Sophie Pedder dirige a revista Economist em Paris. Recentemente ela publicou um artigo, no suplemento Intelligent Life, sobre a famosa questão: os parisienses são mal educados?
Não conheço o artigo mas li a entrevista que deu à revista francesa Le Point.
Seu ponto de vista é idêntico ao meu. Os turistas chegam à capital pensando que os parisienses são mal educados e arrogantes. Na realidade tudo depende da maneira como estes são abordados. Cada país tem suas regras e códigos. Uns respeitam mais que os outros estas regras. Os parisienses dão uma grande importância aos pequenos detalhes do cotidiano, à etiqueta que ordena as relações sociais.
Sophie Pedder cita dois exemplos corriqueiros. O simples boa noite senhor endereçado ao garçon resulta na melhor mesa da brasserie. Ao entrar no elevador, todos dizem bom dia e na saída até logo. Em Londres, o escritório da revista se encontra em um andar elevado de uma torre e o silêncio total dentro do elevador é a regra de ouro.
Na entrevista do Le Point, a jornalista inglesa cita, para terminar, seus dois lugares preferidos de Paris. Nesta aspecto também estamos em sintonia. Ela gosta do restaurante L’Atelier de Joël Robuchon e da praça Furstemberg. No meu Roteiros para Paris em quatro dias levo os leitores até esta praça, um cantinho mágico da cidade.
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23 Comentários
Aline
Ser grosseiro e ser educado sã coisas diferentes. Eles
Sao edicados por obrigacao. Sao mal educados, grosseiros sim e de mal com a vida. É impressionante!
GEORGES LUIS SAUD RODRIGUEZ
OS FRANCESES NÃO SÃO MAL EDUCADOS. NA VERDADE ELES SÃO OS MAIS EDUCADOS E FINOS DO MUNDO. A AFIRMAÇÃO CONTRÁRIA É NADA MAIS NADA MENOS QUE UMA QUESTÃO HISTÓRICA – COLOQUE AÍ A CULPA EM NAPOLEÃO. QUANTO AO MAL CHEIRO… BEM, OS EUROPEUS NÃO GOSTAM MUITO DE TOMAR BANHO, DEVE SER POR ISTO QUE OS PERFUMES FRANCESES SÃO OS MELHORES. QUANTO AO IDIOMA INGLÊS, OS FRANCESES ESTÃO QUEBRANDO ESTA BARREIRA E SEMPRE FALO INGLÊS NA FRANÇA (VÁ FALAR INGLÊS NA ITÁLIA PARA VER O QUE ACONTECE!) OS ITALIANOS SIM SÃO EXTREMAMENTE MAL EDUCADOS, ARROGANTES E PREPOTENTES.
Eduardo
Realmente não podemos generalizar, mas não tenha sofrido com o mal humor francês quem frequentou apenas lugares mais sofisticados ou onde a educação é fundamental, porque no dia a dia, onde passei 4 dias, eles são mal educados sim, comercio, metrô, pontos turisticos…mesmo dizendo bon jour e sendo o mais agradavel possivel, sofremos no minimo com a indiferença…dá para perceber que não é somente com o turista não, entre eles agem da mesma maneira, gostei muito de paris, pela beleza da historia envolvida com aquela nação e como eles a preservam e o charme de alguns bairros muito bonito. O fator cheirar mal, infelizmente é verdade, não foram poucas as vezes que presenciei isso. No voo de volta, um portugues que há tempos vive na frança nos disse que isso é muito peculiar dos parisienses e que o mesmo não se aplica as regioes no interior da frança.
ana maria
Estive em Paris por apenas 7 dias e achei os franceses extremamente grosseiros, usam de má fé com as pessoas e apesar de super estilo-
sos, cheiram mal o que justifica usar tanto perfume. Os brasileiros se lambem pelos franceses e ainda levam coices.
Edgard Milaré
já fui oito vezes pra Paris e não tenho nenhuma reclamação! Como em todos os lugares, a performance de um não pode ser generalizada
Patrícia Venturini
que tive da França! (desculpem pela falha no envio do e-mail!)
Patrícia Venturini
Quando eu conto que estive duas vezes na França, não falo francês e nunca testemunhei o mau humor francês, muita gente acha que estou mentindo, mas é a mais pura verdade. Até me acho meio parecida com eles, também acho que detalhes são importantes no trato com as pessoas. Sempre sorri muito, falei o básico e procurei abordar de forma delicada, e o resultado foi a ótima interação e impressão
Ingrid
Eu discordo de Sophie Pedder. Sempre segui os códigos e regras do país em que vivi. Mesmo no começo sem falar Francês direito falava Bonjour, S’il vous plaît e Au revoir. E fui mal tratada inúmeras vezes. Não estou falando sobre as palavras que usam. Nisso eles procuram ser educados. É algo automático e condicional falar na segunda pessoa do plural e dar bom dia e falar tchau. O que não que dizer que você vai receber um atendimento educado.
Meu namorado, que é Francês também se irritava com a má educação alheia e às vezes preferíamos ficar em casa ao invés de sair e recebermos um tratamento ruim.
Uma amiga francesa, que havia passado um ano na Espanha, ao ir a uma padaria em Paris e ser mal tratada pelo atendente, comentou:
“Ah, havia me desacostumado com os maus tratos franceses”.
Esse comportamento francês é algo cultural. Não acredito que deva ser criticado, mas também acho que é uma espécie de cegueira antropológica negar sua existência.
Cláudia Oiticica
Diferenças culturais existem, mas as regras de educação básica são praticamente as mesmas e se as respeitarmos, normalmente, seremos bem tratados. De uma maneira geral, o povo francês é gentil e educado e me supreendo com esse estigma que criaram.
Quanto à pracinha Furstenberg, para mim ,um dos locais mais românticos de Paris.Não dá para esquecer a cena final do filme A Época da Inocência.Danuza Leão também compartilha dessa opinião.No seu livro “Fazendo as Malas” , ela comenta sobre isso.
Andrea Sipoli
Concordo e assino embaixo. Em Paris fui muitíssimo bem tratada, não tenho nenhuma queixa a fazer. Os parienses são mais focados, falam o que é necessário, mas atenciosos e educados. Acho que essa brevidade, tanto na fala quando no “espaço é o que incomoda muitos de nós latinos, pois somos o oposto: gostamos de interação, somos expansivos.
Acho que também um bom dia, obrigado e um por favor não são sacrifício para ninguém e, seja em Paris ou no Brasil, devem sempre ser utilizados.