Sophie Pedder dirige a revista Economist em Paris. Recentemente ela publicou um artigo, no suplemento Intelligent Life, sobre a famosa questão: os parisienses são mal educados?
Não conheço o artigo mas li a entrevista que deu à revista francesa Le Point.
Seu ponto de vista é idêntico ao meu. Os turistas chegam à capital pensando que os parisienses são mal educados e arrogantes. Na realidade tudo depende da maneira como estes são abordados. Cada país tem suas regras e códigos. Uns respeitam mais que os outros estas regras. Os parisienses dão uma grande importância aos pequenos detalhes do cotidiano, à etiqueta que ordena as relações sociais.
Sophie Pedder cita dois exemplos corriqueiros. O simples boa noite senhor endereçado ao garçon resulta na melhor mesa da brasserie. Ao entrar no elevador, todos dizem bom dia e na saída até logo. Em Londres, o escritório da revista se encontra em um andar elevado de uma torre e o silêncio total dentro do elevador é a regra de ouro.
Na entrevista do Le Point, a jornalista inglesa cita, para terminar, seus dois lugares preferidos de Paris. Nesta aspecto também estamos em sintonia. Ela gosta do restaurante L’Atelier de Joël Robuchon e da praça Furstemberg. No meu Roteiros para Paris em quatro dias levo os leitores até esta praça, um cantinho mágico da cidade.
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23 Comentários
Martinha
Também nunca fui tratada mal..
E olhe que qdo cheguei so falava em inglês.. coisa que todos me avisavam pra não fazer.. era preferivel eu falar um péssimo francês do que arriscar o inglês..
Mas que nada.. era inglês e inglês..
E sempre fui muitissimo bem tratada..
Sem falar que eu deveria ser aquela turista deslumbrada.. tirava foto de tudo.. bem, ainda tiro.. hehe!!
Muito é lenda.. mas muito é sorte tb.. acho que vai muito da pessoa tb.. como ela age..
=)
http://travelandtrips.wordpress.com
Ana Luisa
Caríssima Lina,
Endosso a maioria das opiniões. Passei 8 dias maravilhosos em Paris (seguindo à risca seus roteiros, dicas e sugestões) e fiquei impressionada com o comportamento dos franceses, sobretudo os prestadores de serviço. Fui muito bem tratada, com muita educação e até alegria quando me denunciava brasileira. É óbvio, por uma questão cultural, que a postura do francês é diferente de nós latinos. Achei os franceses mais rudes, breves, ao mostrarem uma conta ou darem uma informação. Mas achei todos muito simpáticos e atenciosos. Digo a todo mundo que esta fama de mal-educado é só fama (má fama) mesmo!!! Atenciosamente, Ana Luisa de Salvador/BA
Denise Marques
Todos os franceses foram delicadíssimos comigo e meu gupo.
Fiz tudo de taxi, alguns taxistas não queriam nem cobrar o “suplementaire” da quarta pessoa ou a tarifa mínima.
Sempre puxavam conversa, perguntávamos de onde éramos e tentavam nos entender. Gostavam do Brasil.
Eu perguntava: ques que cest? (uma das 5 frases que sei em francês) e eles me davam uma aula sobre o monumento, usando todas as expressões internacionais que conheciam para que eu os entendesse.
Nunca me enganaram em trajeto ou no preço.
Nos restaurantes via-se claramente o esforço de agradar aos brasiliens.
As duas grosserias que sofri foram de imigrantes argelinos nascidos ou criados em Paris.
Fiquei com péssima impressão dos turistas japoneses, estúpidos e frios, empurram com força e grosseria, dominam o ambiente por muito tempo e perdem um tempo precioso dos que estão esperando para admirar o cena, fotografando detalhes que podem ser admirados nas publicações que vendem nas lojas dos locais turísticos com fotos muito mais bem tiradas.
Para mim a falta de educação dos franceses é um mito ou eles são mal educados com que se comporta grosseiramente.
Michele
Eu e meu marido achamos o mesmo. Ficamos os 8 dias nos perguntando: “Cadê o mal humor dos franceses?” Não encontramos. Também sempre que abordávamos alguém tentávamos falar em francês e perguntávamos se podíamos conversar em inglês. Acho que as pessoas já chegam falando em inglês como se fosse obrigação dos franceses retribuir. Isso eu acredito que é pouco tolerado. Nesse caso a arrogância e a falta de educação é do turista.
Amei Paris!!! Penso em voltar todos os dias!
Bjs
Izabel
Esse é uma lembraças mais vivas que tenho de París. Não temos mais o habito de nos cumprimentar-mos. Ao chegar lá sempre ouvia bom dia, tchau… Achava estranho. Um cheguei para perguntar uma informação pra um policial sem antes dizer bom dia, ele me falou bom dia primeiro como que condicionando a informação ao que deveria por regra presceder nosso contato. Eu era adolescente e adolescentes demoram apra entender as coisas, mas depois dali me obriguei a seguir a regra. Percebi que o tratamento melhorou.
claudia urnikes
Lina bom dia
foi como falei sobre aquela mulher do Japao que detestou Paris,o que notei foi estrangeiros muito mal educados,ja os Parisienses me impressionaram,minha professora que e Francesa adorou quando eu falei tao bem de tudo,pois muitos realmente tem uma impressao ruim dos Parisienses,talvez eu estivesse bem preparada para conhecer Paris…..
beijos
Liana
Fiquei apenas uma semana em Paris e todos foram super educados, prestativos e amigáveis comigo. A cidade por si só já é incrível, mas isso contou ainda mais pontos. Amei demais a minha estadia por lá, principalmente após ter saído diretamente da Polônia, onde infelizmente não tive a mesma sorte. Aliás, posso dizer que com certeza saí do inferno e fui parar no céu! rs
Paloma
acho os franceses suuuuper educados! às vezes são um pouco ranzinzas e apressados, mas mal-educados, nunca!
Marcos A. Felipe
Em nossos dias em Paris, junto com Tatyana, percebíamos o tempo todo o quanto os “parisienses são mal-educados, arrogantes e grossos” não passava de mito. Na verdade, não foi isso o que sentimos nos 15 dias inteiros que passamos em Paris. Pelo contrário: as pessoas sempre eram atenciosas, pacientes e dispostas a colaborar com dois turistas brasileiros sem domínio da língua francesa. Teve uma ocasião no Quartier Latin, sem que solicitássemos, uma francesinha vendo o quanto estávamos perdidos se aproximou e perguntou se não queríamos ajuda. Em outro momento, sentados no Café Le Deux Magots, ficamos prestando atenção a um casal de orientais que, atabalhoado, resolveu parar um senhor (como diz um primo, um senhor alta-costura). Ficamos só obervando o quanto o executivo francês foi prestativo, paciente e estava ali disposto a ajudar aquele casal… Só não gostamos das atendentes da Shakespeare and Company hehehe
Adriana
Eu pessoalmente nunca tive problemas em Paris, no que diz respeito à educação dos Parisienses. Sempre foram muito gentis comigo, sempre educados.
Essa história tem muito de folclore também…