Essa semana, conversando com uma amiga sobre o Museu Orsay, ela me contou que certa vez estava visitando o local – mais precisamente a sala onde fica exposto o quadro “A Origem do Mundo” de Gustave Courbet – quando uma mulher levantou o vestido, sentou no chão em frente ao quadro e fez uma versão ao vivo 3D da pintura. Quando os seguranças perceberam o que estava acontecendo, a sala foi evacuada, a polícia convocada e a mulher escoltada para fora do museu. Fim da história. Clique aqui para ver uma foto da performance.
Horas mais tarde, no mesmo dia da conversa com minha amiga, descobri que dias antes, também no Orsay, uma mulher havia se despido em frente ao quadro “Olympia” de Édouard Manet e reproduzido ao vivo a pose representada no quadro.
E não é que a corajosa autora das duas performances é a mesma pessoa? Ela é a artista Deborah de Robertis, nascida em Luxemburgo e cujo trabalho, evidentemente, discute a mulher, o homem e suas posições no mundo.
Será que a performance de Deborah causou o mesmo impacto e choque no público do Orsay do século XXI que os quadros de Coubert e Manet quando foram expostos pela primeira vez? Não sei e não sei se isso tem importância. O que deve ter incomodado mais os funcionários do museu foi a surpresa do ato e o medo de um tumulto generalizado.
Na ocasião da primeira performance Deborah disse à imprensa que o fato da sala onde ela estava se “apresentando” ter sido evacuada e dos seguranças terem feito uma barreira humana ao redor dela é uma forma de censura comparável a cobrir um quadro considerado ofensivo. E que isso é mais violento que expor as crianças desavisadas à nudez feminina.
Na verdade o quadro de Coubert ainda causa um certo desconforto, visto que ele fica praticamente escondido no fundo do Orsay, em uma área pouco visitada.
Uma curiosidade relacionada: a artista francesa Orlan, partindo do quadro de Courbet, pintou um contraponto a ele e o chamou de “A Origem da Guerra” (clique aqui para ver). Nunca uma pintura teve um título tão apropriado.
Ingressos e visita guiada
Para evitar filas compre com antecedência seu ingresso para o Museu Orsay, há uma entrada prioritária para quem já tem o ingresso (clique aqui).
Se você quiser fazer uma visita guiada ao Orsay com a guia-conferencista brasileira Zilda Figueiredo clique aqui para mais informações.
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