, já não posso mais dar este tipo de mancada.
Nem foi preciso ir longe mesmo.
Eu assino postagens em seu blog como Mme Goudard, mas não é nenhum tipo de presunção de minha parte.
Eu e uma amiga, que também sonha em conhecer Paris, sempre usamos esse código entre nós, eu sou Mme Goudard e ela Mme O.
Lembrei agora mesmo de uma loja aqui no Brasil que se chama ‘Madame Ms’. Será que está errado também ou trata-se de algum outro código que desconheço????
Bom, o que realmente me interessa é que eu sempre aprendo algo interessante em seu blog e quer sempre aprender.
Pretendo mudar o nome nas minhas postagens, mas, como estou esgotada do fim de semana, vou pensar com calma um novo nome e depois mudarei, ok.
Beijokas Mil. Paz e Bem.
Helena Bäuerlein
Oi Beth,
Que vida rica em experiências a sua!
Te invejo numa coisa, ainda não sou avó!
Estudei História , ensinei em alguns colégios, mas paralelamente, fui fazendo cursos de gastronomia( comecei na Alemanha, por uma questão de sobrevivência. Não fazia absolutamente idéia de como misturar os ingredientes e apresentar algo “comível” à mesa. Rs). E fui me encantando com essa arte. Depois dos salgados vieram os doces e DEPOIS os chocolates…Aí me apaixonei de vez, larguei tudo, e hj posso dizer que sou uma chocolatière. Com muito orgulho.
Vc dá aula ?
Desculpe, mas em que Hotel vc fica no 8éme ? Já faz parte da família, não é mesmo ?
Bjk,
Helena
Beth
Helena
Já percebi que temos muito em comum, risos
Estudei na Alemanha, França e USA, História e Relações Internacionais.
Mas nunca namorei alemão, risos. E casei com brasileiro mesmo…
Vou para Paris no final do ano, férias anuais. com marido, filha, genro e neta! Vai ser muito divertido iniciar nossa netinha (10 anos) nas delícias de Paris… E acredite vc, ela adora História! E quer conhecer especialmente o Musée Carnavalet e os Invalides, além do Louvre etc. E
já é uma grande apreciadora da culinária francesa…
Fui iniciada em Paris ainda criança por minha avó e quero manter a tradição familiar por mais um geração. Vamos ficar no 8éme, no mesmo hotel que frequentamos há mais de 30 anos.
Um grande abraço
Beth
Patrícia Simões Pires
É simplesmente maravilhoso de ver a opinião de todos e assinar embaixo. Isto mostra o grau de polimento das pessoas que frequentam o blog… a começar pela nossa Lina, que vai de A à Z (de obras de arte às relações humanas,,,) é um bom começo de semana… Obrigada pessoal
Helena Bäuerlein
Beth,
Resolvi o problema de hospedagem sim !
Graças à ajuda de vcs, do meu Blog favorito.
Também morei fora muitos anos. Fui para Paris com 17 anos, fiz jeune fille au pair e estudei História lá por 4 anos. Conheço bem os cachorros parisienses ,suas regalias e seus donos !!!
Mas aprendi a ver o lado bom dessas experiências .Quando eu fecho para balanço, vejo que o saldo é positivo! O horizonte de quem (con)vive com outros povos, é mais amplo…
Bom FDS para todos e uma bjk especial para vc,
Helena